sexta-feira, 25 de agosto de 2017

... em questões políticas... e outras...



O Livro das Imagens

Os católicos não devem seguir
o papa Bergoglio em questões políticas

Nenhum católico está obrigado a sacrificar-se, a si ou aos seus, para benefício de um inimigo que o quer destruir. O que o papa Bergoglio proclama em termos políticos é uma absoluta novidade e não tem qualquer fundamento na tradição católica. Logo, não deve ser seguido porque ao papa não cabe inovar a seu belo prazer.

Sobre este assunto é importante ler o que escreveu Carl Schmitt que, não sendo teólogo, foi um dos mais importantes pensadores católicos na área da filosofia política. Assim, diz-nos ele que

«Os conceitos amigo e inimigo são para tomar no seu sentido concreto, existencial, e não como metáforas ou símbolos, não misturados e lavados através de representações económicas, morais e outras, muito menos psicologicamente, num sentido privado-individualista, como expressão de sentimentos e tendências privados. Eles não são contraposições normativas e 'puramente espirituais'. O liberalismo procurou, num dilema que para ele é típico (...) entre espírito e económico, dissolver o inimigo, dissolvendo-o num concorrente, do lado dos negócios, e num opositor na discussão, do lado do espírito.»

Ou seja: o papa Bergoglio, sempre tão crítico do liberalismo e do neo-liberalismo, adopta uma posição similar. Para ele não há inimigos, mas quando muito concorrentes no mercado espiritual onde, por via da sua dinâmica, o islamismo parece levar a melhor. O papa Bergolgio, em vez de afirmar as posições católicas, cai no erro do relativismo e coloca todas as crenças como semelhantes no dito mercado onde já nem vale a pena a discussão — se todas são legítimas para quê qualquer debate? Entronca aqui a recusa papal do proselitismo católico.

Em seguida, Schmitt acrescenta que

«Se se tem ou não por lamentável, se se acha talvez um resíduo atávico de tempos bárbaros que os povos se agrupem ainda, realmente, segundo amigo e inimigo, se se espera que a diferenciação venha um dia a desaparecer da Terra, se é talvez bom e correcto fingir, por razões educativas, que já não haja mais nenhuns inimigos, nada disso entra aqui em consideração. Não se trata aqui de ficções e de normatividades, mas da realidade.»

Ora, a realidade mostra-nos que a existência das categorias de amigo e inimigo continuam válidas. O desejável não se confunde com o real. Não é por negarmos os factos que eles desaparecem, ao contrário do que quer fazer crer a agenda pós-moderna cultivada da esquerda ao Vaticano. Para a esquerda cosmopolita e multiculturalista, para o papa Bergoglio, a distinção referida pode representar um anacronismo, um resquício de eras bárbaras («medievais», como gostam de dizer os ignorantes iluminados), mas não é por isso que deixa de estar presente e fazer sentido. Tal como ontem, o catolicismo e o Ocidente continuam a ter inimigos que os querem destruir. E não cabe ao católico deixar-se conduzir inocentemente ao matadouro. O católico pode aceitar o martírio — se ele for inevitável — mas não o procura de forma inconsciente. Isso seria suicídio e, consequentemente, pecaminoso.

«O inimigo não é, portanto, o concorrente ou o opositor em geral. O inimigo também não é o opositor privado que se odeia com sentimentos de antipatia. O inimigo é, apenas, uma totalidade de homens eventualmente combatente, isto é, combatente segundo uma possibilidade real, a qual se contrapõe a uma totalidade semelhante. O inimigo é apenas o inimigo público, pois tudo aquilo que tem relação com uma tal totalidade de homens, em particular com todo um povo, se torna por isso público. O inimigo é hostis, não inimicus em sentido mais amplo (...). A passagem muito citada 'amai os vossos inimigos' (Mateus 5, 44; Lucas 6, 27) diz 'diligite inimicos vestros (...) e não: diligite hostes vestros; não é do inimigo político que se fala. Também no combate milenar entre a cristandade e o islamismo nunca um cristão chegou ao pensamento de que, por amor aos sarracenos ou aos turcos, se tinha de entregar a Europa ao Islão, em vez de defendê-la».

Portanto, aquilo que o papa Bergoglio proclama vai contra toda a tradição, não só do catolicismo político mas das próprias Escrituras. A cristandade, como comunidade, sempre se defendeu da ameaça exterior — mesmo que pontualmente tenham existido alianças entre príncipes cristãos e muçulmanos. A ideia de se permitir que o Continente seja invadido sem qualquer reacção, a não ser a estúpida complacência, é algo de absolutamente inédito e não deve ser acatado.

«Não é preciso odiar pessoalmente o inimigo em sentido político e só na esfera do privado faz sentido amar o seu 'inimigo', isto é, o seu opositor. Aquela passagem bíblica toca tanto menos a contraposição política quanto mais quer destacar as contraposições entre bem e mal ou entre belo e feio. Sobretudo ela não quer dizer que se deve amar os inimigos do seu povo e apoiá-los contra o seu próprio povo.» (Carl Schmitt, O Conceito do Político (trad. de Alexandre Franco de Sá), Lisboa, Edições 70, 2015).

O papa Bergoglio não defende o seu povo, o povo católico. O papa Bergoglio, caso espantoso, coloca os interesses do seu povo abaixo dos interesses alheios. Logo, o papa Bergoglio não pode ser seguido pelo seu povo, nomeadamente em questões políticas nas quais se revela faccioso.

Como refere Carl Schmitt, não temos de odiar pessoalmente o inimigo. A Igreja não odeia pecadores, mas o pecado. Do mesmo modo não cabe aos católicos odiarem o inimigo enquanto pessoa. Mas cabe-lhes defender a sua comunidade e a sua Igreja. Sobretudo quando ocupada por quem não parece disposto a fazê-la permanecer.

O papa Bergoglio é intelectualmente desonesto. Serve-se da ignorância doutrinal de muitos católicos para fazer passar a ideia segundo a qual o que ele diz é doutrina da Igreja, não só em termos teológicos mas sobretudo políticos. Ao invés de ser uma referência, não se distingue de um vulgar político que usa e abusa da retórica e da ilusão.





quinta-feira, 24 de agosto de 2017

Península Ibérica (Al-Andaluz) declarada lugar de reconquista para o Islão



O mito da tolerância e da paz multicultural medieval em Al-Andaluz

António Justo

Um dos focos do terrorismo é a Península Ibérica «Al-Andaluz». Esta é «a terra da guerra», como anunciava já o médico Ayman Al-Sawahiri (vice-chefe da organização terrorista Al Qaida em 2006 ao declarar a guerra santa contra Al-Andaluz (Península Ibérica), especificando: «O objectivo da jihad é libertar os territórios que já foram a terra do Islão, desde Al-Andalus até ao Iraque.»

Há duas semanas, antes do atentado de Barcelona, o Estado Islâmico (EI) apelava nos seus sites à «reconquista de Al-Andalus» (HNA,19.08.2017) e anunciava um atentado nos próximos dias, chegando a usar, em 29 de Julho passado, a expressão «fogo sobre Al-Andaluz»; Al-Andaluz era a expressão usada pelos árabes quando se referiam à Península Ibérica, dominada pelos mouros (desde 711 a 1249 a zona de Portugal e desde 711 a 1492 grandes zonas de Espanha).

A tradição islâmica (Sharia) divide o planeta em fronteiras religiosas: a «terra da paz» (Dar el-Islam) que são as regiões onde os muçulmanos dominam, e a «terra da guerra» (Dar al-Harb), as terras onde o Islão ainda não domina. O sonho árabe é a reconquista árabe de Espanha contra a reconquista ocidental em Espanha.

O mito de Al-Andaluz: estímulo para uns
e força alienadora para outros

A região da Catalunha (província de Barcelona) é uma terra preferida por radicais muçulmanos para aí viverem. Na Espanha há 800 mesquitas e na sua sombra há também «mesquitas de garagem» onde a pregação do ódio produz frutos. O dia 22 de Agosto seria, para já, uma data propícia para mais atentados!

A lembrança da era dourada muçulmana em Espanha (Al-Andaluz) é um mito para os muçulmanos no seu sonho de voltar ao fulgor da sua Idade de Ouro e, para não muçulmanos, é o mito da suposta era de paz e tolerância entre o judaísmo, o cristianismo e o islamismo. O sonho árabe corresponde às suas coordenadas de religião política e ao sonho de um império a realizar; da parte europeia, o desejo mitificado de um tempo de paz e tolerância que provem de um trauma de séculos de convívio e de relações frustradas com o vizinho muçulmano – temos, sociologicamente, a experiência dolorosa de uma humilhação, ainda no inconsciente, a procurar refugiar-se na ilusão de uma sublimação.

Os muçulmanos estão na origem, de facto, de um grande desenvolvimento na Península Ibérica e na Europa, através da filosofia como tradutores/comentadores das obras dos clássicos gregos (os escritos gregos da antiguidade foram traduzidos para árabe, hebraico e latim em Córdoba), das ciências da medicina (Albucasis, Averróis), das novas técnicas de agricultura, da concentração em aglomerados citadinos e da sua própria arquitectura.

Uma certa tolerância dos potentados muçulmanos do Al-Andaluz, foi conseguida então pelo facto de não terem posto em prática o que a Doutrina islâmica exigia (Corão, Ditos do Profeta e Sharia). Então como hoje surgiram movimentos de radicalismo (jihadistas) que pretendem pôr em prática o que a Doutrina muçulmana e o exemplo de Maomé requer.

O filósofo judeu Moisés Maimónides de Córdoba, propôs uma interpretação alegórica das passagens da Tora de maneira a, nas Escrituras sagradas, termos uma verdade simbólica para os filósofos e teólogos e uma verdade física para o povo (verdade literal!).

O sistema muçulmano perseguiu o seu grande filósofo Averróis que foi um luzeiro na medicina e na filosofia, na qualidade de comentador de Aristóteles. A sua acentuação da razão e a interpretação alegórica dos textos sagrados (semelhante a Maimónides) não agradavam nem aos senhores muçulmanos nem aos senhores cristãos, tendo sido desterrado pelo soberano muçulmano.

medievalista Francisco Garcia Fitz, constata que «a tolerância na Espanha muçulmana», em que as três culturas se respeitavam mutuamente, não passa de um «mito multicultural» e não corresponde à verdade histórica. Cristãos e judeus eram tidos como inferiores e eram marginalizados, embora considerados minorias protegidas («dhimmis»). Na Espanha, como ainda hoje na Turquia, estavam impedidos de obter tarefas de liderança no exército ou na administração política.

As relações entre grupos religiosos eram caracterizadas por conflitos religiosos, políticos e de raça como conclui Darío Fernández-Morera no ensaio The Myth of the Andalusian Paradise, e que «nos melhores tempos só podia ser controlado através do poder tirânico dos governantes».

A outra parte da realidade muçulmana em Espanha

Tanto a demonização como a divinização de uma época ou cultura estão ao serviço da guerra das corporações e da estupidificação de espíritos indiferenciados.

Nesta época, Al-Andaluz era um centro de muita criatividade e de alto nível científico e intelectual. O sistema económico era favorável à formação de elites.

Os não-muçulmanos (Ahl al-Dhimma) eram discriminados e oprimidos. O historiador Bernard Lewis constata: «As sociedades islâmicas nunca reconheceram a igualdade nem fingiram fazê-lo [...] Sempre houve discriminação, de modo permanente e naturalmente necessário, como algo inerente ao sistema e institucionalizado pela lei e pela prática

Cristãos e judeus pagavam impostos específicos — um imposto individual e um imposto sobre a terra — que eram muito mais opressivos do que os impostos aos muçulmanos. As comunidades cristã e judaica estavam proibidas de exercer a sua religião em público, não podiam construir novas igrejas nem expressar em público as suas opiniões sobre religião. Muhammad I (823–886) mandou destruir todas as igrejas construídas depois de 711. Judeus e cristãos tinham de usar vestes que os distinguiam dos muçulmanos; nos séculos XI e XII houve também conversões forçadas, deportações e emigrações maciças de refugiados para a Espanha cristã.

O historiador Francisco Garcia Fitz: «As operações militares do governante Almanzor no século X e as expedições jihad dos Almorávidas e Almohitas no século XII, contra os territórios cristãos, eram uma correspondência às Cruzadas Cristãs na luta contra o Islão». Neste pano de fundo, continua o historiador: «a ideia idílica de uma Espanha muçulmana como local de encontro para três culturas parece mais ser a resposta a uma necessidade actual. Os modelos de relações interculturais que a nossa sociedade precisa, não devem ser buscados na Idade Média. Porque o que lá se encontra é o outro lado da realidade: política de exclusão, que culminou em violência e expulsão». «A «tolerância na Espanha muçulmana é um mito».

No fim do Califado em1031, a convivência deteriora-se, chegando a haver um pogrom contra os judeus de Granada, onde milhares foram assassinados. Muitos judeus, entre eles Moisés Maimónides, refugiaram-se em áreas mais tolerantes no Mediterrâneo Oriental ou nos reinos cristãos emergentes no Oeste da Espanha.

O domínio muçulmano terminou como começou…. Rivalidades, no século VIII, entre cristãos tinham facilitado a entrada dos muçulmanos na Península Ibérica e rivalidades, no século XIII, entre muçulmanos facilitaram a reconquista cristã. Em 1492 o último rei Abu Abdalá (Boabdil), capitulou perante os Reis Católicos, Fernando e Isabel.

Com este contributo não quero justificar preconceitos com preconceitos. Saber é luz que vai iluminado também os nossos mais obscuros recônditos! Importante é estarmos na disposição de descobrir e servir o espírito da luz, mas sempre conscientes das próprias trevas.





quarta-feira, 23 de agosto de 2017

Cidades europeias assimilam a Lei da Sharia



Giulio Meotti, Gatestoneinstitute, 20 de Agosto de 2017

Original em inglês: Europe's Cities Absorb Sharia Law

O prefeito de Londres, Sadiq Khan, proibiu anúncios que promovam «expectativas não realistas no tocante à imagem do corpo e da saúde das mulheres». Agora Berlim está a planear proibir imagens onde as mulheres são retratadas como «lindas mas fracas, histéricas, idiotas, loucas, ingénuas ou governadas pelas emoções». O escritor e jornalista do jornal Der Tagesspiegel, Harald Martenstein, afirmou que é possível que a orientação «tenha sido incorporada do manifesto do Talibã».
  • A ironia é que esta onda de moralidade e «virtude» vem de cidades governadas por políticos esquerdistas desinibidos, que durante anos fizeram campanha a favor da libertação sexual. Virou tema de discussão «feminista» defender a conduta da sharia.
  • Parafraseando o escritor americano Daniel Greenfield: a ironia das mulheres celebrarem a sua própria opressão é tanto de cortar o coração como de estupefazer.
Dias após o Estado Islâmico ter conquistado a cidade de Sirte na Líbia há dois anos, apareceram gigantescos outdoors na fortaleza islamista, alertando as mulheres que deveriam usar hijabs para esconderem o corpo todo e nada de perfumes. Entre outras coisas esses «mandamentos da sharia em relação à hijab» incluíam o uso de tecido grosso e opaco e que a hijab não «lembrasse trajes de infiéis».

Dois anos mais tarde, as três cidades mais importantes da Europa – Londres, Paris e Berlim – estão a seguir a mesma moda da sharia.

Paris disse Au revoir aos anúncios «machistas» em outdoors. A Câmara Municipal de Paris anunciou a proibição depois que a prefeita socialista Anne Hidalgo salientou que a medida denotava que Paris estava «a mostrar o caminho» na luta contra o machismo. O prefeito de Londres, Sadiq Khantambém proibiu anúncios que promovam «expectativas não realistas no tocante à imagem do corpo e da saúde das mulheres». Agora Berlim está a planear proibir imagens onde as mulheres são retratadas como «lindas mas fracas, histéricas, idiotas, loucas, ingénuas ou governadas pelas emoções». O escritor e jornalista do jornal Der Tagesspiegel, Harald Martenstein, afirmou que é possível que a orientação «tenha sido incorporada do manifesto do Talibã».

A ironia é que esta onda de moralidade e «virtude» vem de cidades governadas por políticos esquerdistas desinibidos, que durante anos fizeram campanha a favor da libertação sexual.

Há uma razão para esta campanha grotesca que proíbe essas imagens. Essas cidades possuem consideráveis populações muçulmanas e classe política – a mesma que promove freneticamente o multiculturalismo obrigatório – que deseja agradar ao «Islão». Virou tema de discussão «feminista» defender a conduta da sharia, como faz Linda Sarsour. A consequência é que hoje em dia pouquíssimas feministas se atrevem a criticar o Islão.

Isso está a acontecer em todos os lugares. Cidades holandesas estão «a orientar» as suas funcionárias a não usarem mini-saias. Foi implantado horários somente para mulheres nas piscinas públicas suecas. Escolas alemãs estão a enviar cartas aos pais pedindo que as crianças evitem usar «trajes vistosos».

O primeiro a sugerir a proibição de cartazes e propaganda que «reduzam mulheres ou homens a objectos sexuais» foi o ministro da Justiça da Alemanha Heiko Maas, social-democrata.

«A exigência de cobrir o corpo das mulheres ou domesticar os homens», enfatizou o líder do Partido Liberal Democrata Christian Lindner, «é algo comum nos círculos de líderes religiosos islâmicos radicais, mas não vindo do ministro da Justiça da Alemanha».

Em 1969 a Alemanha estava sufocada devido a uma celeuma sobre a introdução nas escolas do «Sexualkundeatlas», um «Atlas» sobre a ciência sexual. Agora, a meta é dessexualizar a sociedade alemã. O jornal Die Welt comenta:

«Graças ao ministro da Justiça, Heiko Maas, finalmente ficamos a saber porque, na passagem do Ano Novo, na Estação Central de Trens de Colónia, cerca de mil mulheres foram vítimas de violência sexual: por causa da publicidade machista. Muitas modelos erotizadas, muita pele nua nos nossos outdoors, muitas bocas eróticas, muitas mini-saias em revistas de moda, muitos traseiros rebolantes e seios volumosos na publicidade televisiva. Mais um passo na direcção da «submissão».

Em vez de mamilos e nádegas, Die Welt conclui: «devemos exortar o uso da burca ou do véu como faz a Sra. Erdogan»?

As mesmas elites alemãs que sugerem a proibição de outdoors «machistas» censuraram os detalhes aterrorizantes dos ataques sexuais em massa em Colónia. Enquanto isso, uma mesquita liberal em Berlim, que proibiu as burcas e abriu as portas aos homossexuais e às mulheres sem véus, encontra-se agora sob protecção da polícia devido às ameaças dos supremacistas muçulmanos.

As elites europeias estão a adoptar o padrão de dois pesos e duas medidas: orgulham-se em organizar uma exposição de um crucifixo cristão mergulhado em urina e rapidamente capitulam às demandas muçulmanas de censurar caricaturas do Profeta Maomé. As autoridades italianas fizeram esforços hercúleos a fim de evitar que o presidente do Irão, Hassan Rouhani, tivesse um vislumbre da nudez de esculturas milenares dos Museus Capitolinos de Roma.

Parece que o Ocidente está fascinado pelos véus islâmicos. Ismail Sacranie, fundador da Modestly Active, fabricante e designer de burquínis, disse ao jornal New York Times que 35% das suas clientes não são muçulmanas. Aheda Zanetti, libanesa que reside na Austrália, que inventou o burquíni, afirma que 40% das suas vendas são para mulheres não muçulmanas. O público ocidental, que romanceia o islão, está, ao que tudo indica, absorvendo a devoção à Lei Islâmica (Sharia). The Spectator disse que isso é «um novo puritanismo» e «o porquê de certas feministas serem solidárias com o Islão».

Parafraseando o escritor americano Daniel Greenfield: a ironia das mulheres celebrarem a sua própria opressão é tanto de cortar o coração como de estupefazer.

A Europa poderá imediatamente ter que retratar-se diante da prefeita de Colónia, Henriette Reker. Ela foi duramente criticada — vituperada até — por aconselhar mulheres a «manterem distância» de estranhos para evitarem ataques sexuais.

Se o Ocidente continuar a trair os valores democráticos de liberdade individual no qual se baseia a civilização Ocidental, os fundamentalistas islâmicos, como aqueles que impuseram o uso de burcas às mulheres líbias, começarão a impô-las às mulheres do Ocidente. Eles podem até começar com as elites feministas que primeiramente fizeram a revolução sexual para emancipar as mulheres na década de 1960 e que agora estão apaixonadas por uma roupa obscurantista que esconde as mulheres numa prisão portátil.





terça-feira, 22 de agosto de 2017

Ao contrário dos portugueses, como os espanhóis conquistaram e pilharam as Américas



CÃES ASSASSINOS: UMA DAS PRINCIPAIS «ARMAS»
DOS ESPANHÓIS NA CONQUISTA DA AMÉRICA

Cães da raça Alano eram verdadeiros assassinos no campo de batalha. Eram tão eficazes que alguns recebiam até salário como soldados.

A história da conquista das américas pelos espanhóis está repleta de batalhas sangrentas. Mais recentemente, o historiador Álvaro Van den Brule acrescentou novas cenas de terror a esses relatos.

Os cães da raça Alano, um cruzamento de buldogue com mastim, eram treinados para acompanhar as tropas no território americano. O resultado era a matança indiscriminada e truculenta, que incutiu o terror nos nativos.

Além das armas de fogo e cavalos, os cães também integravam o exército. Eles iam para a batalha cobertos por faixas de couro e fortes protecções de feltro sobre o corpo, o que os transformava numa arma implacável.

Álvaro Van den Brule detalha num artigo, recentemente publicado no site El Confidencial, que, embora os relatos da época tenham subestimado a importância dos cães guerreiros nas batalhas da conquista, vários dados fazem crer que o seu uso foi generalizado. Até 400 cachorros teriam participado na conquista do território mexicano, semeando um terror sem precedentes no seu caminho.

O mais famoso desses cães foi Becerillo, que acompanhava o conquistador Sancho de Aragão. A sua dedicação no campo de batalha rendeu-lhe até um salário.

O historiado Van den Brule explica: «eles foram responsáveis em grande parte pela matança indiscriminada que entrou para a História como uma das tácticas militares mais sangrentas de todos os tempos».


Fonte: RT 




segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Alemanha: Disseminação de doenças infecciosas à medida que migrantes se instalam


Joachim Gauck, o então presidente da Alemanha, conversa com médicos na enfermaria de um centro de acolhimento de imigrantes em 26 de Agosto de 2015 em Berlim-Wilmersdorf, Alemanha.
(Foto de Jesco Denzel/Bundesregierung da Getty Images)

Soeren Kern,
 Gatestoneinstitute, 3 de Agosto de 2017


Tradução: Joseph Skilnik

  • Um novo estudo que acaba de ser divulgado pelo Instituto Robert Koch (IRK), principal instituição do governo federal para o monitoramento e prevenção de doenças, confirma que houve um aumento generalizado de doenças desde 2015, quando a Alemanha acolheu um número jamais visto de migrantes.
  • Os médicos afirmam que o número de casos de tuberculose é muito maior do que indicam os números oficiais e acusam o IRK de minimizar a ameaça com o intuito de evitar deitar mais lenha na fogueira nos sentimentos anti-imigração.
  • «Foram enviados de 700 mil a 800 mil pedidos de asilo e 300 mil refugiados desapareceram. Eles foram verificados? Eles são de países de alto risco?» — Carsten Boos, cirurgião ortopedista, entrevistado pela revista Focus.
A um candidato a asilo do Iémen, que teve o visto negado, foi cedido abrigo numa igreja no norte da Alemanha para evitar que fosse deportado, ao que tudo indica, por ter infectado mais de 50 crianças alemãs com uma substância altamente contagiosa de tuberculose.

O homem, a quem foi dado abrigo numa igreja em Bünsdorf, entre Janeiro e Maio de 2017, tinha frequente contacto com as crianças, algumas com menos de três anos de idade, que frequentavam uma creche nas dependências do abrigo. Ele deu entrada num hospital em Rendsburg em Junho e posteriormente diagnosticado com tuberculose – uma doença que só recentemente chamou a atenção dos alemães.

As autoridades sanitárias locais dizem que, além das crianças, pais e professores, bem como paroquianos também estão a passar por exames para o diagnóstico da doença, que pode aparecer meses ou mesmo anos após a exposição. Ainda não está claro se o homem passou pelos devidos exames médicos assim que chegou à Alemanha ou se ele é uma das centenas de milhares de migrantes que entraram sorrateiramente.

A ameaça de um surto de tuberculose dirigiu mais uma vez o holofote sobre a intensificação do risco de doenças infecciosas na Alemanha, desde que a chanceler Angela Merkel permitiu a entrada de cerca de dois milhões de migrantes de África, Ásia e Médio Oriente.

Um novo estudo que acaba de ser divulgado pelo Instituto Robert Koch (IRK), principal instituição do governo federal para o monitoramento e prevenção de doenças, confirma que houve um aumento generalizado da doença desde 2015, quando a Alemanha acolheu um número jamais visto de migrantes.

Relatório Epidemiológico Anual de Doenças Infecciosas – publicado em 12 de Julho de 2017 apresenta dados sobre a situação das mais de 50 doenças infecciosas existentes na Alemanha em 2016 – proporciona o primeiro vislumbre sobre as consequências na saúde pública do gigantesco influxo de migrantes ocorrido no final de 2015.

O estudo revela uma alta na incidência da conjuntivite adenoviral, botulismo, varíola, cólera, criptosporidiose, dengue, equinococose, Escherichia coli enterohemorrágica, giardíase, hemofilia, influenza, hantavírus, hepatite, febre hemorrágica, HIV/AIDS, hanseníase, febre recorrente, malária, sarampo, doença meningocócica, meningoencefalite, caxumba, paratifoide, rubéola, disenteria bacteriana, sífilis, toxoplasmose, triquinose, tuberculose, tularemia, tifo e coqueluche.

A Alemanha − pelo menos até agora − desvencilhou-se do pior dos mundos: a maioria das doenças tropicais e exóticas trazidas para o país pelos migrantes foram contidas, não há registo de pandemias. As doenças mais comuns, no entanto, muitas das quais estão directamente ou indirectamente ligadas à migração em massa estão aumentando, de acordo com o estudo.

A incidência da hepatite B, por exemplo, saltou 300% nos últimos três anos, segundo o IRK. O número de casos registados na Alemanha foi de 3 006 em 2016, um salto dos 755 casos ocorridos em 2014. A maioria dos casos, segundo consta, limita-se a migrantes não vacinados do Afeganistão, do Iraque e da Síria. A incidência de sarampo na Alemanha saltou em mais de 450% entre 2014 e 2015, o número de casos de varíola, meningite, caxumba, rubéola e coqueluche também aumentou. Os migrantes também representaram pelo menos 40% dos novos casos de HIV/AIDS identificados na Alemanha desde 2015, de acordo com outro relatório do IRK.

É possível que as estatísticas do IRK revelem apenas a ponta do iceberg. O número de casos registados de tuberculose, por exemplo, foi de 5 915 em 2016, um salto dos 4 488 casos em relação a 2014, um aumento de mais de 30% naquele período. Há médicos, no entanto, que acreditam que o número de casos de tuberculose é muito maior e acusam o IRK de minimizar a ameaça, com o intuito de evitar deitar mais lenha na fogueira nos sentimentos anti-imigração.

Em entrevista concedida à revista Focus, Carsten Boos, cirurgião ortopedista, alertou que as autoridades alemãs desconhecem o paradeiro de centenas de milhares de migrantes que podem estar infectados. Acrescentou que 40% de todos os agentes patogénicos da tuberculose são resistentes a múltiplos fármacos e, portanto, inerentemente perigosos para a população em geral:

«Quando os candidatos a asilo vêm de países com alto risco de infecção pela tuberculose, o IRK, sendo o mais alto órgão alemão de protecção contra infecções, não deveria minimizar o perigo. Um instituto federal usa de correcção política para encobrir a desagradável realidade?

«Os média denunciam que em 2015 a polícia federal registou a entrada de cerca de 1,1 milhões de refugiados. Foram enviados de 700 mil a 800 mil pedidos de asilo e 300 mil refugiados desapareceram. Eles foram verificados? Eles são de países de alto risco?

«A impressão que se tem no IRK é que não há comunicação entre os departamentos».

Os jornais alemães publicaram uma série de artigos sobre a dimensão na crise da saúde pública em relação aos migrantes. Os artigos frequentemente citam profissionais da saúde com experiência em primeira mão no tratamento de migrantes. Muitos admitem que a migração em massa aumentou o risco de surgimento de doenças infecciosas na Alemanha. Algumas manchetes:

«Refugiados Muitas Vezes Trazem Doenças Desconhecidas ao País Anfitrião», «Refugiados Trazem Doenças Raras a Berlim», «Refugiados em Hesse: Volta de Doenças Raras», «Refugiados Muitas Vezes Trazem Doenças Desconhecidas para a Alemanha», «Especialistas: Refugiados Trazem Doenças 'Esquecidas'» «Triplica o Número de Casos de Hepatite B na Baviera», «Casos de Solitária na Alemanha Aumentam Mais de 30%», «Doenças Infecciosas: Refugiados Trazem Tuberculose», «Tuberculose na Alemanha em Ascensão Novamente, Principalmente nas Grandes Cidades: Causadas pela Migração e pela Pobreza», «Refugiados Trazem Tuberculose», «Mais Doenças na Alemanha: Tuberculose está de Volta», «Profissional da Saúde Teme Volta da Tuberculose Devido à Onda de Refugiados», «Acentuado Aumento de Tuberculose em Baden-Württemberg: Migrantes Frequentemente Afectados», «Especialista: Política de Refugiados Responsável pelo Surto de Sarampo», «Sarna em Alta na Região do Reno, Norte da Westphalia», «Doenças Quase Esquecidas como a Sarna Voltam à Bielefeld», «Você Entra em Contacto com Refugiados? Fique atento» e «Refugiados: Ampla Gama de Doenças». 

No auge da crise dos migrantes em Outubro de 2015, Michael Melter, médico-chefe do Hospital Universitário de Regensburg, relatou que estavam a chegar migrantes ao hospital com doenças que quase nunca foram vistas na Alemanha. «Algumas delas eu não via há 20 ou 25 anos», destacou, «muitos dos meus colegas mais novos nunca as viram».

Marc Schreiner, director de relações internacionais da Federação Alemã de Hospitais (Deutschen Krankenhausgesellschaft), repercutiu
 a inquietação de Melter:

«Nos postos de saúde é cada vez mais comum ver pacientes com doenças consideradas erradicadas na Alemanha, como por exemplo a sarna. Essas doenças devem ser diagnosticadas de forma confiável, o que é um desafio».

Christoph Lange, especialista em tuberculose do Centro de Pesquisa Borstel, afirmou que os médicos alemães não estavam familiarizados com inúmeras das doenças importadas pelos migrantes: «seria positivo se as doenças tropicais e outras doenças raras no nosso meio tivessem um papel mais importante na aprendizagem dos médicos».

A Sociedade Alemã de Gastroenterologia, Doenças Digestivas e Metabólicas realizou recentemente um congresso de cinco dias em Hamburgo para ajudar profissionais da saúde a diagnosticarem doenças raramente vistas na Alemanha. 
Entre elas encontram-se:
  • Febre Recorrente: no decorrer dos últimos dois anos, pelo menos 48 pessoas foram diagnosticadas com febre recorrente na Alemanha, doença desconhecida no país antes da crise migratória de 2015 de acordo com o relatório do IRK. A doença, que é transmitida por piolhos alojados no vestuário, é lugar comum nos migrantes da África Oriental que estavam a caminho há meses para aportarem na Alemanha com a mesma roupa no corpo. «Já tínhamos esquecido a febre recorrente», assinalou Hans Jäger, médico que trabalha em Munique. «A doença leva a óbito até 40% dos enfermos se não for diagnosticada e não for tratada com antibióticos. Os sintomas são parecidos com os da malária: febre, dor de cabeça, erupção cutânea».
  • Febre de Lassa: em Fevereiro de 2016 um paciente que a havia contraído no Togo, África Ocidental, foi tratado e faleceu na Alemanha. Após a sua morte, uma infecção pelo vírus de Lassa foi confirmada noutra pessoa que teve contacto profissional com o corpo do falecido. O paciente ficou de quarentena e sobreviveu. Esta foi a primeira transmissão documentada do vírus de Lassa na Alemanha.
  • Dengue: Quase mil pessoas foram diagnosticadas com dengue, doença tropical transmitida por um mosquito, na Alemanha em 2016. Isto constitui um salto de 25% desde 2014, quando 755 pessoas foram diagnosticadas com a doença.
  • Malária: o número de pessoas diagnosticadas com a malária subiu dramaticamente em 2014 (1 007) e 2015 (1 063), caindo ligeiramente em 2016 (970). A maioria dos infectados contraiu a doença em África, principalmente na República dos Camarões, Gana, Nigéria e no Togo.
  • Equinococose: entre 2014 e 2016, mais de 200 pessoas na Alemanha foram diagnosticadas com a Equinococose, uma verminose. Isso representa uma subida de cerca de 30%. Os enfermos contraíram a doença no Afeganistão, Bulgária, Grécia, Kosovo, Iraque, Macedónia, Marrocos, Síria ou Turquia.
  • Difteria: entre 2014 e 2016 mais de 30 pessoas foram diagnosticadas com difteria na Alemanha. Os infectados contraíram a doença na Etiópia, Eritreia, Líbia, Sri Lanka ou Tailândia.
  • Sarna: entre 2013 e 2016 o número de pessoas diagnosticadas com sarna na região do Reno, Norte da Westphalia subiu quase 3 000%.
Enquanto isso, a Alemanha está diante de um surto de sarampo que as autoridades sanitárias ligaram à imigração da Roménia. Cerca de 700 pessoas foram diagnosticadas com sarampo na Alemanha nos primeiros seis meses de 2017, em comparação com 323 casos em 2016, de acordo com o Instituto Robert Koch. O surto de sarampo espalhou-se em todos os 16 estados da federação alemã excepto em Mecklenburg-Vorpommern, este estado com uma população migrante extremamente reduzida.

O epicentro da crise de sarampo encontra-se na região do Reno, Norte da Westphalia (NRW sigla em inglês), estado mais populoso da Alemanha e também o estado com o maior número de migrantes. Cerca de 500 pessoas foram diagnosticadas com sarampo na NRW nos primeiros seis meses de 2017. A maioria dos casos foi registada em Duisburg e Essen, onde uma mãe de 37 anos de idade, com três filhos faleceu em Maio, em consequência da doença. Surtos de sarampo também foram registados em Berlim, Colónia, Dresden, Hamburgo, Leipzig, Munique e Frankfurt, onde um bebé de nove meses foi diagnosticado com a doença.

No dia 1 de Junho de 2017, o Parlamento Alemão aprovou uma nova lei, polémica, exigindo que jardins de infância informem as autoridades alemãs caso os pais não apresentem provas que consultaram um médico acerca da vacinação dos seus filhos. Os pais que se recusarem a cumprir a lei estarão sujeitos a pagar uma multa de US$2 850. «Não podemos ser indiferentes ao facto das pessoas ainda estarem a morrer de sarampo» destacou o ministro da Saúde da Alemanha Hermann Gröhe. «É por isso que estamos a endurecer a regulamentação no tocante à vacinação».

Há quem diga que a nova lei não é suficientemente rigorosa. Há quem defenda que as vacinas devam ser obrigatórias para todos na Alemanha. Outros dizem que a lei está a ir longe demais e que infringe a privacidade garantida pela constituição alemã. Acrescentam que os pais, não o governo, devem decidir o que é melhor para os seus filhos. Persistem as consequências da política de portas abertas para a imigração da chanceler Merkel.