domingo, 11 de julho de 2010

Ladrões!
Viva a Catalunha independente!

Heduíno Gomes

Roubaram Portugal desde o primeiro minuto e com um golo fora de jogo!
Roubaram o Paraguai!
Roubaram a Alemanha!
Roubaram a Holanda desde o primeiro minuto e com um golo precedido de falta!
Ladrões!
 
Mais uma vez, funcionou a central castelhana aproveitando a corrupção no seio do futebol.
Há quem diga que isto é só bola. Pois aqui é só bola. Mas no resto é o mesmo.
 
Com 1 milhão e meio de catalães na rua, hoje mesmo,
Viva a Catalunha independente!

Viva Olivença portuguesa!

Não ao aborto gráfico!

De Bic Laranja

Quem me conhece sabe que não sou de militâncias nem vou em democracias. Mas há maneiras de prosseguir intentos. E nesta demência duns dromedários linguistas e duns asnos eleitos - conte-se as respectivas pandilhas da Assembleia e dos jornais - em estupidamente abrasileirar por decreto o idioma, confesso que me tenho visto em cuidados e sem bem perceber que propósito anda por trás desta trama ortográfica. Entenda o benévolo leitor a minha aflição; genuflectir a quem nos usurpa a identidade não é digno.

" Lido nas entrelinhas, o A.O. contém uma silenciosa 'Base XXII', nunca declarada, jamais admitida, mas sempre presente. O seu enunciado poderia ser assim:

Em caso de divergência da ortografia portuguesa em relação à ortografia brasileira, deve a portuguesa ser alterada no sentido da prática brasileira (exemplo: em Portugal escreve-se "Junho" e no Brasil escreve-se "junho"; logo, devemos agora todos escrever "junho"). Mas, em caso de divergência da ortografia brasileira em relação à portuguesa, mantém-se a ortografia brasileira, a par da portuguesa, através da criação da correspondente regra da facultatividade (exemplo: no Brasil não se escreve "amámos", para o diferenciar de "amamos", como em Portugal; logo, ambas as formas podem ser utilizadas facultativamente)."
(João Roque Dias, "Tá Tudo Doido, 28/6/2010.)

Se lhe parece que exagero, benévolo leitor, note bem até onde nos afundam nesta humilhação.

" A sessão realizada na Academia das Ciências de Lisboa a 14 de Abril [de 2009] teve laivos de surrealismo: 1) Uma delegação de um dos estados contratantes do A.O. (Brasil) apresenta na sede do "órgão consultivo do Governo Português em matéria linguística" [Academia das Ciências de Lisboa] um V.O.L.P. [Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa] unilateral "brasileiro", já que, segundo o seu responsável, Bechara, «em nenhum momento o Acordo fala em vocabulário comum» [errado: o art.º 2º do Acordo refere-o expressamente]; 2) na mesma sessão, foi também apresentado pela "Academia Galega da Língua Portuguesa" um 'Léxico da Galiza' (mas então, em galego, não se diz Galicia?) para ser integrado no Vocabulário Ortográfico Comum da Língua Portuguesa". Lindo! Portugal de cócoras, a dar guarida às manias das grandezas de brasileiros (propalando os 190 milhões de "falantes" de português) e de galegos (a eterna política das diversas autonomias espanholas contra o poder centralista de Castela)."
(Id., ib.)

Algo se deve, pois, fazer! Uma Iniciativa Legislativa de Cidadãos pode ser levada à Assembleia - um instrumento da sempre bendita democracia que carece de 35 000 assinaturas de cidadãos eleitores devidamente identificados, em papel. E todavia, porém...

" Escusado será dizer, sem qualquer desprimor para ninguém, é claro, que nenhum dos chamados “blogs de referência” – os 5 ou 10 mais conhecidos e visitados – mencionou a I.L.C. contra o Acordo Ortográfico. Trata-se de uma questão de divulgação, portanto, e aqui reside também boa parte do problema: não se pode esperar que haja grande adesão a algo que as pessoas desconhecem sequer existir."
(I.L.C. contra o A.O., 16/6/2010.)

Pouco dado, como disse, a iniciativas deste género - e muitíssimo menos a apregoá-lo -, cá fica a excepção que inevitavelmente dita a regra. É triste que esta nação tenha chegado a este ponto. A reclamação do direito natural de me não sujeitar a estrangeiros nas leis da recta escrita do meu próprio idioma segue preenchida e firmada em impresso próprio, amanhã, por correio.



«Tudo tem um preço.»

Excepto a honra, diz Ricardo Salgado.
Mas como, para pesetero, o patriotismo não é honra...




Ricardo apátrida

Enviado por J. C., sobre «Mar português», da Mensagem de Fernando Pessoa




Ó Ricardo insonso, quanto te falta de sal

Para seres lágrima de Portugal!

Para agiotares, quantas mães choraram,

Quantos filhos em vão rezaram!

Quantos Portugueses carregaram o fardo

E tu, da Pátria, me saíste um bastardo!