sexta-feira, 14 de junho de 2013

Forças no Próximo-Oriente: Israel feliz


Daniel PipesThe Washington Times (resumo)

Demografia

Para manter a população de um país é necessário que as mulheres, em média, dêem à luz 2,1 filhos. Israel tem um índice de natalidade de 2,65, sendo assim o único país avançado a exceder a reposição. (O país que chega mais perto é a França com 2,08, e graças aos filhos de imigrantes). Apesar dos religiosos e dos árabes responderem de alguma forma por esse índice robusto, os judeus seculares são a chave.
Israel tem mais crianças per capita que
qualquer outro país do primeiro mundo.
Economia

Durante a recessão entre 2008 e 2012, Israel desfrutou de um crescimento de 14,5% do produto interno bruto, tendo a maior taxa de crescimento económico entre os países da Organização para Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE). (As economias adiantadas, no conjunto, tiveram uma taxa de crescimento de 2,3%, com o peso dos Estados Unidos de 2,9% e a zona do Euro de 0,4% negativo).

Investigação

Israel investe 4,5% do produto interno bruto em investigação, a mais alta percentagem do mundo.

Energia

Segundo os especialistas, pelas  descobertas de gás e petróleo, «a Terra Prometida, do ponto de vista de recursos naturais, poderia ser, palmo a palmo, o país mais rico em energia do mundo».
Gás natural do campo Tamar em Israel
acaba de chegar aos consumidores.
Defesa

Com a Síria e o Egipto absorvidos pelos problemas internos, a ameaça que esses países apresentavam, por ora, praticamente desapareceu. Graças a tácticas inovadoras, os ataques terroristas foram quase eliminados. As Forças de Defesa de Israel contam com recursos humanos excepcionais e encontram-se na vanguarda da tecnologia militar.

A sociedade israelita confirmou a sua prontidão para combater num conflito prolongado. O diferencial de poder entre Israel e seus vizinhos árabes continua a crescer.

O problema nuclear iraniano pode ser menos terrível do que parece. Segundo os estrategos, com o poder destrutivo imensamente superior do arsenal nuclear israelita e com o crescente sistema defensivo de mísseis, uma batalha nuclear causaria certamente grande destruição em Israel, mas o Irão seria completamente destruído. A recuperação iraniana não seria possível no sentido convencional do termo.

Diplomacia

O êxito do movimento «boicote, desinvestimento e sanções» é muito limitado. Um órgão da ONU aprovou mais uma condenação. Contudo, Israel mantém relações diplomáticas com 156 dos 193 membros das Nações Unidas. Em termos globais, Israel está realmente bem integrado.

Opinião pública americana

Em sondagens de opinião realizadas nos Estados Unidos, principal aliado de Israel, o Estado judeu bate os palestinos por 4-1. Apesar das universidades serem realmente hostis, no conjunto da população a relação é diferente.

Unidade interna

As tensões entre os asquenazitas e os sefaraditas diminuíram com o tempo devido a uma combinação de casamentos mistos e a polinização cruzada das culturas.

A questão da falta de participação dos religiosos está finalmente a ser abordada.

Artes

Os israelitas deram contribuições culturais impressionantes, especialmente na música clássica, tornando Israel uma «mini superpotência nas artes».
A Israel Philharmonic Orchestra (Orquestra Filarmônica de Israel),
fundada em 1936 é uma respeitada instituição cultural. 




quinta-feira, 13 de junho de 2013

A política de terra queimada sobre a família


Marta Gaspar

A aprovação da lei da co-adopção com votos a favor, abstenções e até ausência de inúmeros deputados da maioria PSD-CDS na Assembleia demonstra que, ao serviço de interesses que pugnam pela destruição da célula familiar (pai, mãe e filhos), foi dado mais um passo na instituição de uma pseudo-ética resultante dos caprichos e das vontades de políticos ao serviço de lobbies da minoria e não ao respeito pelo voto e pela consciência dos Portugueses.

Tal como havia já resultado da aprovação da lei de despenalização do aborto (cujas consequências são conhecidas e inclusive denunciadas pelos especialistas intervenientes na sua execução), a perigosa relativização dos valores e da essência da pessoa humana, também nesta matéria, teve um avanço capital.

A formatação das consciências é a principal arma dos políticos do sistema, procurando tornar aceitáveis e dignas de crédito todas as medidas, leis e critérios que desejam instituir nas sociedades, à luz de um projecto e de uma nova ordem maquiavélica de estruturas que transcendem o território nacional.

A Assembleia da República não está mandatada para votar matérias de consciência e definir os valores essenciais da sociedade. Em matéria política fundamental, rege a lei constitucional, boa ou má; em matéria de valores fundamentais sobre os quais assenta e se organiza a sociedade, rege a lei natural.

Aqui regista-se a primeira subversão de todo este processo, consistindo na captura da sociedade e do pensamento colectivo segundo o qual a matéria agora sujeita a legislação é matéria ordinária que visa eliminar uma fonte de discriminação. Não é! É a defesa de um interesse minoritário, com prejuízo de direitos que não constam de lei nem têm de constar, porque neles se funda a ordem jurídica e os direitos constitucionais ou legalmente consagrados, porque do domínio da ordem natural, isto é, direitos inalienáveis das crianças e do ser humano.

A despenalização do aborto e uma política totalmente alienada quanto a incentivos económicos e sociais às famílias para poderem ter mais filhos, aliadas ao apoio a uma cultura hedonista, são, para já, uma achega ao problema demográfico, que regista uma das mais baixas taxas de natalidade do mundo. A aprovação do chamado «casamento» entre pessoas do mesmo sexo e da lei da co-adopção é a cereja no bolo.

Chocante e inaceitável é o reflexo destas irresponsabilidades, egoísmos  e espírito de destruição nos mais inocentes: as crianças. Não só as que tentam sobreviver nos ventres das mães, bem como aquelas que são vítimas de um Estado que, não resolvendo os problemas do bem comum, também no campo da família, quer legislar e usurpar o papel desta instituição natural. A adopção não é um direito dos pais nem um dever do Estado. A adopção é apenas a possibilidade de encontrar para a criança uma resposta que a ajude a superar o seu eventual infortúnio de orfandade, algo que naturalmente só é possível no quadro de uma referência que inclua o pai e a mãe.





quarta-feira, 12 de junho de 2013

Papa Francisco:
É dever do cristão envolver-se na política
embora ela seja «muito suja»

O Papa Francisco, ao responder a uma das perguntas feitas por um dos jovens que recebeu na Sala Paulo VI, no encontro com alunos e ex-alunos dos colégios jesuítas da Itália e Albânia (7 de Junho), explicou que é um dever, uma obrigação do cristão, envolver-se na política embora ela seja «muito suja», porque aí se pode trabalhar pelo bem comum. «Nós não podemos fazer como Pilatos e lavar as mãos, não podemos».

«Devemos participar na vida política porque a política é uma das formas mais altas da caridade, porque busca o bem comum. E os leigos cristãos devem trabalhar na política.»

«Alguém me dirá: ‘mas não é fácil’. Também não é fácil ser sacerdote. Não são coisas fáceis porque a vida não é fácil. A política é muito suja, mas eu pergunto-me: Porque será suja? Porque os cristãos não estão imbuídos do espírito evangélico».

O Santo Padre assinalou também que «é fácil dizer ‘a culpa é dos outros’... e eu, o que faço? É um dever! Trabalhar pelo bem comum é dever de um cristão! E, muitas vezes, para trabalhar, o caminho a seguir é a política».





terça-feira, 11 de junho de 2013

Amor ao sindicalismo!


Rui Dias Costa

Lendo, ouvindo e vendo as posições, as atitudes e os termos desrespeitosos com que as centrais sindicais e muito particularmente os seus principais dirigentes vêm defendendo aquilo que consideram a defesa dos legítimos interesses dos «trabalhadores», tenho-me questionado sobre o seguinte:

1 – Porque será que os dirigentes sindicais se eternizam nesses lugares? Será por altruísmo e por puro e desinteressado interesse à causa?

2 – Seria bom conhecer quanto tempo útil de trabalho tiveram esses dirigentes nas suas profissões de origem se é que alguma vez as tiveram.

3 – Seria também interessante saber quantos deles estão com salários em atraso ou «desempregados»?





segunda-feira, 10 de junho de 2013

Papa Francisco:
A «linguagem socialmente educada»
é a da «hipocrisia» e «da corrupção»


Na Missa que presidiu na manhã de ontem (4 de Junho) na Casa Santa Marta, o Papa Francisco assinalou que os cristãos não utilizam uma «linguagem socialmente educada», propensa à hipocrisia, mas são porta-vozes da verdade do Evangelho com a mesma transparência das crianças.

A hipocrisia é a linguagem preferida dos corruptos. A cena evangélica do tributo a César, e a pergunta trapaceira dos fariseus e dos partidários de Herodes a Cristo sobre a legitimidade daquele tributo, deu ao Papa motivo para a sua reflexão de hoje em continuidade com a homilia da segunda-feira.

A intenção com a que se aproximam de Jesus, afirmou, é a de fazê-lo «cair na armadilha». A pergunta se é lícito ou não pagar o imposto a Cesar é exposta «com palavras suaves, com palavras belas, com palavras ‘adocicadas’». «Pretendem – adicionou – mostrar-se amigáveis». Mas tudo é falso. Porque, explicou Francisco, «eles não amam a verdade, mas somente a si mesmos e assim tentam enganar, envolver os outros na mentira. Têm o coração mentiroso, não podem dizer a verdade».

«A hipocrisia é precisamente a linguagem da corrupção. Quando Jesus fala aos seus discípulos, diz que o seu modo de falar deve ser ‘sim, sim’ ou ‘não, não’».

«Estes querem uma verdade escrava dos próprios interesses. Podemos dizer que há um amor: mas é o amor de si mesmos, o amor a si mesmos. Aquela idolatria narcisista que os leva a trair os outros, os leva aos abusos da confiança».

«E a mansidão que Jesus quer de nós não tem nada a ver com esta adulação, nada a ver com esta forma ‘açucarada’ de avançar. Nada disso! A mansidão é simples; é como aquela de uma criança. E uma criança não é hipócrita, porque não é corrupta. Quando Jesus nos diz: Quando disserem ‘sim’, que seja sim, e quando disserem ‘não’, que seja não! com espírito de crianças, refere-se ao contrário da forma de falar destes».

A última consideração do Santo Padre referiu-se a uma «certa fraqueza interior», estimulada pela vaidade, que faz com que «gostemos que digam coisas boas de nós». Os «corruptos sabem disso e tentam enfraquecer-nos com essa linguagem».

«Pensemos bem: qual é a nossa linguagem hoje? Falamos com verdade, com amor, ou falamos um pouco com aquela linguagem social de seres educados, dizendo coisas belas, mas que não sentimos?»





domingo, 9 de junho de 2013