quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O rico currículo do veterano Passos Coelho

Heduíno Gomes
Pedro Passos Coelho, na falta de ideias, arma-se em veterano de guerra. Puxa por uns galões de antiguidade como se esta fosse o critério decisivo para avaliar da bondade de um quadro e da correcção da sua linha política. Até escrevinhou um livro (brevemente será aqui analisado) onde faz assim uma espécie memórias precoces, tão fúteis quanto é permitido a um noviço reflectir sobre a vida, ainda por cima não muito dotado nem preparado para a reflexão.

Entrevistado numa televisão, numa de desprezo e de cabeça oca sem argumentos políticos – e de deselegância –, tem o desplante de dizer que não conhece o Paulo Rangel, que entrou há pouco tempo para o PPD-PSD...

Olha que grande argumento político, este! O Rangel seria desprezível ou excelente não pelas suas ideias, pelo que poderia prejudicar ou ajudar o Partido e Portugal a sair do buraco mas por ser caloiro! O veterano é que, por antiguidade, é o bom!
Esta coisa, meio-demagógica, meio-nojenta, é inadmissível no meio de pessoas que se dizem sérias e politicamente competentes. E ainda por cima sai da boca de um sujeito que anda aos quatro ventos a apregoar – e até as pespega no seu livro – as virtudes das novas gerações! É a sua coerência, que aliás espelha ao longo do seu livro.
Mais. Já que se arma em veterano, é a hora de pedirmos ao sujeito que explique bem o que consta do seu rico currículo juntamente com aquela peça da sua geração chamada Carlos Coelho, naquela época em que o Rangel ainda não era do PPD-PSD nem sonhava tal virtude.
Para já, ficamos à espera do esclarecimento. É para depois avaliarmos politicamente quanto é que vale esse tempo que por cá andou o veterano.










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