sábado, 12 de outubro de 2013

Turquia volta a permitir a utilização
de véu islâmico em instituições públicas


A Turquia, país da NATO e que pretende entrar na União Europeia, acabou com a proibição da utilização de véu islâmico nas instituições públicas.
A interdição vigorava desde os tempos de Kemal Ataturk, pai da república moderna, que proibiu o uso do véu em locais públicos como parte das medidas de modernização e ocidentalização do país.

O actual primeiro-ministro, Tayyip Erdogan, é de um partido islamita e tem tomado medidas islamizantes. Depois de ter permitido a utilização do véu islâmico nas universidades, autoriza a possibilidade de se trabalhar em instituições do Estado com véu.

A própria mulher de Erdogan já foi criticada por aparecer em público, ao lado do marido, com véu a cobrir-lhe o cabelo.

Os defensores do Estado secular estão muito preocupados com o que consideram ser uma deriva islamita da sociedade turca. Esta preocupação esteve também na base das contestações violentas ao regime que tiveram lugar nas principais cidades turcas a partir de Maio deste ano.

Por outro lado, na Europa, a pressão muçulmana acentua-se.

A França está a ver-se obrigada a ponderar proibir véus islâmicos nas universidades.

A Bélgica, país igualmente pressionado pelos muçulmanos  tem de obrigar mulher, já com nacionalidade belga, a retirar véu islâmico.

E aqui ao lado, o Supremo espanhol revogou a proibição do uso do véu islâmico e «burka».




sexta-feira, 11 de outubro de 2013

A Espanha, as Selvagens, Olivença e etc…


João J. Brandão Ferreira Oficial Piloto Aviador

«A perda de Portugal foi de puro sangue
e, por isso, o ministro espanhol que não pense
constantemente na reunião ou não obedece
à lei ou não sabe do seu ofício».
José de Carvalhal y Lencastre
(Ministro de Estado ao tempo do rei Fernando IV, de Espanha)

O SIED e o SIS[1] (já que serviços de informação militar, na realidade, nunca tivemos) passam a sua vida de amadores – o actual sistema político não permitiu ainda que passassem disso – a preocuparem-se com coisas que pouco interessam à segurança do país e seu futuro. O primeiro vai elaborando umas informações sobre teatros de operação longínquos que pouco têm a ver connosco, e ainda é possível que infiltrem uns tipos nos PALOPs (presume-se que Brasil excluído) a fim de perceberem o que se passa por lá (quando não espiam os próprios nacionais em funções), o que, na prática também não serve para nada, já que os sucessivos governos portugueses não têm tido qualquer estratégia para lidar com esses países.

Limitam-se a gastar dinheiro e esforços a brincar às «cooperações», sem qualquer retorno e a pôr-se de cócoras sempre que a cleptocracia de Luanda tosse.

O SIS em vez de se focalizar nas verdadeiras ameaças que espreitam a sociedade portuguesa (terrorismo, criminalidade transnacional, emigração desregrada, conjuras internacionalistas, acções de sociedades secretas, etc.) esfalfam-se a colher dados relativamente a patriotas que se indignam com o desmoronamento do nosso país e a fazerem análise de risco dos detentores dos órgãos de poder, de modo a melhor protegê-los da «ira» dos cidadãos.

Pelos vistos também se preocupam com um ou outro personagem do «Jet set», que possam interferir com negociatas correntes…

Por tudo isto não se estranha que o que se passa em Espanha não pareça causar nesses serviços, ou a quem neles superintende qualquer preocupação de maior.

A lógica reinante parece imbatível: então a Espanha não é nossa amiga, aliada e não participa connosco em todas as alianças e instituições onde estamos (excepção feita, «hélas» para o Tratado de Windsor…)?

Sendo assim que sentido fará, já não direi espiá-la, mas andar informado do que lá se passa?

Lamentavelmente quem assim pensa não anda com os pés no chão…

Este tipo de pensamento a haver em responsáveis políticos é absolutamente inadmissível num Estado supostamente representativo de uma Nação com 900 anos de existência!

Mas há males que vêm por bem.

O actual governo espanhol enviou uma carta para a ONU, no pretérito dia 5 de Julho em que, não contestando directamente a soberania portuguesa sobre as Ilhas Selvagens defende que estas são «rochedos» e não «ilhas», o que coloca directamente em causa a ZEE do território e pode ter implicações na definição da Plataforma Continental, que Portugal intentou, tempestivamente, na sequência do Tratado de «Montego Bay».[2]

Ora o modo como Madrid tomou esta iniciativa – ao que se sabe – isto é, à sorrelfa e sem aviso prévio a Lisboa, tendo ainda em conta, que os governos de ambos os países se encontram semestralmente em cimeiras, apelidadas de «ibéricas», não tem nada a ver com uma atitude de um país aliado, muito menos amigo.

Que o Governo de Madrid ande acossado com os problemas de coesão interna, por causa das autonomias, de que são expressão maior o que se passa na Catalunha e no País Basco; os escândalos que têm assoberbado a Casa Real; os problemas que se avolumam nas FA e a crise financeira que tudo corrói, nós compreendemos mas, desde já, garantimos que não contribuímos em nada para que tal ocorresse.

Antes pelo contrário, só temos é que emendar a mão por termos criado vulnerabilidades com os nossos vizinhos, que a entrada na CEE (depois UE) potenciou e a estúpida política do «Espanha, Espanha, Espanha», exponenciou!

Se por tudo isto ou por outras razões, o facto é que o Governo Espanhol foi mexer em várias feridas geopolíticas sem, aparentemente, lhes medir as consequências, sobretudo pelas contradições em que se emaranharam.

E ter «Tailleyrands» para se sair airosamente destes imbróglios não está ao alcance de todos, nem de todas as épocas…[3]

Resumidamente:

O Governo Espanhol arranjou, a propósito do anúncio das obras de um molhe artificial para a pesca por parte do governo de Gibraltar que, supostamente, irão prejudicar a comunidade piscatória vizinha, um pretexto para relançar a reivindicação sobre o «Rochedo», ao mesmo tempo que dificultam a passagem na fronteira terrestre do mesmo.
Tal evento ocorreu numa data temporal próxima da «catilinária» sobre as Selvagens.

A toda esta questão «regional» temos que juntar os casos das cidades de Ceuta e Melila, encravadas na costa marroquina (Ceuta está em frente a Gibraltar e juntas controlam o acesso ao Mediterrâneo), a ilhota desabitada de Perejil – a 200 metros da mesma costa e a 8Km de Espanha, no Estreito de Gibraltar – onde ocorreu um pequeno incidente, em 2002, 
em que militares espanhóis foram rapidamente transportados para o local; o atol de Alhucenas, sem população, mas com uma fortaleza guarnecida com um pelotão destacado de Melila; o rochedo (Peñon) de Vellez de la Gomera, igualmente desabitado e com fortaleza guarnecida do mesmo modo e o Arquipélago das Chafarinas, sem população nem fortaleza e onde estaciona um pelotão da Legião Espanhola.
Qualquer deles a escassos metros da costa de Marrocos e ignorados de quase todos.

No meio de tudo isto temos a antiquíssima terra portuguesa de Olivença e seu termo (cerca de 550 Km2), ocupada militarmente por Espanha que se tem «esquecido», ano após ano, em a devolver, como acordado no Congresso de Viena de 1815.

Esquecimento que só tem paralelo na falta de «lembrança» dos governos portugueses em reivindicar a retrocessão devida – apesar de nunca se ter reconhecido tal ocupação nem se ter ractificado os marcos da fronteira.
Território português ilegalmente ocupado por Espanha
O que representa um vergonhoso comportamento de ambos.

Vejamos as principais contradições em que o Estado Espanhol se enreda.

O problema de Gibraltar decorre da Guerra da Sucessão de Espanha entre 1702 e 1713. Neste último ano teve início o Tratado de Utrecht, que pôs fim ao conflito, tendo sido acordado que a soberania do Rochedo passaria para a Inglaterra.

Os espanhóis assinaram o Tratado, mas nunca se conformaram, apesar de à luz do Direito Internacional não parecer haver bases para qualquer exigência espanhola de retomar a soberania do local. A não ser que os gibraltinos intentassem um processo de auto determinação – como parece estar a acontecer na Catalunha – e, mesmo nesse caso, se quisessem ligar-se à Espanha.[4]

Madrid já afirmou não reconhecer o resultado de qualquer referendo no território e ameaça apoiar a Argentina nas suas reivindicações sobre as Malvinas.[5]

Porém, relativamente a Ceuta e Melila o Governo de «nuestros hermanos» entende que as razões que aduz para aceder a Gibraltar não são lícitas por parte de Marrocos que pretende que as cidades passem para a sua tutela.

A Espanha está em Marrocos por vicissitudes da História, desde o tempo em que a conquista era considerada lícita, entre os povos. Madrid herdou Ceuta de Portugal, em 1640, já que a cidade foi o único domínio luso em todo o mundo que não aclamou D. João IV (o capitão da praça, ao contrário do estabelecido nas Cortes de Tomar de 1581, era Castelhano).

Como se sabe o nosso país esteve presente no Norte de África durante 354 anos, tendo abandonado por sua iniciativa a última cidade – Mazagão – em 1769.[6]

Curiosamente o último território que a Espanha abandonou na costa marroquina, foi o enclave do IFNI, em 1958, depois de uma mini guerra de que saíram vencedores…
Vá lá a gente entendê-los…[7]

Onde, em rigor, os espanhóis não têm razão alguma, é na questão de Olivença e nas Selvagens.

A Praça de Olivença foi tomada na curta e infeliz «Guerra das Laranjas», em 1801, inspirada num indecoroso acordo entre Napoleão e a Corte Espanhola, onde pontuava o valido Manuel Godoy.

Para mal dos nossos pecados a rendição de Olivença também foi feita de um modo militarmente indecoroso. Assinou-se um mal alinhavado «Tratado de Badajoz» no qual Lisboa cedeu a Praça.

Com a 1.ª Invasão Francesa, em 1807, quebraram-se parte dos compromissos em que o tratado se firmara, pelo que o governo português logo reivindicou a vila e seu termo e declarou nulo o tratado.

Tal veio a ser confirmado na Conferência de Viena, de 1815, em que a Espanha (que só o assinou em 1817) se comprometeu a devolver o território, português desde o Tratado de Alcanizes, de 1297, o que até hoje não fizeram, tendo o cuidado de «espanholizar» toda a nossa população (muita da qual se retirou do território) e cuidando, até há pouco tempo, de fazer desaparecer a maioria das marcas lusas.

Quanto às Selvagens o caso ainda é mais caricato, se tal é possível dizer.


Os nossos navegadores foram até lá pela primeira vez em 1428 e sempre a área foi por nós frequentada. As Canárias foram cedidas a Castela pelo Tratado de Alcáçovas/Toledo, de 1479/1480, após um contencioso que se arrastava desde 1340. Mas as Selvagens não fizeram parte do «pacote».[8]

Só a partir de 1911, sem qualquer argumento válido e credível, «nuestros hermanos» – que de irmãos têm muito pouco – começaram a pôr em causa a nossa soberania.[9]

Em 1938 a Comissão permanente do Direito Marítimo Internacional confirmou a soberania portuguesa.

O Estado Português tornou-as reserva natural, pertencentes ao Parque Natural da Madeira, criado em 1971.

O Arquipélago é constituído pela Selvagem Grande, Pequena e Ilhéu de Fora, num total de 2,73 Km2, atingindo 163 metros de altura. Tem dois guardas residentes e uma habitação de residência temporária de uma família do Funchal.[10]

Está situado a 250 Km da Madeira, 165 Km das Canárias e 250 Km da costa africana; administrativamente fazem parte da freguesia da Sé, Concelho do Funchal.

Fez bem o PR em ir lá dormir uma noite escoltado por navios da nossa esquadra, numa afirmação de interesses e soberania, incontroversa.

Nesta linha se deve realizar o exercício militar previsto, para breve, na área.

E bom seria que a Diplomacia não dormisse (os chefes militares também não) e o Governo não tergiversasse, procurando tirar proveito das contradições insanáveis em que Madrid se enleia, em favor dos nossos interesses.

É mister, ainda, tomar a iniciativa – que há muito tarda – de, na próxima cimeira Luso-Espanhola (não Ibérica), começar por dizer aos ministros espanhóis que queremos ser amigos da Espanha «à moda de Navas de Tolosa e do Salado» e não de outra maneira; que desviem o olhar das Selvagens e que cumpram o que se obrigaram após 1815, pois OLIVENÇA É TERRA PORTUGUESA!


[1] SIED – Serviço de Informações Estratégicas de Defesa; SIS – Serviço de Informações de Segurança

[2] Trata-se da «Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar, assinada em Montego Bay, Jamaica, em 10/12/1982».

[3] Charles – Maurice de Talleyrand – Périgord (1754-1838), político e diplomata francês que conseguiu servir muitos, diferentes e até opostos governos e regimes, durante imenso tempo…

[4] Gibraltar faz, porém, parte de 17 territórios que são considerados pela ONU como «NonSelfGoverning Territories». Destes, 11 estão debaixo da administração do Reino Unido.

[5] Havia de ser curioso de ver o que sucederia caso Portugal ou a Inglaterra, invocassem a Aliança Inglesa, respectivamente, para solucionar, em caso de necessidade, os casos de Olivença e Selvagens, ou Gibraltar e Malvinas…

[6] Posteriormente, em 1774, foi assinado um notável Tratado de Paz entre Portugal e o Sultão de Marrocos, que nunca foi rompido.

[7] Como «curiosidade» a Espanha que ocupava o Sahara Ocidental decidiu, em 26/02/1976, informar o Secretário-Geral das Nações Unidas, que iriam terminar a sua presença naquele território, isentando-se de qualquer responsabilidade internacional futura!
Marrocos reivindicou de imediato a soberania sobre o mesmo que é contestada pelos Sahauris. Mais um problema por resolver.

[8] Foram assim baptizadas por Diogo Gomes de Sintra, em 1438, e terão sido descobertas pelos irmãos Pizzigani, em 1364.

[9] Há cerca de um ano, questionei um Almirante espanhol, durante uma conferência, em Lisboa, sobre as Selvagens, o qual simpaticamente me sossegou sobre as intenções do seu país. O adido militar espanhol presente é que não pareceu nada satisfeito com a questão.

[10] Por exemplo o Estado do Vaticano e o Mónaco são mais pequenos que as Selvagens.





quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Menino de 6 anos «obtém» autorização
na Argentina, com interferência
de Cristina Kirchner, para tornar-se «menina».
É o «bebé de Rosemary» do sindicalismo invertido
e dos politicamente correctos e fascistoides


Reinaldo Azevedo

Cheguei a achar que o adiantado da hora — passam das 6 da manhã — estava provocando alguma alucinação em mim e que não estava lendo o que estou lendo. Mas estou. Eu e todas as pessoas que eventualmente abordam a questão com sensatez distinguimos invertidos de gayzismo; invertidos de militância sindical. De um lado, estão indivíduos; do outro, prosélitos. Os primeiros, como toda gente, têm limites; os outros, como quaisquer fanáticos, não. Atenção! A Argentina, com a intervenção de Cristina Kirchner, acaba de admitir a existência, lá vai, da primeira «criança transgénero» do país. É isso mesmo: um garoto de seis (6!!!) anos chamado «Manuel» teve o nome oficialmente trocado por «Luana». A família está sendo assessorada por psicólogos (há mais psicólogos e psicanalistas na Argentina, acho, do que fãs do Messi) e, claro!, por entidades de defesa dos direitos dos invertidos.


Ver mais em
http://www.uniaodasfamiliasportuguesas.blogspot.pt/2013/10/menino-de-6-anos-obtem-autorizacao-na.html





quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Homenagem ao General Silvino Silvério Marques


João J. Brandão Ferreira Oficial Piloto Aviador

Silvino Silvério Marques – General do Exército Português

Faleceu no pretérito dia 1 de Outubro, aos 95 anos de uma vida cheia e com lustre.

Não era uma figura querida dos próceres do actual regime político. O sentimento seria, aliás, mútuo.

Por isso o seu passamento quedou-se despercebido e praticamente ignorado em quase todos os órgãos de comunicação e nenhuma referência oficial lhe foi feita.

É lamentável que assim tenha sucedido sendo de salientar, também, o silêncio que se ouviu por parte das Forças Armadas, nomeadamente o Exército.

O General Silvino Silvério Marques goste-se ou não, ganhou jús a pertencer e a ter lugar na História de Portugal. E não a deslustrou.

O mesmo já não se pode dizer de outros que se elevaram, ou foram elevados a pedestais a que não têm direito e a que muitos prestam homenagem e vassalagem.

O General Silvino Silvério Marques foi um notável militar e político e um importante personagem do «Portugal Universal». Daquele Portugal que acreditava ter uma missão no mundo, mais espiritual que material e que o ultrapassava, pois representava uma espécie de transcendência na Terra.

O General Silvino Silvério Marques era um aristocrata, pelo carácter, pelo saber, pelo porte, pela distinção pela coragem e pelo patriotismo.

O General Silvino Silvério Marques não cabia neste quintal europeu e muito menos na chafurdice da actual União, que nos tolhe e aliena e nos está a empurrar para as grilhetas da escravidão.

Sabendo-o merecedor de melhor sorte, libertou-o Deus, chamando-o a Si.
Nascido na Nazaré o General Silvino Silvério Marques foi, sem qualquer dúvida, um dos últimos Grão-Capitães, descendente daquela plêiade que pôs pé em Ceuta, em 1415, que chegou ao Japão, em 1543 e se bateu desde então, para que uma certa Ideia de Portugal perdurasse.

A Ideia era boa e justa, pois representava um ideal moral e ético de Humanidade.

O General Silvino Silvério Marques acreditou e lutou por este ideal e não o traíu.

O General Silvino Silvério Marques nunca virou a casaca do avesso, não tergiversou e não colocou a sua dignidade à venda.

Por isso merece o respeito e consideração, mesmo dos que discordavam daquilo que defendia.

Da segunda vez que foi Governador-Geral de Angola, ao tentar evitar o descalabro do rumo que a «Descolonização» levava, tiraram-lhe o lugar pouco mais de um mês depois de tomar posse…[1]

Em toda a sua vida manteve-se cordato e firme.

Lembro, por ex., a sua saída silenciosa e elegante, passando à frente da tribuna, ao abandonar o local (em protesto), quando o então Presidente da República Mário Soares falava durante a inauguração do monumento aos combatentes do Ultramar, em Pedrouços.

Contam-se pelos dedos os militares que tiveram a coragem de actos semelhantes, nas últimas décadas…

Ou, ainda, as polémicas, igualmente elegantes, que manteve com o conhecido Dr. Almeida Santos, sobre os últimos e dramáticos acontecimentos ocorridos no ex-Ultramar Português.

Enfim, a mesquinhez dos homens e a cegueira ideológica trituram tudo…

E, deste modo, o País vai destruindo os seus melhores.

Um dia, estamos confiantes, tudo mudará e a justa homenagem a Homens de valor e Portugueses com maiúscula, será feita.

E aleijados morais, traidores, desertores e antipatriotas, serão relegados para o lixo da História.

A minha homenagem, porém, fica desde já aqui expressa.

Meu General, às suas ordens!


[1] Tomou posse a 11/6/1974 e foi exonerado no fim do mês seguinte. Foi um notável Governador entre 1962 e 1966. Anteriormente tinha sido Governador de Cabo Verde, entre 1958 e 1962.





O controlo mental das pessoas pela
maçonaria belga


Três em cada quatro belgas concordam que a lei da eutanásia naquele país passe a abranger crianças com doenças terminais, incluindo as que não possam dar consentimento.

Esta situação é consequência do Grande Oriente Belga controlar os meios de comunicação e a educação naquele país.
O inquérito levado a cabo pela La Libre-RTBF conclui que 38% dos belgas é completamente a favor de uma nova lei, que está a ser discutida pelo Parlamento e que prevê a possibilidade de pôr fim à vida de crianças com doenças terminais, ou que se encontrem em coma, sem a necessidade do seu consentimento. O inquérito não especifica se seria ou não necessário o consentimento dos pais.

A estes 38% acrescem 36%, que são «bastante favoráveis» à alteração da lei neste sentido, para um total de 74%, que vê com bons olhos as alterações.

Do lado contrário apenas 6% são completamente contra a alteração em causa.

A lei belga permite a eutanásia de adultos que sofram de doenças, desde que a consintam. Mas o critério do que constitui doença que permita a eutanásia é polémico e pode incluir «sofrimento psicológico insuportável», como no caso de dois irmãos gémeos surdos que pediram para serem mortos quando souberam que corriam o risco de ficar cegos ou o caso que tem feito notícia ao longo dos últimos dias, de uma mulher de 44 anos que foi submetida a uma operação para mudança de sexo que correu mal.

Foi o mesmo médico que aceitou eutanasiar ambos os casos, mesmo depois de os hospitais locais terem recusado a justificação.

Mas, no que diz respeito a adultos, a lei também pode vir a ser alterada. A nova proposta antevê a possibilidade de eutanasiar pessoas que sofram de demência, como Alzheimer, mesmo que a doença tenha chegado a um ponto em que não é possível dar consentimento. Também aqui as margens de aprovação popular, segundo a mesma sondagem, são altíssimas, chegando aos 79%.





terça-feira, 8 de outubro de 2013

Amílcar Soares enviou-lhe a seguinte Petição


Caros Amigos,

Acabei de ler e assinar a petição: «Petição pela desvinculação de Portugal ao 'Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa de 1990' (AO90)» no endereço http://peticaopublica.com/pview.aspx?pi=DPAO2013

Pessoalmente concordo com esta petição e cumpro com o dever de a fazer chegar ao maior número de pessoas, que certamente saberão avaliar da sua pertinência e actualidade.

Agradeço que subscrevam a petição e que ajudem na sua divulgação através de um email para os vossos contactos.

Obrigado.
Amílcar Soares


Esta mensagem foi-lhe enviada por Amílcar Soares (a25soares@gmail.com), através do serviço http://peticaopublica.com em relação à Petição http://peticaopublica.com/?pi=DPAO2013





Contextos e contextos, ou a prova provada


Nuno Serras Pereira

Se há verdade, constantemente ensinada pelos últimos Papas e também pelo Concílio Vaticano II, é a de que a vida, a pessoa humana, é sagrada e inviolável desde o seu início, ou etapa unicelular, até ao seu termo, ou morte natural. Mais, como S. João Paulo II e Bento XVI sublinharam essas pessoas têm exactamente a mesma dignidade, isto é, o mesmo valor eminente e transcendente, que qualquer pessoa já nascida – bebé, criança, adolescente, jovens, adulto ou idoso.

No entanto, verificamos que esta verdade, mesmo ao mais alto nível não foi suficientemente assimilada. De facto, de um modo geral poderá afirmar-se, sem medo de errar, que as pessoas já nascidas gozam de uma dedicação, por parte da Igreja, a todos os níveis, muitíssimo superior à das pessoas concebidas e ainda não nascidas, não obstante a Bem-aventurada Teresa de Calcutá nos ensinar que são estas as mais pobres de entre os pobres e S. João Paulo II asserir que são também as mais vulneráveis, inocentes e indefesas entre todas. E que de entre todos os crimes que se podem cometer contra a vida da pessoa, nenhum é tão perverso e abominável como o do aborto provocado. Creio que o que afirmo ficará demonstrado com um exemplo eloquentíssimo que adiante direi.

Se alguém me dissesse que a Igreja anda obcecada com os já nascidos porque quotidianamente, e até várias vezes no mesmo dia, não cessa de falar neles eu, provavelmente, logo pensaria, independentemente da minha vontade, que esse fulano era um enorme imbecil, claro que imediatamente suplicaria interiormente a Deus que me perdoasse, e responderia a essa pessoa, com aquela frase típica dos jovens em Portugal: «Pá, não estás mesmo a ver o filme».

O Papa Francisco, como é do domínio público, foi à ilha de Lampadosa rezar pelos emigrantes naufragados ao seu largo e pregar contra aquilo a que chamou a «globalização da indiferença»; no dia 3 deste mês, disse e repetiu, num discurso a uma assembleia que comemorava o 50.º aniversário da Pacem in Terris, a propósito de mais um afundamento, nesse mesmo dia, em que pereceram cerca de 300 pessoas, que se tratava de uma vergonha, de uma tragédia, pedindo a oração de todos para que tal desventura não voltasse a suceder; no dia seguinte em Assis, dirigindo-se aos pobres, assistidos pela Caritas, tornou a falar do acontecido em Lampadosa, afirmando, com um rosto muito triste e voz enlutada, que esse era um dia de pranto; hoje, no Angelus Dominical, a propósito da mesma catástrofe, visivelmente comovido, pediu que os fiéis o acompanhassem numa oração silenciosa, convidando-os a que deixassem chorar os seus corações.

Em 23 anos, pereceram, engolidos pelo mar, 8000 (oito mil), números redondos, emigrantes na busca de uma vida melhor, fugindo da miséria e de muitos outros males que os afligem. É com grande consolação pois que vemos e ouvimos o Santo Padre sair em defesa destes sofredores. E intui-se esperançosamente que com a sua dor e a oração de todos venha a pôr termo a estas injustiças, que lançam de qualquer maneira sem garantias de segurança, mar adentro, estas pobres vítimas que as águas tragam vorazmente; ou que pelo menos o estado italiano mobilize todas as forças necessárias para acorrer àquela gente em perigo de vida à vista da costa.

Mas se o Santo Padre assim reage nestas circunstâncias como o faria se os mortos fossem mais de 300 por dia, dois milhões e quinhentos mil em 23 anos? Estes números são indicativos da quantidade de pessoas que são, não de modo indirecto, mas directo e propositado, afogadas no próprio sangue pelo aborto provocado, na Diocese de Roma, da qual o Papa é Bispo, e no resto de Itália. Se quando há pessoas que são submersas nas águas revoltas do abismo marítimo existe um contexto para delas falar, por elas rezar e por elas se mobilizar; por que não o existe igualmente quando há incomparavelmente a serem sufocadas violentamente no próprio sangue?

Quanto a mim, isto constitui uma prova provada do que escrevi no início, a saber, que ainda não assimilámos a verdade, que a recta razão e a Doutrina da Igreja bradam, tentando irromper pelos nossos ouvidos, entupidos em virtude da nossa obstinação e dureza de coração. À honra e glória de Cristo Ámen.





domingo, 6 de outubro de 2013

Papa Francisco precisa tomar cuidado
para não ser o Gorbachev da Igreja
e para não competir com a imaginação de Dan Brown


Reinaldo Azevedo

O nome é Jorge Mario Bergoglio, conhecido como Papa Francisco desde 13 de Março de 2013, mas podem começar a chamá-lo de Mikhail Gorbachev… É uma ironia? Claro que é. Alguns entenderam à primeira. Outros terão de reflectir um pouco. Um liderava uma construção humana, de vocação maligna. O outro comanda o que os crentes consideram uma construção divina, de vocação benigna. O meu gracejo, por óbvio, não nasce da diferença, mas do risco da semelhança.

Repararam, leitores? Há muito tempo que um Papa não chamava tanto a atenção da imprensa mundial e não recebia tantos elogios, muito especialmente daqueles, vejam que curioso!, que odeiam a Igreja Católica — e, de maneira mais genérica, o cristianismo. «Se até o Papa está dizendo que a Igreja é essa porcaria, então deve ser mesmo verdade; eu sempre soube!»

Ai daquele que alimentar a vaidade de despertar a simpatia de quem o detesta!

Não gosto, e já deixei isso claro aqui, nos primeiros passos de Francisco. Fazer o quê? Chega a hora em que é preciso discordar até do Papa. Então que seja. Considerei, e não mudei de ideia, um tanto atrapalhada da sua entrevista à revista jesuíta La Civiltà Cattolica. Ainda que não tenha dito a barbaridade que lhe atribuíram sobre o aborto (escrevi um poste sobre a mentira), a linguagem não foi muito clara. Do pastor máximo da Igreja Católica, espera-se, como queria Paulo, que a flauta soe como flauta, e a cítara, como cítara.

Ao jornal «La Repubblica», chamou à Igreja de «introspectiva e vaticanocêntrica», além de classificar a Cúria romana de «lepra do papado». Nesta quarta-feira, na audiência da Praça de São Pedro, lembrou o óbvio, mas num contexto, nesta altura, já contaminado pela tentação do tagarela: «Somos uma igreja de pecadores, e nós, pecadores, somos chamados para nos renovarmos, santificados por Deus». E criticou: «Existiu na história a tentação daqueles que afirmavam que a Igreja é apenas dos puros, daqueles que são totalmente crentes, e os outros são afastados. [A Igreja] não é a casa de poucos, mas de todos».

Certamente que é a «casa de todos», mas de todos que estejam dispostos a aceitar os fundamentos que fazem da Igreja a Igreja. Afinal, o que é realmente de todo mundo é a República, não é isso? É o estado democrático. Não obstante, advirto: é de todos até mesmo para punir aqueles que violam as suas regras.

Alguns amigos católicos estão muito descontentes com a minha pressa em censurar a linguagem do Papa. Acham que eu deveria esperar um pouco mais para ver para onde caminham as coisas. Talvez eu pudesse fazê-lo se fosse apenas católico. Como sou também jornalista, não posso deixar de analisar esta questão com vigilância e, vá lá,  algum método com que observo a situação.

A ironia que fiz com Gorbachev faz sentido. Eu sempre o admirei muito porque tinha a certeza, desde o primeiro momento — e quem me conhece desde aqueles tempos sabe disto — que ele aceleraria o fim da URSS. Gorbachev actuava, vamos dizer assim, no mesmo sentido em que caminhavam os meus anseios naquele tema: o desmoronamento do império soviético. Mas eu divertia-me colocando-me, às vezes, na pele de um comunista pró-Moscou e concluía: é uma besta ao quadrado! «Mas ele não fez um imenso bem à humanidade, pondo fim àquele horror?» Claro que sim! Acontece que ele tinha sido escolhido para manter o império. Vivo torcendo para que apareça um «reformador» chinês, entendem? Deng Xiaoping foi esperto e maligno. Pôs fim ao comunismo chinês sem pôr fim à tirania…

Acontece que a Igreja Católica não é um império do mal, não é? E, desta feita, não vejo graça nos primeiros passos de um candidato a Gorbachev de mitra. Não acho que Francisco vá acabar com a Igreja. Ela é um pouco mais antiga e enraizada na cultura do que era o comunismo. Mas eu vejo-o, por enquanto, produzindo linguagens bombásticas em excesso, a maioria voltada para o público externo, muito em particular para os que vêem na instituição não mais do que um amontoado de obsolescências, com o que, obviamente, não concordo.

Brevemente vai haver gente achando que, nos corredores do Vaticano e na Cúria (a tal «lepra»), circulam alguns daqueles facínoras da imaginação de Dan Brown, o autor do delirante «O Código Da Vinci». Seria melhor que primeiro conhecêssemos o Papa pelas suas acções. As palavras bem que poderiam vir depois. Os jesuítas têm, é verdade, uma certa tradição tagarela, de confronto com a hierarquia, que já gerou maravilhas como o padre Vieira, por exemplo. Mas Bergoglio não é Vieira.

Eis um tipo de consideração, meus caros, que não terá como ser confrontada com os factos de amanhã, depois de amanhã, daqui a dois ou três meses, como acontece com frequência na política. É matéria de muitos anos. As primeiras afirmações de Francisco estão gerando mais calor do que luz. E, como não poderia deixar de ser, têm despertado a simpatia dos que o vêem não como um reformador que vai fortalecer a Igreja Católica, mas como um crítico que, finalmente, pode desestruturá-la.

Boa parte dos não católicos que hoje aprovam Francisco aplaude-o como eu aplaudia… Gorbachev: «Desta vez aquele bloco cai!». E, felizmente, caiu.





Cuba anterior a Castro e com Castro


Entre 1825 e 1897, entre 60 e 75% de toda a renda bruta que a Espanha recebeu do exterior vieram de Cuba.

O primeiro carro eléctrico que circulou na América Latina foi em Havana em 1900.

Também em 1900, antes de qualquer outro país na América Latina foi em Havana que chegou o primeiro automóvel.

A primeira cidade do mundo a ter telefone com ligação directa (sem necessidade de telefonista) foi em Havana, em 1906.

Em 1907, estreou em Havana o primeiro aparelho de raios-x em toda a América Latina.

Em 19 de Maio de 1913 quem primeiro realizou um voo em toda a América Latina foram os cubanos Agustin Parla e Rosillo Domingo, entre Cuba e Key West, que durou uma hora e quarenta minutos.

Ver mais em
http://www.forumrprp.blogspot.pt/2013/09/cuba-anterior-castro-e-com-castro.html