Apoio à reabilitação de militares ucranianos
Para: Ex.ma
Senhora Presidente da Assembleia da República,
Ex.ma Senhora Presidente da Assembleia da República,
Os subscritores do presente Manifesto dirigem o seu apelo ao Estado Português
para que subsidie os tratamentos e a reabilitação de alguns militares e
combatentes-voluntários do exército ucraniano feridos no conflito armado na
Ucrânia, em hospitais públicos ou privados em Portugal, em número e de acordo
com as possibilidades existentes.
Estes militares, muitos de forma voluntária, arriscaram as suas vidas e à custa
da sua saúde não só defendiam a integridade do seu país mas também contribuíam
para que o conflito armado não se alastrasse para o resto do território da
Ucrânia, não chegasse mesmo às portas da União Europeia, conseguindo evitar
deslocações de refugiados para países da mesma. Eles estão a travar a luta para
reestabelecer a paz na Europa.
Os peticionários têm conhecimento através das declarações das instituições
governamentais ucranianas à comunicação social que 15 países recebem militares
ucranianos para os tratamentos e a reabilitação. De acordo com os dados de
Dezembro de 2014, setenta e três combatentes recebiam os tratamentos na
Polónia, onze em Israel, oito na Croácia, quatro na Eslováquia, cinco no Reino
Unido, treze na Letónia, quatro nos Estados Unidos da América, cinco na
Alemanha. Vários países oferecem medicamentos e equipamento médico, deslocam os
seus profissionais de saúde à Ucrânia para prestar apoio, avaliação e
realização de cirurgias.
Os ucranianos valorizam o bom acolhimento que receberam em Portugal desde
sempre, e agradeceram a ajuda que lhes foi dada com a sua integração, o seu
conhecimento, o seu bom empenho e trabalho para o bem do país para onde vieram
viver, assim foram estabelecidos laços bem fortes entre as duas nações.
Esperamos que o Estado Português apoie a Ucrânia nesta altura tão difícil.
Por tudo isto os peticionários consideram essencial a colaboração e a ajuda de
Portugal no tratamento e reabilitação dos militares feridos.
Agradecendo antecipadamente a atenção de V. Exa., apresentamos os nossos
melhores cumprimentos.
Primeiros peticionários:
Iuliia Voroshylova (investigadora científica, Grupo de jovens ucranianos em
Portugal «Synytsia»), Vasyl Bundzyak (padre ortodoxo de patriarcado de Kyiv,
Braga), Pavlo Sadokha (Presidente da Associação dos Ucranianos em Portugal),
Andriy Veber (Presidente da Delegação de Vila Nova de Gaia da Associação dos
Ucranianos em Portugal), Nuno Miguel Trindade Lourenço (advogado, Alenquer),
Tetiana Franchuk (Grupo de jovens ucranianos em Portugal «Synytsia»), Olena
Nesterenko Afonso (professora de línguas, Coimbra), Svitlana Oksyuta (professora
de música, Porto), Galyna Ilyuk (professora de música, Santo Tirso), Olena
Dvoininova (Directora da escola ucraniana Cirilo-Metódio em Braga, doutorada em
História)
Para assinar: http://peticaopublica.com/?pi=petreabilitacao