sábado, 3 de dezembro de 2011

O Estripador a Presidente!...

Nuno Serras Pereira

O semanário Sol traz hoje a primeira parte de uma reportagem-entrevista com o estripador de mulheres de má-vida. Nela podemos ler horrorizados a descrição pormenorizada e macabra que o mesmo faz, de «consciência tranquila», dos crimes cometidos, a que ele chama limpezas da sujeira, «culpabilizando» simultaneamente, numa flagrante racionalização, a sua mãe. Não se compreende que assassínios tão hediondos, perpetrados por um homicida confesso, cujas declarações são em tudo coincidentes com as investigações da polícia, possa prescrever…
Mas o que mais espanta não é isso. A estupefacção maior advém de que os relatos de matadores de crianças nascituras, tão ou mais tenebrosos do que este, realizados com frieza e distância psicopáticas muito semelhantes (facilmente se encontra na Inter-rede relatos de médicos abortadores que testemunharam perante tribunais, nos U. S., os «procedimentos» dessa «arte»), nunca, mas mesmo nunca, sejam notícia ou objecto de reportagem e de escândalo. Pelo contrário, esses homicidas péssimos e os seus fautores são entrevistados - não na qualidade de criminosos mas como pessoas credíveis e merecedoras de atenção e seguimento -, por tudo quanto é comunicação social inclusive católica, e promovidos a lugares de destaque. É totalmente absurdo, por exemplo, que um estripador confesso de crianças nascituras, isto é, um assassino violento de pessoas, no seu estado de maior vulnerabilidade e de total inocência, como Miguel Oliveira da Silva tenha sido nomeado presidente do conselho nacional de ética para as ciências da vida (CNECV) e seja convidado da Rádio Renascença perorar sobre a defesa da vida. Propiciador desta besta-fera (a expressão é do P. António Vieira, para designar pessoas cruéis, bárbaras ou selvagens) é, entre outros, o presidente da república que ao promulgar a «lei» iníqua e injusta proporcionou os meios para que mais de sessenta mil crianças tenham sido «legalmente» esquartejadas com o patrocínio do estado, desde 2007. Pelo que não me admiraria nada que um dia um estripador prescrito venha a ser nomeado presidente do CNECV ou mesmo eleito Presidente da República, que já foi Portugal.
Creio que foi no mesmo jornal que vi uma adversão contra a violência doméstica com a fotografia, a toda a página, de um mulher ferozmente espancada e ferida até à morte. Fomos nos últimos tempos avisados de que viria aí uma campanha chocante para ajudar a pôr um ponto final, de vez, na violência doméstica de modo a que não mais aconteça a morte matada de 14 mulheres, como sucedeu no ano transacto. Muito bem. Mas é caso para perguntar, se é tão eficaz e necessária uma publicitação desse género porque não se faz o mesmo para proteger as, não já 14, mas vinte mil crianças nascentes, a maioria delas do sexo feminino, que são raivosamente escangalhadas e despedaçadas todos os anos. Esta fereza doméstica é bem mais intensa e furibunda.
Acresce que a iracúndia doméstica sobre crianças, já nascidas, por parte das mulheres, e também a exercida sobre os anciãos é mais vasta e grave, bem como o furor «doméstico» entre pessoas do mesmo sexo, que vivem sodomiticamente juntos. Mas destas coisas, é claro, o melhor é ignorar, não se venha a conhecer a essa coisa horrível que é a verdade…

NOTA BENE: No texto anterior, intitulado «Mas que Inferno!» houve quem, para minha grande surpresa, supusesse que eu advogava que quem não gostasse de Bach iria para o Inferno. Ora o ponto não era evidentemente esse, mas sim que uma mesma causa pode provocar efeitos opostos, dependendo estes das disposições sobre quem é exercida. Santa Catarina de Génova é muito clara quando diz que o Amor ardente de Deus, ou o Amor ardente que Deus é, para uns é Céu, para outros Purgatório e para outros Inferno.

Nota da Redacção:
Já lá dizia o Mao Zedong que «as causas externas operam através das internas» (em Da Contradição). Até ele via estas coisas!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

S.O.S. PELA FAMÍLIA

Homoparentalidade versus filiação
A ideologia do género, na sua escalada contra a família natural, obteve no ano passado uma importante vitória, com a aprovação parlamentar do casamento legal entre pessoas do mesmo sexo. Uma tal reforma subverteu, em termos legais, o matrimónio civil, agora equiparado à união de duas pessoas do mesmo sexo. Mas, como a lei em vigor não permite que estas uniões possam adoptar, está em curso uma tentativa de substituir o conceito de filiação pela volátil noção de «homoparentalidade».
A homoparentalidade significa, em termos práticos, que é pai ou mãe não apenas quem gera biologicamente, mas também – e esta é a novidade – o seu cônjuge. Assim sendo, nada obsta a que uma infeliz criança possa ter duas mães ou dois pais e, a bem dizer, até alguns mais.
São recorrentes o uso e o abuso do princípio da igualdade, como fundamento jurídico desta pretensão. Mas o casal natural – homem e mulher – está legitimado para adoptar não só por estar casado mas, sobretudo, por ser realmente um potencial pai e uma possível mãe. Ora tal não acontece quando são duas pessoas do mesmo sexo. Por isso, é lógico que não se lhes permita a adopção, que frustraria a legítima expectativa do menor, o qual não precisa de vários tutores, mas de uma verdadeira família, ou seja, de um pai e de uma mãe.
As uniões do mesmo sexo querem o privilégio de um estatuto parental não fundado na geração biológica, mas na sua relação conjugal. Como se o facto de ser casado com o pai, ou a mãe, concedesse a alguém o direito de ser mãe, ou pai, dos seus filhos!
Mas se, por absurdo, se viesse a concretizar esta ameaça contra a família e se concedesse esta aberrante benesse às uniões de pessoas do mesmo sexo, seria então necessário, por razão do dito princípio da igualdade, dar esse mesmo direito aos casais de pessoas de diferente sexo. Com efeito, se o marido do pai também é pai, com mais razão o deveria ser o marido da mãe. E se a mulher da mãe é mãe, também o deve ser a mulher do pai.
Mais: se o filho do progenitor é também, juridicamente, filho do cônjuge deste, tem de ser igualmente herdeiro dos ascendentes da pessoa que casou com seu pai ou mãe. Portanto, se o príncipe herdeiro do Reino Unido tivesse a infelicidade de «casar» com Elton John, o filho deste passaria a ser filho do príncipe e, como tal, herdeiro do trono britânico, apesar de não ter nenhuma relação de parentesco com os referidos monarcas! Seria cómico, se não fosse dramático.
Na realidade, a homoparentalidade, ao substituir a filiação natural, destrói as noções de paternidade e maternidade. Porque ou a filiação legal está fundada na geração, ou então as palavras «pai» e «mãe» deixam de fazer sentido e nem sequer se distinguem. De facto, por que razão o marido do pai, ou a mulher da mãe, têm que ser, respectivamente, pai e mãe do filho do marido ou da mulher? Se pode ser pai, ou mãe, quem de facto não gerou tal filho, o marido do pai poderia ser mãe – na realidade, não sendo progenitor, não é mais pai do que mãe … – como a mulher da mãe deveria poder ser pai. No limite, o filho de dois indivíduos do mesmo sexo poderia ser legalmente filho de dois pais, de duas mães ou até – quem diria! – de um pai e de uma mãe! 
«Se se põe de parte o Direito, que distingue o Estado de um grande bando de salteadores?», perguntava Santo Agostinho (De civitate Dei, IV, 4, 1), recentemente citado por Bento XVI. Se se ignora a ecologia familiar, se se falsifica a noção de casamento, equiparando-o às uniões entre pessoas do mesmo sexo, e se se substitui a filiação pela «homoparentalidade», que resta senão uma fraude e uma mentira?! Se à família se nega o seu fundamento natural, é a sua identidade que é negada e, na realidade, nada mais seria do que a factualidade de uma qualquer aventura em comum.
E não é preciso ser bruxo para adivinhar que as principais vítimas da destruição da família natural, em que tanto se empenha a ideologia do género, são, como sempre, as mais vulneráveis: as crianças.

P. Gonçalo Portocarrero de Almada

Um estudo sobre os maus tratos na família questiona as teses da ideologia do género


As teses dos defensores da ideologia do género sobre a violência que se produz no âmbito familiar, situando o eixo «agressor - vitima» dos maus tratos na caracterização «homem – mulher», colidem cada dia que passa com novos estudos que questionam. as suas afirmações.
Um exemplo disso eram os três relatórios, da «Generalitat» da Catalunha, do Centro Rainha Sofia e do Instituto Andaluz da Mulher, que deitam por terra os argumentos de que a violência contra a mulher é um acto estrutural inerente à condição de homem e às sociedades patriarcais, ao constatar que crescem as agressões entre os casais adolescentes.   
Agora, o Instituto de Estudios del Capital Social (INCAS) da Universidad Abat Oliba CEU, apresenta o estudo «Jovens, mulheres, adultos: os maus-tratos na família», cujas conclusões, «contradizem a abordagem da ideologia do género no seio da família».
Entre outras questões, o relatório mostra que «no mau trato a menores prevalece a condição feminina do agressor e, sobretudo, as famílias monoparentais como as causadoras em maior proporção do seu universo deste tipo de violência».
Também ressalta neste estudo que a violência contra os idosos «é a mais difundida, muito mais do que a acontece contra a mulher», e esta violência «cresce com a idade da vítima e o seu grau de dependência, numa clara relação forte – fraco».
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terça-feira, 29 de novembro de 2011

Convite

No próximo 1.º de Dezembro comemoram-se 371 anos da Restauração da Independência


Olivença foi das primeiras povoações a aclamar D. João IV como seu legítimo soberano,logo em 5 de Dezembro de 1640, identificando-se com a divisa que lhe fora outorgada pelos Reis de Portugal: Nobre, Leal e Notável Vila de Olivença.
A usurpação de Olivença, em violação do Direito, da História, da Cultura e da Moral, constitui alerta eloquente para todos os portugueses que querem um Portugal livre e independente.
Apelando à participação cívica de todos na exigência da sua retrocessão, o Grupo dos Amigos de Olivença participará como habitualmente nas comemorações nacionais do Dia da Restauração.
Convidam-se todos os associados e apoiantes a integrarem a Comitiva do Grupo dos Amigos de Olivença que se concentrará, no dia 1.º de Dezembro, às 15:30 horas, frente à sua sede, na Casa do Alentejo, dali saindo para comparecer nas cerimónias públicas que terão lugar às 16:00 horas, na Praça dos Restauradores, em Lisboa.
Contamos consigo!
A Direcção do Grupo dos Amigos de Olivença