sexta-feira, 11 de abril de 2014

As senhoras SS estiveram distraídas?


Heduíno Gomes

Os jornais noticiaram que, no ano de 2013, houve menos crianças internadas em instituições.

Significa isto que as senhoras da Segurança Social e o IAC da D. Manuela Eanes estiveram distraídas e não cuidaram devidamente do seu ganha-pão, permitindo um rombo no seu complexo social-industrial.


Ó minhas senhoras da SS, inventem lá mais umas violações dos direitos das crianças!





quinta-feira, 10 de abril de 2014

República Inglesa


Heduíno Gomes

Suas Altezas Reais de Inglaterra os príncipes herdeiros William e Kate foram passear à Nova Zelândia e à Austrália. O rebento mais novo, o bebé, acompanhou os príncipes herdeiros. Estes, com o bebé, também príncipe herdeiro, em Wellington, capital da Nova Zelândia, participaram numa comovedora cerimónia em que o bebé esteve com bebés locais, acompanhados de seus pais.

Até aqui, tudo bem... aparentemente.

Eis que a notícia acrescenta que, entre os pais dos bebés convivas, se encontrava uma parelha de invertidos... «pais»... Custou aos contribuintes britânicos esta promoção subliminar das chamadas «novas formas de família» a módica quantia, segundo a imprensa, de um milhão de dólares.

Não sou um entusiasta do regime republicano. Para mim, o importante é ter um bom Chefe de Estado, seja ele rei ou presidente, como o foram o rei D. João II e o presidente Carmona. A apologia de ambos os regimes em si mesmos assenta em pressupostos ideais, e por isso falsos em relação à realidade. Certos reis não os quero e certos presidentes também não.

Dito isto, acrescento que a minha impressão política e moral sobre a casa real inglesa já não era boa, por razões que são do domínio público. Famílias reais que não são exemplo para a instituição familiar e para os valores da Civilização em geral não são reais, são vulgares. E por isso não são dignas de chefiar o Estado, nem sequer de representá-lo. Para rimar com real, chamemos-lhes banal. Famílias banais.

Com mais esta palhaçada com que Suas Altezas Banais colaboraram conscientemente –– ou então os seus serviços de protocolo e o MI5 são uns incompetentes, e, nesta hipótese, dada a gravidade do acto, o mundo civilizado aguarda uma correcção pública ––, passei definitivamente para o lado republicano em Inglaterra, como já tinha feito na Dinamarca, cuja família «real», há anos, mostrou ser igualmente banalBem, em Espanha, por todas as razões, viva a República Espanhola, viva la tricolor, que é a melhor maneira de esfrangalhar aquele Estado antiportuguês de hegemonia castelhana.

La tricolor, bandeira da República Espanhola






John Maynard Galamba


João Miguel Tavares, Público, 01/04/2014

O keynogalambismo consiste em permanecer firmemente keynesiano mesmo sem ter dinheiro para investir.

No sábado, João Galamba assinou um texto no PÚBLICO intitulado A joão-miguel-tavarização da opinião?, em resposta a um artigo meu que apontava certas incoerências na forma como os deputados Galamba 2010 e Galamba 2014 encaravam o peso da dívida nas contas públicas. João Galamba, contudo, garantiu que os deputados são um só, que não existe qualquer incoerência e que eu o descontextualizei. Indignado, deixou uma mensagem no Twitter: «Fico à espera do pedido de desculpas do escriba do PÚBLICO.»

E aqui estou eu, em atitude de humilde penitente, prontíssimo para me arrepender, agora que João Galamba me introduziu a uma nova doutrina económica, que me atrevo a chamar «keynogalambismo». Foi apenas por não estar sensibilizado para o potencial desta nova área do pensamento económico que acusei Galamba 2010 de achar que a dimensão da dívida não era um entrave para o crescimento enquanto via Galamba 2014 assinar manifestos a pedir a reestruturação da dívida para o País conseguir crescer. Mea culpa, mea maxima culpa.

Temendo que outros, tal como eu, desconheçam as virtudes do keynogalambismo, permitam-me então explicar esse notável pensamento. Todos nós sabemos aquilo que o keynesianismo é: uma teoria que aconselha a combater as crises com investimento público, adoptando políticas anticíclicas como forma de estimular a economia, e que teve inegável sucesso no debelar da Grande Depressão. Infelizmente, John Maynard Keynes faleceu em 1946, mais de meio século antes de ser introduzida na Europa a moeda única, que nos levou as máquinas de imprimir dinheiro e, com elas, esse instrumento tão apreciado pelos políticos chamado «inflação». Ora, é aqui que entra o keynogalambismo.

O keynogalambismo consiste em permanecer firmemente keynesiano mesmo sem ter dinheiro para investir. Como? Utilizando um poderoso instrumento económico para combater a crise, que Keynes, por manifesta desatenção, se esqueceu de citar na Teoria Geral do Emprego, do Juro e da Moeda: gritar imenso com os outros por estarem a ser maus para nós. Através de numerosas queixas, esgares e manifestos, o keynogalambismo propõe continuar a investir à bruta, mesmo que em caixa só já restem 300 milhões de euros (números de Durão Barroso).

O João Galamba em pose de inteligente,
sem, contudo, se ver o brinquinho.

A lógica interna do keynogalambismo é esta: 1) pedimos dinheiro, porque precisamos de nos endividar; 2) não pagamos esse dinheiro, porque nos endividámos; 3) protestamos, por não nos deixarem endividar mais. Vale a pena dar a palavra ao autor, que explica isto admiravelmente: «O problema da nossa dívida não é o facto de ser elevada, mas sim o facto de que, no contexto do Tratado Orçamental, e quando pagamos cerca de 4,5% do PIB em juros, a única maneira de cumprir as nossas obrigações europeias sem voltar a cortar salários, pensões, saúde, educação e investimento público é reestruturar a dívida.» Ou seja, o problema da nossa dívida não é o facto de ser elevada, mas o facto de não a conseguirmos pagar. Brilhante.

Em resumo: Galamba 2010 acha que a dívida não é o cerne da questão; Galamba 2012 vota favoravelmente (embora contrariado) um Tratado Orçamental onde o pagamento da dívida é o cerne da questão; Galamba 2014 acha que não pagar a dívida é o cerne da questão. Confesso que isto, à primeira vista, me pareceu incoerente. Mas agora, que finalmente penetrei no keynogalambismo, vejo o quanto estava errado. As minhas desculpas aos três Galambas.





quarta-feira, 9 de abril de 2014

Aspectos da oposição do «bando de Argel»
ao Estado Novo II


João J. Brandão Ferreira


Por razões judiciais tenho feito alguma pesquisa no arquivo do Ministério da Defesa, onde se encontra documentação muito interessante, infelizmente ainda longe de estar toda identificada e tratada.

Encontrámos uma miríade de transcrições de emissões de rádios estrangeiras algumas das quais possuíam programas preparados e emitidos por «exilados» portugueses que militavam em Partidos e organizações que lutavam contra o Regime Político instituído em Portugal, em 1933.

Ocorreu-me que seria interessante transcrever alguns trechos dessas emissões para os contemporâneos puderem avaliar o que então se dizia (e as queixas e «denúncias» que se faziam) – na substância e na forma – e poderem comparar com aquilo que se passou a seguir à «Revolução» do 25/4/1974 e com o que se passa hoje em dia.

Não farei comentários deixando a cada um retirar as suas conclusões.

Vou cingir-me à «Rádio Voz da Liberdade, órgão da «Frente Patriótica de Libertação Nacional» (FPLN), que emitia a partir de Argel, entre 1964 e 1974.[1]

Os dois principais (únicos?) locutores da Rádio Argel eram
Manuel Alegre e Estela Piteira Santos

Eis o 2.º texto lido em 23/10/1966, com o título «Uma Guerra Perdida».[2]

Na FPLN pontuavam
Piteira Santos, Tito de  Morais e Manuel Alegre

«A SITUAÇÃO NA GUINÉ»

– o P.A.I.G.C. bombardeou quarteis com tiros de canhão.

Segundo uma notícia proveniente de Conakri, pela primeira vez as forças do P.A.I.G.C. bombardearam com tiros de canhão a vila de Bolama, e o campo entrincheirado de Empada, sendo destruídas numerosas instalações militares.

Já meses antes, tinham sido bombardeados a tiros de morteiro os campos fortificados de …. Guidage, Farim, Colopape (?), Ngore, Burumtuma, Canquelifá, Guiledje, Bedanda, Madina, Belifa e outros.

Trata-se de um grande passo em frente na luta de libertação nacional do povo da Guiné. Das acções de flagelação, das emboscadas, dos rápidos ataques de surpresa com armas ligeiras, o Partido Africano para a Independência da Guiné e Cabo Verde, passou a uma nova fase, passando a atacar as forças portuguesas no seu próprio reduto. Já não são apenas as minas, as armadilhas, já não se trata sequer de ataques efectuados com metralhadoras, e apoiados com tiros de bazuca. Trata-se de operações ofensivas de bombardeamento de quarteis com tiros de canhão ou de morteiro.

As tropas de ocupação deixaram de ter pela frente grupos de homens rudimentarmente armados, e passaram a ter que suportar os ataques conduzidos por um exército regular, disciplinado, treinado e armado, que conhece o terreno que pisa e que além disso, tem um moral e uma coragem diferentes, porque está a combater pela libertação da sua terra.

A situação na Guiné pode caracterizar-se da seguinte maneira: metade do território libertado, transformação da guerra de guerrilhas, que continua a ser preponderante, com operações de ataque frontal. As tropas de ocupação estão aquarteladas nos quarteis, e as operações ofensivas reduzem-se a acções em áreas reduzidas, e aos bombardeamentos efectuados pela Aviação sobre a população civil das zonas libertadas.

Os comandos salazaristas sabem que a guerra está perdida. Entretanto, para fazerem o jogo criminoso do ditado para ganhar tempo, vão exigindo sacrifícios inúteis aos soldados, que vão procurar a morte inútil de um número cada vez maior de soldados portugueses, e vão continuar a assassinar os guineenses que o fascismo diz defender.

Não é apenas um erro de cálculo político e militar. É um crime, um crime semelhante ao que Salazar quis cometer em Goa, exigindo o sacrifício do total das tropas portuguesas.

Mas, tal como em Goa, não há nada a fazer na Guiné. Tal como em Goa, qualquer sacrifício mais é inútil e, mais do que inútil, é um crime».

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A SITUAÇÃO EM ANGOLA

«Nos últimos três meses, o panorama da guerra colonial em Angola, sofreu duas alterações importantes: em primeiro lugar, o Movimento Popular de Libertação de Angola apresenta-se melhor organizado e com equipamento militar moderno, em três frentes de luta separadas por milhares de quilómetros: em Cabinda, nos Dembos e na região de Vila Luso.

As Forças Armadas Portuguesas foram obrigadas a dispersar-se e a baterem-se em terrenos e regiões que não conhecem bem (caso da região de Vila Luso), ou que conhecem demasiado bem, o que sucede nos Dembos, pelas amargas experiências que tem tido.

Em segundo lugar, o MPLA, e a Frente Nacional de Libertação de Angola (ex-UPA) estabeleceram há menos de uma semana, numa reunião efectuada no Cairo, acordos de cooperação que, a serem concretizados, podem vir a ter uma grande repercussão no progresso da luta de libertação do povo de Angola.

Angola, seis anos de guerra quase passados, regressa assim ao primeiro plano das preocupações salazaristas, impotentes para vencerem o povo angolano. Há cerca de um mês, um oficial que se encontrava na região de Vila Luso, escreveu-nos relatando o desespero dos soldados perante a crescente insegurança das FA portuguesas, cercadas por uma população hostil e mais esclarecida, e assediadas por guerrilheiros móveis e bem armados, dirigidos pelo M.P.L.A.

Os soldados portugueses, nem sequer no plano alimentar tinham uma situação defendida: há meses que os comandos lhe davam arroz e peixe estragado a todas as refeições. Entre diversas companhias, desenvolvia-se um largo movimento de protesto no sentido de levantamento de ranchos.

No plano militar, o isolamento, a vida em campos fortificados, impotentes perante ataques de morteiros, tornava-se cada vez mais difícil».

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A SITUAÇÃO EM MOÇAMBIQUE

«Um comunicado divulgado ontem pela Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), anuncia que, em operações militares realizadas no fim de Setembro, morreram mais 34 soldados portugueses.

A crise que atravessa o colonialismo, e a guerra colonial salazarista em Moçambique, são já do domínio público. E mesmo em Moçambique que os comunicados de guerra se veem forçados a admitir mais baixas.

A imprensa suíça conservadora, a «Gazette de Lausanne», porta-voz salazarista, confessava há semanas que o governo e a guerra coloniais atravessavam uma profunda dificuldade em Moçambique, e que estava em estudo um plano que desde já previa o abandono de toda a região do norte do Zambeze, já que as províncias de Cabo Delgado e Niassa, pela reduzidíssima penetração civil e militar portuguesa, não eram defensáveis.

Dias depois, a imprensa mundial anunciava o que a imprensa salazarista calava: a pressão pela PIDE, do governador da província de Manica e Sofala. Assim, um ano de guerra passado, a situação adensa-se para o colonialismo português, e para os soldados e militares portugueses que lá são forçados a combater. As medidas repressivas, as bombas de napalm, os campos de concentração, com milhares de moçambicanos presos, os julgamentos – farsa dos intelectuais moçambicanos, os assassínios por agentes da PIDE, de dirigentes da FRELIMO, como Jaime … (falha), morto há meses na Zâmbia, não conseguiram deter o movimento de libertação do povo moçambicano.

Pelo contrário, hoje é difícil continuar afirmando que se trata de acções terroristas fabricadas no exterior, quando as forças portuguesas têm de combater, a centenas, a mais de mil quilómetros dentro de Moçambique, quando há extensas regiões libertadas, e administrativamente dirigidas pela FRELIMO, com escolas e serviços de saúde.

A acção do povo moçambicano pela sua independência, a organização e o armamento das forças da FRELIMO, são bem diferentes daquela caricatura que o governo nos quis servir, de tribos primitivas. Hoje as pretensas tribos primitivas abatem aviões, e estão em condições de dizimar companhias inteiras».

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COMO RESISTIR À GUERRA

«Militares portugueses, o sacrifício que Salazar vos exige, é cada vez maior, e cada vez mais inútil. Nos quarteis de Portugal, antes de partir para as colónias, ou mesmo no meio da guerra, na Guiné, em Angola e em Moçambique, é possível resistir, é possível lutar contra a guerra, é possível não fazer a guerra.

Se vos encontrais ainda em Portugal, recusai-vos a partir, resisti ao embarque, organizai deserções colectivas, que cada companhia, cada grupo, cada esquadrão, se recuse a embarcar.

Resisti dentro e fora dos quarteis, se for preciso, ocupai os quarteis. Unidos, sólidos, invencíveis, ninguém vos poderá embarcar à força, se vos mantiverdes firmes, unidos e dispostos a resistir.

Parti em grupos para as vossas terras. Chamai o povo das vossas terras a defender-vos. Contai ao povo que não quereis servir de carne para canhão numa guerra perdida, ao serviço dos interesses da dominação estrangeira.

O vosso lugar é em Portugal. Não vos deixeis embarcar. Vale mais lutar em Portugal pelo direito à vida e à liberdade, do que ir morrer em África por meia dúzia de monopólios.

Mas, se vos encontrardes nas colónias, mesmo lá é possível resistir, é possível desertar e, em certas circunstâncias, é mesmo possível a revolta. Procurai contacto com os movimentos nacionalistas. Por acordos estabelecidos com a Frente Patriótica de Libertação Nacional, os movimentos nacionalistas acolher-vos-ão, e pôr-vos-ão em contacto connosco. Desertai em grupos ou individualmente. Se vos exigirem a partida para uma morte certa, recusai-vos a combater, revoltai-vos. Se vos não for possível fazer mais nada, fazei a resistência passiva. Deixai-vos ficar perto dos quarteis e acampamentos, sem vos arriscardes no meio do mato, sem expor inutilmente as vossas vidas. Não ataqueis quem não vos ataca. Os altos comandos que vão fazer a guerra. Eles que se arrisquem.

Militares portugueses, a Voz da Liberdade não vos mente. A guerra está perdida. O governo exige o vosso sacrifício para nada, apenas para ganhar tempo, apenas para que alguns monopólios arrecadem os lucros dos capitais investidos. Nós não queremos uma juventude estropiada, não queremos mais mortos inúteis, não queremos que os jovens da nossa terra continuem a sacrificar-se por uma guerra injusta e perdida. A Voz da Liberdade, militares de Portugal, é a vossa voz. E a Voz da Liberdade diz-vos: poupai as vossas vidas. Não vos deixeis embarcar. Resisti. E desertai. Revoltai-vos. A nossa Pátria é Portugal. E Portugal está a saque. É em Portugal que temos de lutar pelo direito à vida, á liberdade, pela independência da nossa Pátria».



[1] Recorda-se que a Argélia tinha ascendido à independência, em 1962, depois de uma longa e cruenta guerra com a França. A Argélia tinha um regime político de partido único de inspiração marxista, cujo 1.º presidente foi Ben Bella. Assumia-se como um país do «Terceiro Mundo» vindo, mais tarde, a situar-se na órbitra da extinta URSS. A FPLN tinha lá o seu «quartel- general», desde 1962 e o principal apoio. Na FPLN pontuavam Piteira Santos, Tito de Morais e Manuel Alegre. A «Rádio Voz da Liberdade» era um dos seus principais instrumentos e os dois principais (únicos?) locutores eram Manuel Alegre e Estela Piteira Santos.

[2] Arquivo do MDN, Fundo 5/23/81/16.





terça-feira, 8 de abril de 2014

Vamos boicotar o Firefox!


Brendan Eich, ex-CEO de Mozilla, que criou e mantém o navegador Firefox, foi obrigado a renunciar ao cargo por apoiar a verdadeira definição de matrimónio: a união legal entre um homem e um mulher.



Eich doou mil dólares a uma campanha para proteger a definição de matrimónio na Califórnia.

Grupos LGBT publicaram a informação e pediram que a direcção da Mozilla demitisse Eich.

A Mozilla cedeu à pressão do grupo LGBT e forçou Eich a renunciar.

Mozilla será agora #NoZilla.

Desinstale o seu Firefox.

Se eles não nos querem, nós também não os queremos.

Assine agora a petição e participe do boicote #NoZilla:

http://www.citizengo.org/pt-pt/6252-nozilla-desinstale-o-seu-firefox-nao-inquisicao-gay

Além do pedido de assinatura da campanha, incluímos no texto da petição as instruções para você desinstalar o aplicativo do seu computador. Mais de 18.000 pessoas já se somaram à campanha.

O movimento LGBT quer instaurar uma «inquisição gay».

Querem calar qualquer tipo de manifestação contrária às suas propostas políticas, ao mesmo tempo em que se apresentam como defensores da democracia e da liberdade.

Por favor, assine a campanha e divulgue-a para a sua lista de contactos!

http://www.citizengo.org/pt-pt/6252-nozilla-desinstale-o-seu-firefox-nao-inquisicao-gay


Muito obrigado.

Guilherme Ferreira e toda a equipa de CitizenGO





Evocação de Portugal na I Grande Guerra


Há 40 anos, a desastrosa intentona das Caldas


Heduíno Gomes

Há 40 anos, em 16 de Março de 1974, inspirados pelo narcisistaoportunistacarreirista e traidor Spínola – e igualmente um bronco político –, que pretendia à viva-força ser Presidente da República mesmo pondo em causa a estratégia nacional e a defesa do Ocidente, um  grupo de oficiais por ele arregimentados levou a cabo uma intentona contra o Governo Nacional.

As poses de Spínola.


Nesse dia as coisas recompuseram-se mas este golpe foi o rastilho para, a 25 de Abril, o grande desastre nacional.

Quem quiser conhecer a natureza de traidor de Spínola – para além da sua conhecida incompetência política –, pode ler o livro de Marcelo Caetano Depoimento. Aí tudo está explicado sobre as manobras do traidor, a sua falta de palavra, a sua ambição pessoal e a sua incompetência política e estratégica.


Aqui fica o comunicado oficial do Governo sobre o golpe das Caldas.

Na madrugada de sexta-feira para sábado, alguns oficiais em serviço no Regimento de Infantaria 5, aquartelado nas Caldas da Rainha, capitaneados por outros que nele se introduziram, insubordinaram-se, prendendo o comandante, o segundo comandante e três majores e fazendo em seguida sair uma Companhia autotransportada que tomou a direcção de Lisboa. O Governo tinha já conhecimento de que se preparava um movimento de características e finalidades mal definidas, e fácil foi verificar que as tentativas realizadas por alguns elementos para sublevar outras Unidades não tinham tido êxito. Para interceptar a marcha da coluna vinda das Caldas foram imediatamente colocadas à entrada de Lisboa forças de Artilharia 1, de Cavalaria 7 e da GNR. Ao chegar perto do local onde estas forças estavam dispostas e verificando que na cidade não tinha qualquer apoio, a coluna rebelde inverteu a marcha e regressou ao quartel das Caldas da Rainha, que foi imediatamente cercado por Unidades da Região Militar de Tomar. Após terem recebido a intimação para se entregarem, os oficiais insubordinados renderam-se sem resistência, tendo imediatamente o quartel sido ocupado pelas forças fiéis, e restabelecendo-se logo o comando legítimo. Reina a ordem em todo o País.





segunda-feira, 7 de abril de 2014

domingo, 6 de abril de 2014

A verdadeira história de Aristides Sousa Mendes


O embaixador Carlos Fernandes é um homem de elevada cultura e detentor de um currículo impressionante. Diplomata de carreira, foi também professor universitário e tem uma vasta obra publicada. Conheceu Aristides Sousa Mendes e, cansado de ler e ouvir tão abundantes como mirabolantes fantasias a seu respeito, decidiu escrever o livro «O Cônsul Aristides Sousa Mendes. A Verdade e a Mentira» para repor a verdade histórica, sem deixar de evidenciar a sua simpatia pessoal por Aristides. O jornal Diabo foi recebido em casa do embaixador e entrevistou-o.

O Diabo – O seu livro está a ter um grande sucesso?


Embaixador Carlos Fernandes – Sim, é notável. Mal saiu tive imensos telefonemas e pedidos de livrarias. A primeira edição esgotou rapidamente. A segunda edição estará disponível esta semana. Muita gente me tem contactado para saber onde pode adquiri-lo. Normalmente indico a Livraria Apolo 70, em Lisboa, mas já tive pedidos de outras livrarias. Isso significa que as pessoas têm interesse no tema... As pessoas andavam adormecidas. O português é assim, anda calado até que um dia explode. Ninguém quer ondas e deixa andar, até que há um dia em que as pessoas dizem que «a galinha é gorda demais».

O seu livro é principalmente uma contestação ao livro de Rui Afonso?
Exactamente. É um livro de História, completamente imparcial (se alguém achar que não é, que me diga que eu corrijo), não é a favor de ninguém, nem contra ninguém. Também não me meto na vida privada do Aristides – acho que as pessoas não se devem meter na vida privada dos outros – até porque ele teve uma vida muito complicada.

Conheceu Aristides Sousa Mendes, como era a sua relação com ele?
Nada me move contra o Aristides, pelo contrário. Conheci-o num período muito difícil da vida dele e depois ajudei dois dos seus filhos. Um, o Geraldo, a quem fiz a prova escrita de concurso para o Ministério, mas ele não era capaz. Nem ele nem o filho do secretário-geral, que estavam juntos. O Rui Afonso diz que o filho foi perseguido. O filho do secretário-geral também foi? Também ajudei outro filho, o Sebastião, em Nova Iorque.

Há quem ponha Aristides Sousa Mendes
como uma questão de esquerdas e direitas... 
Quem vir a coisa assim vicia a solução à partida. Até porque ele era da extrema-direita. Era monárquico da extrema-direita e por isso foi para Vigo como cônsul político. Há uma carta dele, que eu publico em anexo no livro, em que ele se gaba de ter perseguido os políticos vencidos no 28 de Maio. É triste, essa carta... Nunca ninguém a publicou.

Como foi possível a construção do mito de Aristides Sousa Mendes?
Eles pensavam, naturalmente, que ninguém apareceria a contar a verdade.
Mas deviam saber que eu não poderia ficar calado.