quinta-feira, 15 de outubro de 2015


Prefeito recusa-se a retirar da escola

carne de porco do menu

das cantinas escolares – … explica porquê:



Os pais muçulmanos exigiram a abolição da carne de porco em todas as cantinas escolares de um subúrbio de Montreal. O prefeito do subúrbio de Montreal, de Dorval, recusou-se, e o secretário municipal enviou uma nota a todos os pais para explicar porquê ...
«Os muçulmanos devem entender que eles têm de se adaptar ao Canadá e Quebec, aos seus costumes, às suas tradições, ao seu modo de vida, porque é o lugar que escolheram para imigrar. «Devem entender que têm de se integrar e aprender a viver no Quebec.

«Devem entender que devem ser eles a mudar o seu estilo de vida, não os canadenses, que tão generosamente os acolheram.

«Devem entender que os canadenses não são nem racistas nem xenófobos. Aceitaram muitos imigrantes muçulmanos antes (ao passo que o inverso não é verdadeiro, em que os Estados muçulmanos não aceitam imigrantes não-muçulmanos). «Isto não é mais do que outras nações, os canadenses não estão dispostos a abrir mão da sua identidade, e da sua cultura. E se o Canadá é uma terra de acolhimento, não é o prefeito de Dorval que acolhe estrangeiros, mas o povo canadense-Quebecois como um todo.

«Finalmente, eles devem entender que, no Canadá (Quebec), com as suas raízes judaico-cristã, as árvores de Natal, igrejas e festas religiosas, e a religião deve permanecer no domínio privado. O município de Dorval tem o direito de recusar quaisquer concessões ao Islão e à Sharia.

«Para os muçulmanos que não concordam com o secularismo e não se sentem confortáveis no Canadá, há 57 belos países muçulmanos em todo o mundo, a maioria deles sob povoada e pronto para recebê-los de braços abertos halal, de acordo com a sharia. «Se deixou o seu país para vir para o Canadá, e não para outros países muçulmanos, é porque considera que a vida é melhor no Canadá do que noutros lugares. «Faça a si próprio a pergunta, apenas uma vez,» Porque é melhor aqui no Canadá do que de onde vêm?»





quarta-feira, 14 de outubro de 2015


Na origem da presente crise política


Heduíno Gomes

Houve eleições e os resultados são claros e nem foram produzidas tangentes.

Perante estes resultados, que se esperaria de alguém que estivesse na Presidência da República?

Clareza, afastando todas as ambiguidades e ambições ilegítimas.

Que vimos da parte de Sua Excelência?

Declarações de La Palisse, de quem diz ter estudado «todos os cenários». Silêncio que deixa o País em roda livre e os manobradores a brincar com o nosso bolso.

Porquê esta atitude de Cavaco? Porque deu espaço para mais esta confusão?

Porque o seu principal objectivo na vida sempre foi ficar bem na fotografia. O resto que se lixe. Neste momento, não está a pensar em Portugal e no seu dever mas como fica melhor na fotografia.

Vamos ver se ainda faz mais porcaria do que a que já fez com o seu «sábio» silêncio.

Cavaco não é de confiança. Há 30 anos e 4 meses que o digo.







A pouca vergonha e falta de princípios

de certos bispos no sínodo


A divulgação de uma carta privada dirigida ao Papa foi comparada ao caso «Vatileaks» pelo prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé.

Thérèse Nyirabukeye, Moira McQueen e Jeremias Schröder
no briefing do sínodo 2015.

As questões do acesso aos sacramentos por parte das pessoas em uniões irregulares e a melhor forma de acolher os homossexuais continuam a marcar os trabalhos do sínodo sobre a família e esta terça-feira a variedade de opiniões existentes entre os presentes ficou muito clara na pessoa dos três convidados para a conferência de imprensa diária, cada um com uma opinião diferente.

Em primeiro lugar falou o abade beneditino Jeremias Schröder, afirmando que na sua Alemanha natal a opinião pública favorece uma maior abertura.

«Eu sou da Alemanha e parece-me, por exemplo, que a questão dos divorciados que casaram de novo, ou divorciados que vivem uma união estável com filhos, está fortemente presente entre os católicos alemães. Não é uma preocupação, como o é noutros lados, por isso, penso que se poderia encarar, para este caso, uma pastoral regional», afirmou, defendendo que em vez de se procurar uma solução uniforme para toda a Igreja, cada conferência episcopal seja livre de procurar o rumo que melhor serve a sua realidade.

«Também me parece que a compreensão da homossexualidade e a aceitação social da homossexualidade, culturalmente, também é muito diversificada. Por isso, obviamente, também me parece que nesta questão as conferências episcopais deviam ser autorizadas a formular respostas pastorais em sintonia com o que pode ser anunciado e vivido em determinado contexto», reafirmou.

Opinião diametralmente oposta foi manifestada, logo de seguida, por Thérese Nyirabukeye, uma consagrada do Ruanda que trabalha para a Federação Africana de Acção Familiar e é especialista em métodos naturais de planeamento familiar, que manifestou o medo de uma fragmentação da Igreja.

«Espero que os aspectos doutrinais sejam bem conservados e que a aplicação pastoral de um ou outro caso seja sempre feita com referência a uma doutrina e a critérios doutrinais que podem orientar uma opção. Porque também há o risco de se fazer o que se quiser com a Igreja e, assim, se criar um fenómeno de seitas no seio da Igreja Católica. Os padres sinodais devem examinar e ter tempo para estudar bem as consequências e as implicações concretas, relativamente à estrutura e à própria natureza da Igreja», afirmou.

Por fim, com uma opinião de meio-termo, a canadiana Moira McQueen, especialista em Teologia Moral, disse existirem vantagens e desvantagens em ambas as abordagens.

«Há, de facto, um movimento favorável a que algumas questões serem melhor, ou mais facilmente, resolvidas a nível local ou regional. Posso ver nisso algumas vantagens, mas, ao mesmo tempo, ainda nada disto aconteceu ou foi votado. E francamente, apesar de eu ver vantagens, também vejo desvantagens e penso que a Igreja, com a sua sabedoria, terá naturalmente de considerar os dois lados.»

Um novo «Vatileaks»?

A questão da carta endereçada ao Papa, assinada por 13 cardeais que se mostraram preocupados com o rumo e o modo de funcionamento do sínodo, voltou a ser notícia esta terça-feira.

Na segunda-feira, o cardeal Pell, primeiro signatário da carta, tinha confirmado a sua existência mas disse que a versão que chegou à imprensa contém incorrecções tanto no texto como na lista de signatários.

O director da Sala de Imprensa da Santa Sé afirmou, na abertura da conferência de imprensa, que este assunto nunca devia ter vindo a público. «O cardeal Pell declarou que foi entregue uma carta reservada ao Papa e devia permanecer reservada. E que aquilo que publicaram não corresponde ao texto nem aos signatários que assinaram a carta ao Papa. Por isso, quem – passados tantos dias – deu este texto e esta lista de nomes para publicação, cumpriu um acto de distúrbio, alheio à vontade dos signatários. É preciso, pois, não se deixar condicionar.»

«Que possa haver observações sobre a nova metodologia do sínodo, não surpreende. Mas, uma vez estabelecida, todos se empenham a realizá-la da melhor maneira. O clima geral da Assembleia é, sem dúvida, positivo», concluiu o padre Federico Lombardi.

Também o prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé, o cardeal Müller, criticou em entrevista à imprensa italiana esta terça-feira a divulgação da carta, afirmando que esta pode ser comparada a um novo «vatileaks» e dizendo que quem divulgou a carta apenas pode ter intenção de criar discórdia e um clima de suspeição entre os colaboradores do Papa Francisco.





domingo, 11 de outubro de 2015


Suicídio colectivo da Europa


F.S.

A Europa é como um edifício cujas fundações têm vindo a ser minadas de forma sistemática e programática nas últimas décadas. A ideologia revolucionária que, de forma paciente, vem levando a cabo este trabalho não tem o apoio da maioria das populações mas avança praticamente sem oposição. Porquê?

A resposta de certo modo é simples: uma máquina de propaganda colossal que tem nos grandes media (televisões, música, cinema e imprensa) os seus veículos privilegiados e uma fórmula mágica para fazer avançar a sua agenda – o relativismo moral.

O relativismo moral corrói as bases morais de uma sociedade, a sua identidade e convicções, proporcionando condições favoráveis à revolução. Não é por acaso que «moral» significa tanto costumes e valores como força mental. Nenhuma civilização histórica se fundou sob a dúvida, a incerteza ou o cepticismo. Ninguém combate por coisa nenhuma. Quem não possua convicções e valores não tem força mental para suportar os desafios e até os sacrifícios que a vida apresenta e requer. Está sempre mais perto da desistência e do conformismo. O que é válido para um individuo é-o em maior grau para uma sociedade.

Nas nossas sociedades o radicalismo revolucionário dos anos 60 e 70 (tanto na Europa como nos Estados Unidos que fazem parte da mesma civilização Ocidental) não se impôs como norma moral porque existia ainda uma matriz conservadora forte. No entanto ele produziu o resultado desejado que era o de abalar os alicerces morais do Ocidente e questionar os seus valores, abrindo caminho ao relativismo moral.

73% dos franceses tem uma visão negativa na presença islâmica na Europa.
Na foto, oração colectiva de muçulmanos numa rua de Paris.

É também importante perceber que o relativismo moral não é o fim em si mesmo da mentalidade revolucionária. Ele é um meio para promover a «igualdade» dos valores mas o objectivo final é substituir os valores antigos pelos revolucionários. Só os ingénuos – e existem muitos, que se prestam ao papel de serem instrumentos da revolução – acreditam no relativismo moral. Um indivíduo teria que ser criado num laboratório esterilizado da vivência humana para poder ser moralmente asséptico, moralmente neutro.

O relativismo foi e continua a ser um instrumento que serve para tornar aceitáveis práticas aberrantes ou até moralmente hediondas como o aborto, introduzindo propositadamente a confusão e pervertendo a linguagem para criar um véu que oculta a realidade. O exemplo mais claro disso é o do aborto, uma morte espontânea ou forçada que os seus promotores apresentam como «direito das mulheres» ou até como parte dos «direitos reprodutivos das mulheres».

Na fase em que nos encontramos, o relativismo está em vias de ser ultrapassado e de dar lugar a um discurso abertamente anti-valores morais e religiosos (já dominante entre as elites «bem-pensantes», ou seja aquelas que têm acesso aos grandes media). Um exemplo claro disso é o que se passa com a homossexualidade. O objectivo é suprimir todo o discurso que não seja de apologia da homossexualidade e respectivas uniões, inclusivamente por via legislativa. Foi assim inventado o «crime» da «homofobia» que é tão simplesmente a instituição do delito de opinião. Os programas curriculares das escolas estão já a endoutrinar as crianças e em breve as Igrejas serão forçadas a ministrar o matrimónio a pessoas do mesmo sexo sob pena de ilegalização.

No entanto, está ainda por determinar qual será o ponto de chegada desta senda revolucionária porque o assalto aos valores europeus conhece nos nossos dias uma nova frente que é a da ameaça da religião de Maomé. Esta prescreve a conversão forçada ou exploração económica dos não-muçulmanos e a aplicação universal da sharia ou lei islâmica, que entre outras provisões estende as normas sobre blasfémia aos não-crentes em Maomé.

Ora o mais curioso e intrigante nos nossos dias é que a esquerda europeia e norte-americana, que tanto combate os valores da religião cristã, seja hoje a grande defensora do Islão. As grandes estrelas de Hollywood e as figuras mais progressistas da esquerda ocidental surgem hoje com um discurso de defesa do Islão bem preparado, ainda que assente em argumentos ingénuos ou dissimulados e factos enumerados de forma parcial e selectiva. A conclusão que desejam popularizar é a de que o problema não reside na religião mas na interpretação extremista da mesma. É de facto uma posição tanto mais desconcertante quanto hoje todos sabem o que se passa na Arábia Saudita, país fundador, guardião dos lugares santos e da doutrina do Islão, e no Irão, país bastião dos xiitas, assim como no Paquistão, país fundado para acolher os muçulmanos da Índia, ou tantos outros. Não se percebe pois onde existe esse Islão moderado que os apologistas proclamam.

Por outro lado, o Islão militante é bem visível e já chegou à Europa e aos Estados Unidos, com atentados, ameaças de morte e ataques impiedosos aos alegados blasfemos ou simples infiéis. Sob a pressão e ameaça do Islão militante, o Ocidente já aceitou a auto-censura, capitulando naquilo que alegadamente seria um valor sacrossanto das sociedades democráticas: a liberdade de expressão. A Europa capitula igualmente na sua soberania, ao abdicar do controlo das suas fronteiras.

Sendo impossível determinar quais as intenções finais da esquerda revolucionária, entre a qual as evidências nos forçam a incluir Angela Merkel e François Holande (que continuam a promover o fluxo descontrolado de muçulmanos para a Europa, ao mesmo tempo que permitem que os cristãos, «esquecidos e traídos»[1], sejam perseguidos e assassinados no Médio Oriente), nem por isso deixamos de ver com clareza as consequências da sua acção: a destruição da cultura e das bases morais da civilização Ocidental. A esquerda está objectivamente a destruir todos os valores tradicionais da Europa ao mesmo tempo que promove o expansionismo islâmico. As incongruências são óbvias mas as consequências são imprevisíveis.


[1] http://rr.sapo.pt/noticia/36406/diario_do_sinodo_8102015