sexta-feira, 7 de maio de 2010

No 25.º Aniversário da morte de Carlos da Mota Pinto

O  QUE  É  DITO  E  O  QUE  É  OMITIDO
Heduíno Gomes


Passam hoje vinte e cinco anos sobre a morte de Carlos da Mota Pinto.
Grande professor – reconhecem uns. É obra ser reconhecido como competente, alguém que veio do nada e, apenas com a sua cabeça, se impôs aos fortes baronatos da sua área profissional.
Homem sério – reconhecem outros. Excepção entre políticos, todos sabemos!
Político com sentido de Estado – reconhecem ainda outros. Numa época onde o Estado serve amiúde para o negócio privado!
Já não é mau ser reconhecido com estas qualidades! E principalmente se estes reconhecimentos vêm até daqueles que, por razões menos nobres, combateram Carlos da Mota Pinto no campo político, tal é a força dessas verdades. Refiro-me, obviamente, aos seus opositores internos. Alguns desses até lhe fizeram esse elogio fúnebre – bem o previ e bem me lembro.
No entanto, as virtudes políticas de Carlos da Mota Pinto são normalmente omitidas. Até o 25.º aniversário da morte prematura de alguém que foi Presidente do PPD-PSD e ainda muito tinha para dar a Portugal e ao PPD-PSD passa completamente ao lado da atenção dos actuais dirigentes do PPD-PSD – como noutros aniversários com outros dirigentes – que se limitam, como convidados, a participar como jarrões numa iniciativa local.
Percebe-se porquê: são o seu inverso em toda a linha.
A questão é simplesmente esta. Carlos da Mota Pinto, para além das suas qualidades morais, possuía a consciência do domínio ideológico marxista ou marxizante na sociedade portuguesa da época, incluindo no interior do próprio PPD-PSD, assim como o plano para resolver este problema crucial. O plano de desmarxização passava pela formação política dos militantes. Ora isso chocava com os interesses obscurantistas dos barões e jovens barões de então, que, tal como hoje, desejavam um partido de cegos para poderem reinar.
E aí continuam eles.

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Mais Lusitânia publicará uma série de textos evocativos da efeméride, com o que contribuirá para a melhor compreensão da época histórica e do papel de Carlos da Mota Pinto.


segunda-feira, 3 de maio de 2010

Alegre: eu é que sou o verdadeiro Semi-Presidente!

Heduíno Gomes
 
Esta coisa do semi-presidencialismo tem a sua piada. Manuel Alegre, a propósito da crise financeira e medidas a tomar, acusa Cavaco de interferir na política do Governo. Então para que quererá o Alegre ser Presidente? Para cortar fitas e alimentar o seu enorme ego?

Os abrilistas deixaram de parte da Constituição de 1933 aquilo que deveriam ter copiado e copiaram aquilo que já não se aplicava. O resultado é a permanente confusão que se vê em torno dos poderes do Presidente. Por isso se torna tão discutível se o Presidente pode opinar ou não. Por isso o Alegre pode dizer que ele é que é o verdadeiro Semi-Presidente!


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domingo, 2 de maio de 2010

TV – Levas com elas!

F. Nunes
Aquele programa da RTP-N «Fala com elas» é uma delícia: um frango que não canta de poleiro, três galinhas residentes e uma galinha convidada, onde o feminismo, entre outros disparates, é omnipresente.
Um destes dias, para apresentar o seu novo romance, a galinha convidada foi uma escritora de olhos larocas, sorriso larocas (embora estudado e sonso: a mim não me enganas tu!) e uma frescura ainda dentro do prazo de validade.
Pois enquanto a fresquinha cacarejava, era de apreciar o ar de ódio e inveja das galinhas residentes, como que a questionar o «espelho meu»! Tudo isto foi visto, claro, com a preciosa ajuda do malandro do realizador do programa, que deveria igualmente estar a partir o coco com a cena.
(Para que não haja confusões, esclarece-se que as três galinhas residentes são a Isabel Stilwell, a Bárbara Coutinho e a Estela Barbot.)




Do blog LATITUDE 40:

GALINHAS PARA CANJA

Publicado por António Luís
Marcas Ironia , Televisão
Publicado em 10.1.10



A televisão da sala está ligada na RTP-N. Pedro Rolo Duarte "Fala com elas"... Rolo Duarte, não fazendo propriamente de galo, está rodeado de quatro senhoras "galinhas". Cacarejam, dão bicadas, esgravatam, mas... Não põem ovos... Numa capoeira a sério, acabariam rapidamente em canja!