sábado, 2 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 31 de janeiro de 2013
Ciclo de conferências sobre o tema
«Emigração no século XXI»
Serão oradores os melhores especialistas da actualidade.
A nova Diáspora Portuguesa – Emigrar no século XXI
21 de Fevereiro de 2013
Vale de Azevedo: O mercado de arrendamento em Londres;
26 de Fevereiro de 2013
Vítor Constâncio: Ler os sinais do presente para antecipar o futuro;
1 de Março de 2013
Luís Figo: Não há pequenos-almoços grátis;
4 de Março de 2013
Fátima Felgueiras: Brasil, riscos e oportunidades;
Mulheres na Infantaria
João Brandão Ferreira
Vieram a público algumas notícias sobre eventuais «exageros» ou «abusos» físicos e psicológicos sobre uma aspirante de infantaria, durante o seu tirocínio em Mafra, que a teriam obrigado a abandonar o curso.
Deixando para trás a controversa decisão de se permitir a entrada de cidadãos do sexo feminino para as Forças Armadas, de modo indiscriminado, mandaria o bom senso e a equitatividade, que da porta de armas para dentro não houvesse «machos» e «fêmeas», mas apenas um ser militar. Isto, sem embargo da salvaguarda de especificidades incontornáveis que distinguem homens e mulheres e que muitos «istas» da nossa praça pretendem aplainar querendo fazer igual aquilo que, naturalmente, é diferente.
Como se já não fosse suficiente deixar invadir uma instituição que foi sempre cumprindo bem a sua missão, durante séculos, sem precisar de incorporar mulheres, ainda as foram admitir em Armas e especialidades directamente expostas ao combate, quando não são mesmo o esteio desse combate – o que parece de todo contrário à compleição e natureza feminina.
É o caso da Infantaria.
A senhora aspirante era a primeira a aventurar-se a assumir tal desiderato como oficial do quadro permanente. A pressão psicológica era grande, como se deve compreender e como transparece numa entrevista que deu ao «Jornal do Exercito» em Janeiro deste ano.
Mas para que haja sucesso os candidatos ao curso têm que ultrapassar as provas curriculares. Lá estão os instrutores – que não pertencem propriamente a uma associação de malfeitores, note-se – para o aferirem. É campo onde não nos metemos.
Acontece que a militar em questão, logo no início da instrução baixou à enfermaria e veio a ter que abandonar o curso por faltas.
Durante um fim-de-semana em que foi a casa, sentindo-se mal, foi ao hospital. O médico que a assistiu entendeu que o que observou poderia derivar de alguma «agressão» física e, ou, psicológica e como parece ser de lei, reportou o facto às autoridades competentes.
O assunto caiu nos jornais e logo se relacionou as eventuais «lesões» com o ocorrido em Mafra.
No «processo» relativo à futura oficial existente na Escola Prática de Infantaria, nada constará passível de censura relativamente ao treino a que foi submetida.
Somos sempre pelo apuramento da verdade dos factos e pela prevalência da Justiça. No entanto:
Não parece bem, fazer-se chicana nos «média» com coisas sérias; ou haver aproveitamento jornalístico, ou não, para ataques infundados, ou em prol de interesses pessoais;
Deve ter-se em conta que como me disse um instrutor em tempos idos «a Infantaria não é nenhuma pêra doce», e que parece não haver nenhum infante no mundo que tenha chegado ao fim dos treinos sem um conjunto alargado de nódoas negras.
Deve ter-se em conta que como me disse um instrutor em tempos idos «a Infantaria não é nenhuma pêra doce», e que parece não haver nenhum infante no mundo que tenha chegado ao fim dos treinos sem um conjunto alargado de nódoas negras.
A Infantaria destina-se ao combate puro e duro e, para tal, tão importante é a preparação física como uma forte componente moral e psicológica.
Nem toda a gente que se propõe atingir um objectivo na vida, tem capacidade para o levar a cabo. As coisas são como são e não podem ser de outra maneira.
Ainda uma última achega: a chegada dos tirocinantes à EPI e respectivo curso envolve uma série de «praxes» e tradições antigas, que longe de estarem deslocadas, são fundamentais à vivência dos Exércitos, não só porque endurecem o corpo e a mente como, sobretudo, por criarem laços afectivos e deontológicos para todo o sempre: espírito de corpo; camaradagem e outros laços morais fundamentais à Instituição Militar e sem os quais esta não se sustenta.
Falar do que não se sabe, ainda por cima podendo afectar negativamente um dos pilares da Nação Portuguesa, não parece ser o mais avisado.
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terça-feira, 29 de janeiro de 2013
O Papa: antes de poder falar de Deus
e com Deus temos que escutá-lo
Nas suas palavras prévias à
oração do Ângelus, na Praça de São Pedro, o Papa Bento XVI mencionou que
o Evangelho de hoje, «nos convida a perguntar-nos sobre a nossa
capacidade de escuta». «Antes de poder falar de Deus e com Deus, é preciso
escutá-Lo».
O Santo Padre revelou que «a
liturgia da Igreja é a ‘escola’ desta escuta do Senhor que nos fala».
O Evangelho de hoje, mencionou o
Papa, «apresenta-nos Jesus que «com o poder do Espírito» ia aos Sábados
à sinagoga de Nazaré» onde «se levantou para ler uma passagem do
profeta Isaías que principia assim: «o Espírito do Senhor Deus
repousa sobre mim, / porque o Senhor consagrou-me pela unção; / enviou-me a
levar a boa nova aos humildes»».
«Jesus, de facto, ao
terminar a leitura, num silêncio cheio de atenção, disse: «Hoje
cumpriu-se esta passagem da Escritura que acabastes de ouvir»».
O Papa especificou que «São
Cirilo de Alexandria afirma que o «hoje», localizado entre a primeira e a
última vinda de Cristo, está ligado à capacidade do crente em escutar
e arrepender-se. Mas em sentido ainda mais radical, é o próprio Jesus o «hoje» da
salvação na história, porque completa a plenitude da redenção. O termo «hoje»,
muito querido por São Lucas, relata-nos o título cristológico preferido pelo
próprio Evangelista, aquele de salvador (s?t?r). Já nos relatos da
infância está presente nas palavras do anjo aos pastores: «Hoje, na
cidade de Davi, nasceu para vós um Salvador, Cristo Senhor».
Queridos amigos, esta canção
desafia-nos «hoje» também a nós. «Antes de tudo faz-nos pensar
no nosso modo de viver o Domingo: dia de repouso, da família e de
dedicação ao Senhor, participando na Eucaristia, onde nos
alimentamos do Corpo e Sangue de Cristo e da sua Palavra de vida».
«Cada dia (kath?meran)
pode-se transformar no hoje salvífico, porque a salvação é história que
continua para a Igreja e para cada um dos discípulos de Cristo. Este é o
sentido cristão do «carpe diem»: aproveite o hoje em que Deus te
chama para doar-te a salvação!».
«A Virgem Maria seja sempre
o nosso modelo e a nossa guia no saber reconhecer e acolher, a cada dia da
nossa vida, a presença de Deus, Salvador nosso e de toda a humanidade»,
concluiu.
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Bento XVI: A falta de fé gera crises no matrimónio
No seu discurso no sábado de manhã aos membros do Tribunal da Rota Romana, o mais alto tribunal
eclesiástico da Santa Sé, o Papa Bento XVI indicou que «a carência de fé pode
ferir os bens do matrimónio: procriação, fidelidade conjugal e
indissolubilidade».
O Santo Padre sublinhou que a actual crise de fé ocasiona uma crise na união conjugal, acrescentando que o afastamento da proposta de Deus leva a um profundo desequilíbrio em todas as relações humanas.
O «acentuado subjectivismo e relativismo ético e religioso» da cultura contemporânea impõe à família «desafios urgentes», disse o Papa.
Bento XVI lamentou que exista uma «difundida mentalidade» de que a pessoa «seja ela mesma permanecendo ‘autónoma’ e entrando em contacto com o outro só mediante relações que possam ser interrompidas em qualquer momento».
O Papa sublinhou que «só abrindo-se à verdade de Deus é possível compreender, e realizar no concreto da vida também conjugal e familiar, a verdade do homem como filho Dele, regenerado pelo Baptismo».
Ao reflectir sobre a indissolubilidade do pacto matrimonial entre um homem e uma mulher, indicou que este «não requer, para fins sacramentais, a fé pessoal dos noivos», mas o que se pede, «como condição mínima necessária é a intenção de fazer aquilo que faz a Igreja».
Entretanto, citou, «embora seja importante não confundir o problema da intenção com a fé pessoal dos noivos, não é possível separá-los totalmente».
Ao recordar os três bens do matrimónio, mencionados por Santo Agostinho, procriação, fidelidade conjugal e indissolubilidade, o Papa advertiu que não se deve prescindir «da consideração de que possam apresentar-se casos que pela ausência de fé, o bem dos cônjuges resulte comprometido e portanto excluído do consenso».
O Santo Padre advertiu que «com estas considerações, não pretendo sugerir um fácil automatismo entre carência de fé e nulidade da união matrimonial, mas evidenciar que tal carência poderá, ferir os bens do matrimónio, a partir do momento em que a referência à ordem natural querida por Deus é inerente ao pacto conjugal».
O Papa especificou que sobre a problemática da validez do matrimónio, «sobretudo no contexto actual, será necessário promover ulteriores reflexões».
Bento XVI também recordou aqueles Santos que viveram o matrimónio de acordo com a perspectiva «cristã», conseguindo assim «superar também as situações mais adversas, conseguindo às vezes a santificação do cônjuge e dos filhos com um amor sempre reforçado por uma sólida confiança em Deus».
O Santo Padre sublinhou que a actual crise de fé ocasiona uma crise na união conjugal, acrescentando que o afastamento da proposta de Deus leva a um profundo desequilíbrio em todas as relações humanas.
O «acentuado subjectivismo e relativismo ético e religioso» da cultura contemporânea impõe à família «desafios urgentes», disse o Papa.
Bento XVI lamentou que exista uma «difundida mentalidade» de que a pessoa «seja ela mesma permanecendo ‘autónoma’ e entrando em contacto com o outro só mediante relações que possam ser interrompidas em qualquer momento».
O Papa sublinhou que «só abrindo-se à verdade de Deus é possível compreender, e realizar no concreto da vida também conjugal e familiar, a verdade do homem como filho Dele, regenerado pelo Baptismo».
Ao reflectir sobre a indissolubilidade do pacto matrimonial entre um homem e uma mulher, indicou que este «não requer, para fins sacramentais, a fé pessoal dos noivos», mas o que se pede, «como condição mínima necessária é a intenção de fazer aquilo que faz a Igreja».
Entretanto, citou, «embora seja importante não confundir o problema da intenção com a fé pessoal dos noivos, não é possível separá-los totalmente».
Ao recordar os três bens do matrimónio, mencionados por Santo Agostinho, procriação, fidelidade conjugal e indissolubilidade, o Papa advertiu que não se deve prescindir «da consideração de que possam apresentar-se casos que pela ausência de fé, o bem dos cônjuges resulte comprometido e portanto excluído do consenso».
O Santo Padre advertiu que «com estas considerações, não pretendo sugerir um fácil automatismo entre carência de fé e nulidade da união matrimonial, mas evidenciar que tal carência poderá, ferir os bens do matrimónio, a partir do momento em que a referência à ordem natural querida por Deus é inerente ao pacto conjugal».
O Papa especificou que sobre a problemática da validez do matrimónio, «sobretudo no contexto actual, será necessário promover ulteriores reflexões».
Bento XVI também recordou aqueles Santos que viveram o matrimónio de acordo com a perspectiva «cristã», conseguindo assim «superar também as situações mais adversas, conseguindo às vezes a santificação do cônjuge e dos filhos com um amor sempre reforçado por uma sólida confiança em Deus».
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Entre «casamentos» de invertidos e eleições.
Poderá o Papa confiar em Andrea Riccardi?
O fundador da Comunidade de
Santo Egídio agita-se no centro da cena política italiana, aparentemente com a
bênção do Papa. Mas detrás das aparências encontramos factos perturbadores.
Cada vez que Bento XVI se exprime contra o casamento homossexual, é sistematicamente assaltado com críticas. Mas da última vez que o fez – no discurso dirigido à Cúria antes do Natal, como em cada ano – não aconteceu isso. Todos se mantiveram em silêncio.
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Cada vez que Bento XVI se exprime contra o casamento homossexual, é sistematicamente assaltado com críticas. Mas da última vez que o fez – no discurso dirigido à Cúria antes do Natal, como em cada ano – não aconteceu isso. Todos se mantiveram em silêncio.
LER MAIS
Em inglês:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400?eng=y
Em francês:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400?fr=y
Em italiano:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400
Em castelhano:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400?sp=y
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400?eng=y
Em francês:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400?fr=y
Em italiano:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400
Em castelhano:
http://chiesa.espresso.repubblica.it/articolo/1350400?sp=y
domingo, 27 de janeiro de 2013
Opinião de Margareth Thatcher sobre mulheres nas FFAA
João Brandão Ferreira
Curiosa Opinião!
Será interessante, passadas duas décadas, conhecer a visão e opinião de
uma grande líder da Europa sobre o assunto de mulheres nas Forças Armadas.
Não foi ouvida, e talvez seja tempo de fazer uma análise das
consequências e alterações resultantes.…
…Mas os militares também são diferentes, porque a vida da
caserna é distinta da vida do civil. As virtudes que precisam ser cultivadas
por aqueles que são chamados a colocar em risco as suas vidas no cumprimento do
seu dever simplesmente não são as mesmas exigidas a um homem de negócios, a um
funcionário civil ou, sem sombra de dúvida, a um político. É vital, acima de
tudo, ter coragem — coragem física.
Os militares precisam desenvolver a camaradagem com os seus
companheiros em muito maior grau. Devem ser capazes, implicitamente, de confiar
uns nos outros. Soldados, marinheiros e aviadores também são indivíduos e basta
ler as suas biografias para compreender isso. Mas não podem ser
individualistas. Para aqueles que vivem em regime disciplinar, são os deveres e
não os direitos que balizam suas vidas. Eis por que a vida militar é justamente
considerada uma nobre vocação e por que, através dos anos, muitos dos que
abandonam a carreira militar para ingressar na vida civil sentem dificuldade
para se adaptar.
Como regra, os militares necessitam ser fisicamente fortes. Não
é suficiente ser talentoso, embora a habilidade certamente ajude. Nenhuma força
combatente pode se permitir abrigar, mesmo em pequena proporção, pessoal que
não esteja apto a cumprir missões que lhe possam vir a ser atribuídas.
Assim, sou contra as actuais tentativas de empregar conceitos
liberais e institucionais da vida civil nas nossas forças armadas. Programas
visando introduzir sistemas jurídicos segundo o modelo civil, promover direitos
homossexuais e franquear novas actividades para mulheres são, no mínimo,
irrelevantes para as funções que se espera sejam desempenhadas pelos militares.
Sob um enfoque pessimista, contudo, ameaçam a capacidade militar de forma
realmente perigosa.
O militarismo feminista nas forças armadas talvez seja o mais
pernicioso desses agentes «reformadores». O facto de a maioria dos homens ser
mais forte do que a maior parte das mulheres significa ou que as mulheres devem
ser excluídas das missões fisicamente mais exigentes, ou que precisa ser
reduzida a exigência de tais missões, algo evidentemente mais fácil em treino
do que em combate. Porém, obviamente, é essa segunda alternativa que as
feministas procuram ver adoptada e, com muita frequência, as suas pretensões
são aceitas.
Quando se constatou que as mulheres não são capazes de lançar
granadas comuns à distância desejável, para que não sejam atingidas pela
explosão, a solução foi não deixar a tarefa só para homens, mas construir
granadas mais leves (e menos letais). Quando se descobriu que mulheres a bordo
de navios de guerra precisam de instalações não exigidas pelos homens, A
Marinha dos Estados Unidos teve que «reconfigurar» as suas belonaves para
proporcioná-las — apenas no USS Eisenhower, ao custo de US$ 1 milhão.
Quando a maioria das mulheres (correctamente, em minha opinião)
opta por não assumir funções de combatente, a resposta, de acordo com um
professor da universidade de Duke, é fazer com que os militares abdiquem de
atributos como «autocontrole, autoconfiança, agressividade, independência,
auto-suficiência e determinação» para assumir riscos. As mulheres dispõem de
inúmeras tarefas em que podem servir com destaque. Algumas de nós até dirigimos
nações. Mas, em geral, somos melhores lidando com bolsas do que com baionetas.
Guerra sempre envolverá o emprego de baionetas ou equivalentes.
É irrealista pensar que as guerras possam vir a ser travadas sem jamais ocorrer
contacto físico e confronto directo com o inimigo.
Tendo em mente essas considerações, penso que os nossos líderes
políticos e militares devem:
· Revelar mais firmeza, resistindo aos lobies de pressão «politicamente
correctos» que contribuem para subverter a ordem e a disciplina em nossas
forças armadas.
· Deixar claro que a vida na caserna não pode tomar como modelo
os procedimentos, a moldura legal ou as peculiaridades da vida civil.
· Recusar-se a colocar a doutrina liberal adiante da eficácia
militar.
· Demonstrar um pouco de
bom senso.
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