segunda-feira, 26 de setembro de 2011

Regionalismos, autonomias & independências

Heduíno Gomes
Conhecemos o argumentário «colonial» dos independentistas da Madeira ou Açores, na versão mais boçal ou mais intelectual. Como se no continente não tivesse havido e não houvesse ainda pobreza, toda ela resultante do atraso estrutural de Portugal, toda ela da responsabilidade dos políticos do prec, da I República, do século XIX e por aí atrás.
Dito isto, há que reponderar a «brilhante» ideia autonómica de Sá Carneiro. Está à vista a que tal originalidade conduziu: localismo exacerbado, demagogia do «colonizado», clientelismo e caciquismo, faraonices, chulice financeira ao cont’nent’, chantagem política, apologia do independentismo, ataque à unidade nacional.
Mas não será racional, dada a descontinuidade dos territórios adjacentes em relação ao continente, atribuir-lhes certas autonomias administrativas? Claro que sim, apesar das comunicações de hoje diluírem as distâncias. Mas, atenção, o mesmo argumento dos autonomistas se poderá aplicar aos outros grupos de ilhas do arquipélago dos Açores em relação a Ponta Delgada, pelo que cai logo por terra a razão de ser de uma e não três regiões autónomas nos Açores. A loucura não tem limites. Pois se o Relvas fez um mapa para a chamada «regionalização» que contemplava a terra dele como centro de uma região…
Que estatuto deveriam então ter as ilhas adjacentes?
A solução mais equilibrada é afinal a tradicional, anterior à grande originalidade de Sá Carneiro, eventualmente com alguma actualização: um distrito no arquipélago da Madeira e três distritos no arquipélago dos Açores correspondendo aos três grupos do arquipélago. A actualização seria termos distritos autónomos em vez de comuns.
Claro que a isto se opõem os manipuladores da política, os caciques locais que pretendem a desintegração do Estado, tanto nas ilhas como no continente, e que não se calam com a dissolução dos distritos e criação de regiões para alimentar a classe política local.
Já chega administração do território à medida da classe política dos Cavacos, Dias Loureiros, Duartes Limas, Coelhos (ambos), Relvas, Santanas, Sócrates, etc., etc., etc., etc., etc.!

domingo, 25 de setembro de 2011

A adequada resposta da Nação à chantagem do primitivo

C. da Câmara
No meio de algumas verdades sobre a classe política e outras, Alberto João Jardim utiliza sistematicamente, além do seu primitivo comportamento, a chantagem da independência da Madeira. Ora tal ideia nem a brincar deve ser alvitrada.
A resposta a tal irresponsabilidade deve ser claramente dada pelas Forças Armadas portuguesas, nomeadamente pela Armada. Para que as veleidades acabem.