sábado, 4 de maio de 2013

Os «casais» segundo a Rádio Renascença

Nuno Serras Pereira
«É verdadeiramente extraordinário que a autoproclamada, sem pingo de vergonha, rádio católica portuguesa (RR), propriedade do Episcopado português, chame sistematicamente casais àqueles que não o são nem o podem, de facto, ser, contribuindo assim, com inusitado fervor, para a propaganda lgbt.

«Mais inacreditável ainda é a passividade dos prelados portugueses, os quais porventura cuidarão que a publicação de uma nota pastoral sobre a família, aliás bem-feita e com linguagem acessível, é suficiente para se desobrigarem de qualquer outra acção no combate contra este violento vampirismo espiritual e moral. Mas a verdade é que, se puserem de lado as racionalizações autojustificativas e olharem de frente, diante de Deus, as suas consciências saberão muito bem que isso não passa de uma mentira infame. Nem será necessário meditarem atentamente na importantíssima entrevista recente, a propósito de um outro assunto, embora com este relacionado, mas igualmente aplicável neste caso, que o Cardeal Burke concedeu a uma prestigiada agência noticiosa.

«Evidentemente que quando falta o ensinamento insistente, repetido para ser assimilado, o exemplo, o encorajamento e a liderança, andam as ovelhas tresmalhadas, anuindo a tudo o que os lobos vorazes propõem, como meio mais pronto e eficaz para dizimarem facinorosamente o rebanho. Verdadeiramente há pastores que, se não são lobos, imitam muito bem.»




sexta-feira, 3 de maio de 2013

Putin estuda como não permitir
que «casais» invertidos adoptem
crianças russas em França


O presidente russo, Vladimir Putin, pediu esta sexta-feira que se modifiquem os acordos bilaterais em matéria de adopção com a França para evitar que as crianças do seu País sejam entregues a casais invertidos após a aprovação legal das uniões invertidas.

«Precisamos de reagir ao que acontece à nossa volta. Respeitamos os nossos parceiros, mas pedimos que respeitem as nossas tradições culturais, as nossas normas éticas, legislativas e morais», disse Putin citado pelas agências locais.

Putin respondeu assim à proposta apresentada pela presidente da assembleia do enclave báltico de Kaliningrado, Marina Orguíeva, que sugeriu mudanças no acordo com a França para que as crianças russas não sejam adoptadas por casais invertidos.

«Você tem razão (...). Considero que temos motivos para introduzir mudanças no chamado documento. O assunto está em aberto, temos que pensar sobre isso», acrescentou Putin.

O acordo bilateral com a França foi assinado em Novembro de 2011 e ratificado em Julho do ano passado.

A vice-presidente do comité para os Assuntos da Família da Duma Baixa e deputada oficialista, Olga Vatálina, assegurou que para emendar o acordo bilateral com Paris seria suficiente receber a conformidade, por escrito, dos franceses.

«A legalização das uniões invertidas preocupa muito os deputados, que reagiram de maneira sensível perante esta decisão em França e estão categoricamente contra a possibilidade da adopção de crianças russas por parte de famílias do mesmo sexo», assinalou.

O Defensor do Menor, Pável Astájov, que depende directamente do Kremlin, já expressou em várias ocasiões a sua oposição a que os casais invertidos adoptem crianças. O funcionário disse que a Rússia fará tudo o que for possível para impedir que no país se repita a situação da Espanha, Canadá ou França.




quinta-feira, 2 de maio de 2013

O maior perigo para a Igreja
é que seja mundana, diz o Papa


Na homilia da Missa desta manhã (30 de Abril) na Casa Santa Marta, o Papa Francisco disse que quando a Igreja se converte em mundana, por causa do demónio, faz-se incapaz de anunciar o Evangelho e o «escândalo» da Cruz. «Este é o maior perigo!».

Francisco explicou que «pode-se proteger a Igreja, pode-se curar a Igreja e nós devemos fazê-lo com o nosso trabalho; mas é mais importante o que faz o Senhor: Ele é o único que pode olhar cara a cara o maligno e vencê-lo. (…) Se queremos que o príncipe deste mundo não tome a Igreja nas suas mãos, devemos confiá-la ao único que pode vencê-lo». Ele pode levá-la adiante, protegê-la e fazê-la crescer, defendê-la de quem quer que a Igreja se torne mundana. «Este é o maior perigo!».





quarta-feira, 1 de maio de 2013

Quem será o futuro Patriarca de Lisboa…


Nuno Serras Pereira
«Diz um dos periódicos de hoje (30 de Abril de 2013), em primeira página, que o Senhor Bispo do Porto é o preferido para Patriarca de Lisboa. Eu confesso que tenho a maior estima e admiração pelo Senhor D. Manuel Clemente, a quem aliás devo imenso, mas rezo a Deus, apesar de já ter pensado o contrário, que não seja ele.

«O que precisamos é de alguém que saiba governar, tenha mão firme e ortodoxa, seja desassombrado em relação aos princípios inegociáveis, não se deixe lisonjear com adulações, não seja político mas sim Pastor, tenha a coragem de vir para a rua, e o arrojo da verdadeira e completa Misericórdia, com a inteireza de quem sabe, pois é impossível ignorá-lo, que a defesa e promoção da vida e da família são o factor decisivo na Nova Evangelização, isto é, no evangelizar de novo.

«Não saberei dizer se há algum Bispo em Portugal capaz do que digo, mas, se não há, ordene-se. E será seguramente tempo de ser mais rigoroso e responsável nas consultas que a Santa Sé faz em relação aos «episcopáveis». Conheço bem verdadeiros hereges, no rigoroso sentido do termo, que são sistematicamente consultados e santos presbíteros, já anciãos, que nunca o foram… Basta de diabólicos respeitos humanos, de silêncios cobardes e cúmplices. Os tempos são demasiado graves para que nos deixemos afundar nestas areias movediças.»





domingo, 28 de abril de 2013

A Sociedade Portuguesa de Autores
recusa o «Acordo Ortográfico»


A SPA não adopta o novo acordo ortográfico
perante as posições do Brasil e de Angola sobre a matéria


A SPA continuará a utilizar a norma ortográfica antiga nos seus documentos e na comunicação escrita com o exterior, uma vez que o Conselho de Administração considera que este assunto não foi convenientemente resolvido e se encontra longe de estar esclarecido, sobretudo depois de o Brasil ter adiado para 2016 uma decisão final sobre o Acordo Ortográfico e de Angola ter assumido publicamente uma posição contra a entrada em vigor do Acordo.

Assim, considera a SPA que não faz sentido dar como consensualizada a nova norma ortográfica quando o maior país do espaço lusófono (Brasil) e também Angola tomaram posições em diferente sentido. Perante esta evidência, a SPA continuará a utilizar a norma ortográfica anterior ao texto do Acordo, reafirmando a sua reprovação pela forma como este assunto de indiscutível importância cultural e política foi tratado pelo Estado Português, designadamente no período em que o Dr. Luís Amado foi ministro dos Negócios Estrangeiros e que se caracterizou por uma ausência total de contactos com as entidades que deveriam ter sido previamente ouvidas sobre esta matéria, sendo a SPA uma delas. Refira-se que também a Assembleia da República foi subalternizada no processo de debate deste assunto.

O facto de não terem sido levadas em consideração opiniões e contributos que poderiam ter aberto caminho para outro tipo de consenso, prejudicou seriamente todo este processo e deixa Portugal numa posição particularmente embaraçosa, sobretudo se confrontado com as recentes posições do Brasil e de Angola.

Lisboa, 9 de Janeiro de 2013