por Daniel Pipes, Jerusalem Post
2 de Setembro de 2009
Original em inglês: Niqabs and Burqas - The Veiled Threat Continues
Tradução: Joseph Skilnik
O que há de novo no nicab e na burca?
Só para lembrar, ambos os vestuários foram desenhados para o recato das mulheres muçulmanas; o nicab cobre tudo menos o rosto e a burca cobre inclusive o rosto. No artigo «Proíba a Burca - e o Nicab Também», há dois anos, eu documentei como eles representam perigo de crime e terrorismo.
Isto ainda será verdade?
Criminalidade.
A Jordânia oferece um vislumbre do potencial dos nicabs e das burcas como acessórios ilegais. Uma reportagem indica que 50 pessoas cometeram 170 crimes usando vestuários islâmicos nos últimos dois anos, ou aproximadamente um incidente a cada quatro dias, uma onda de crimes que incitou alguns jordanos a solicitarem a restrição ou mesmo a proibição desses cobrimentos de cabeça islâmicos.
Nenhum outro país registou tantos crimes relacionados com etas vestes. Filadélfia, Pensilvânia, apresenta múltiplos assaltos (três bancos e um escritório de leasing de imóveis) num período de seis meses em 2007-2008, incluindo o assassinato de um oficial de polícia.
Regulamento em uma filial do Citizen's Bank em Cambridge, Mass.
O Reino Unido tem o segundo pior recorde do Ocidente. Joalherias - algumas de propriedade de muçulmanos - foram alvos em West Midlands, Glasgow e Oxfordshire. Duas agências de viagens foram atacadas nas cidades vizinhas de Dunstable e Luton enquanto o motorista de um camião blindado foi atacado em Birmingham. Assalto não é o único motivo; adolescentes em Londres usaram uma cobertura de rosto do estilo nicab ao esfaquearem um rapaz mais jovem.
Outros incidentes criminosos no Ocidente incluem ladrões de carteiras do Leste europeu usando acessórios de cabeça islâmicos em Rotterdam e um assalto a mão armada com burcas cor vinho no Banco do Povo em Hiddenite, Carolina do Norte (população: 6000). O homem que sequestrou Elizabeth Smart, 14, de Salt Lake City, forçou-a a usar uma vestimenta do tipo nicab em plena luz do dia por seis meses.
Como resposta, bancos, uniões de crédito, joalherias e escolas limitam o acesso a pessoas que estejam cobertas. Por exemplo, a União de Crédito Federal da Carolina de Cherryville, Carolina do Norte, não longe de Hiddenite, conduz os que usam coberturas a local isolado onde são tomadas medidas especiais de segurança.
Terrorismo.
O apoio do terrorismo Talibã ao uso da burca, frequentemente da variante suicida, faz do Afeganistão o actual epicentro desta táctica. Em duas oportunidades, as autoridades evitaram o ataque de homens-bomba antes que pudessem agir - o primeiro foi um russo convertido ao islão, com 500 kg de explosivos num automóvel na província de Paktia, o segundo uma afegã com uma bomba escondida em Jalalabad.
Um soldado afegão monta guarda em cima de uma burca usada por um homem bomba para atacar edifícios governamentais na província de Paktia.
Normalmente, entretanto, as intenções violentas ficam camufladas pela burca, tornando-se aparentes somente após o ataque começar:
O comandante Talibã, Haji Yakub, foi morto usando uma burca quando tentava fugir de uma casa na província de Ghazni quando atacava as forças dos Estados Unidos.
Um operativo Talibã, Mullah Khalid, atacou uma patrulha da polícia em um mercado lotado na província de Farah matando pelo menos 12 pessoas (7 policiais e 5 civis).
Um homem bomba matou um soldado britânico de língua pachto na província de Helmand antes de ser alvejado na testa.
Aproximadamente quinze homens-bomba com burcas armados com coletes suicidas, Kalatchnikovs e lançadores de granadas dirigidos a edifícios governamentais na província de Paktia mataram 12 pessoas.
O Iraque sofreu três incidentes deste tipo (um insurgente disfarçado de mulher grávida, uma tentativa de assassinato de um governador, e dois homens-bomba que mataram 22 peregrinos Shi'i) enquanto o Paquistão sofria dois (um, operando de uma riquixá, matou 15 pessoas). O ataque em Mumbai que deixou cerca de 200 mortos incluiu uma misteriosa mulher de burca. Noutros lugares, incidentes envolveram um ataque a turistas franceses que faziam um piquenique na Mauritânia e um ataque com coquetel Molotov em Barein.
Oh, e no lado bom, Herve Jaubert, um francês falsamente acusado de apropriar-se indevidamente de US$3,8 milhões conseguiu fugir de Dubai usando um nicab.
Como efeito colateral, novos estudos tanto na Inglaterra quanto na Irlanda descobriram que as mulheres (e seus filhos amamentados no seio) tendem a ter raquitismo devido a insuficiência de vitamina D, que a pele absorve da luz solar.
Eu já havia solicitado a proibição desses vestimentos repugnantes, insalubres, desagregadoras sociais, facilitadoras de terroristas e protectoras do crime em lugares públicos. Agora, juntando-me aos jordanos, reitero este pedido. O islão não exige que as mulheres usem nem o nicab nem a burca, enquanto a saúde pública requer a sua proibição em público. Quantos casos de assalto e terrorismo ainda terão que acontecer até que o bom senso faça com que essa restrição seja aplicada do Afeganistão à Jordânia e do Reino Unido a Filadélfia?