Heduíno Gomes
O normalíssimo – que por isso significa bom – sistema de ensino que havia em Portugal foi destruído por Veiga Simão no Governo de Marcelo Caetano. A partir daí, temos o sistema dito «democrático», que está à vista, agora no seu apogeu. Com mais fantasia ou menos fantasia, com mais demagogia («paixão») ou menos demagogia, com mais reforma ou menos reforma, este sistema está condenado nos seus pressupostos antropológicos, filosóficos, didácticos e pedagógicos em geral. Nada a fazer, remendar é inútil.
Mas, de vez em quando, aparece um ministro (nos últimos tempos tra) ou secretário de Estado particularmente iluminado a dar mais uma achega ao caos, matando-nos as saudades da época cavaquista com o genial Roberto Carneiro, que iria acabar com os chumbos através de pacotinhos de leite com chocolate... e obviamente da manipulação das estatísticas.
É agora o caso de Isabel Alçada, que, além de confirmar a sua sistémica confusão das «novas pedagogias», particularmente do agrado da esquerda bem-pensante, vem, com a sua confessada falta de ideias, dizer que vai organizar um debate para descobrir como é a melhor maneira de acabar com os chumbos. A parte positiva da intervenção de Isabel Alçada é confessar de facto o seu vazio de ideias sobre a questão. A senhora confirma assim que foi parar a tra da educação como poderia ter ido parar a tra do ambiente ou tra do comércio externo.
Quem logo aplaudiu entusiasticamente a ideia foi o subsidiodependente socialista Albino Almeida, particularmente adulador do poder, supostamente representante dos pais dos alunos de Portugal. E daí os media poderem dizer que os pais concordam com a parvoíce...
Por sua vez, o profissional-sindicalista da Fenprof Mário Nogueira coloca as suas pertinentes condições: sim senhora, boa ideia, mas temos de ver isso das condições para concretizar a ideia, isto é, a massa! A massa! A massa!
.