Heduíno Gomes
António Arnaut é o mandatário do PS para as legislativas. Certamente o
Costa pretende aproveitar a fama deste seu irmão de avental ter sido o
pai do Sistema Nacional de Saúde.
Ora, a
verdade é que o SNS iniciou a sua caminhada ainda bem antes do 25 de Abril,
portanto durante o Estado Novo. O «pai do SNS» é mais um mito fabricado pela
maçonaria a louvar os seus, é uma grande mentira como as outras que
fabrica. Na verdade, ele apenas esteve na continuação da instalação do
serviço. Para ser pai, só adoptivo.
Do
ponto de vista filosófico, António Arnaut afina, obviamente, pelo diapasão
filosófico da maçonaria, que é o subjectivismo e o relativismo. Assim, certa
vez na televisão, o senhor doutor diz que maçonaria e cristianismo são
compatíveis e também que maçonaria e marxismo são compatíveis.
O
operário Jerónimo de Sousa é que desmentiu, também na televisão, na mesma
altura, o senhor doutor, demonstrando assim saber mais filosofia do que o
letrado.
Da
parte dos doutores da Igreja é que não vimos nenhum desmentido filosófico.
(Antes
pelo contrário. Quando ainda não tinha sido despachado para a discrição dos corredores
do Vaticano, por certas razões escabrosas, e tendo ido para lá ajudar o
cripto-maçon (no mínimo...) cardeal Ravasi, o bispo Carlos Azevedo afirmou em
entrevista a uma televisão que, entre Igreja e maçonaria, o que havia era
mal-entendidos e que as guerras eram do passado... Pacífico, bonito, profundo e filosoficamente
cristão!)
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Carlos Azevedo |
Padre Rodrigo Maria
À
medida em que o relativismo revolucionário avança no mundo e dentro da Igreja
podemos constatar o crescente distanciamento entre o que se prega em boa parte
das nossas paróquias e dioceses e o que a Igreja sempre ensinou no seu
magistério infalível.
A situação
é verdadeiramente gritante, escandalosa, indignante…
É
muito entristecedor ver leigos bons, que querem ser santos, que desejam viver a
Verdade do Evangelho tal como ensina a santa Igreja, serem rechaçados,
humilhados e isolados pelos seus padres ou bispos, tratados como excêntricos,
exagerados, radicais, como gente a ser evitada…é indignante ver como muitos
desses padres e bispos usurpam da sua autoridade para massacrar as suas ovelhas
mais pequenas, execrando-as e pondo-as publicamente em ridículo pelo facto de
estas quererem receber a SS Eucaristia (Santíssimo Sacramento da Eucaristia) de joelhos e/ou na boca.
Muitos
destes senhores incham o peito e vociferam enraivecidos mandando que se
levantem os que se ajoelham para receber a sagrada comunhão e/ou insistem que
devem receber a sagrada hóstia na mão. Alguns apelam para o argumento da
unidade com o resto da assembleia para justificar a atitude autoritária, outros
acusam estes fiéis de estarem «querendo aparecer» como se fossem deuses que
conhecem o íntimo dos corações… tem sido frequente muitas destas autoridades
demonstrarem aversão e combater o uso do véu por parte das senhoras e jovens nas
santas missas… mesmo a modéstia à qual tem aderido um número sempre maior de
pessoas passou a ser alvo das críticas e oposições por parte de muitos pastores
de almas. E assim tem sido com várias outras práticas de piedade às quais tem
aderido o nosso povo, que cada vez mais tem rejeitado esse catolicismo
superficial, desfigurado pelo relativismo reinante, que desorienta e causa
confusão.
O que
é desconcertante nestas autoridades que combatem a piedade é a atitude
conivente, quando não incentivadora, de ideias e práticas completamente
incompatíveis com a Verdade do Evangelho e com o ensinamento da Igreja.
Eles
não aceitam um fiel comungar de joelhos e na boca, mas dão a comunhão a
mulheres com vestes imorais e sensuais, com as pernas de fora, costas nuas, e parte
dos peitos a aparecer… sem dizer das roupas coladas e transparentes…
São
estes mesmos senhores que negam aos fiéis o direito de se ajoelharem para
receber Jesus Eucarístico, mas que, desobedecendo à Doutrina católica, dão a
comunhão a maçons, amantizados, bruxos, espíritas, e marxistas-comunistas, etc…
São
estes que querem oprimir os fiéis sob o peso de uma autoridade esmagante para
impor caprichos pessoais ou ideais contrárias ao ensinamento da Igreja, mas que
não querem obedecer à mesma Igreja em matérias graves.
São estes
valentes que a pretexto da «unidade» humilham e perseguem aqueles que querem
ter uma vida cristã ancorada na rica Tradição católica, mas que evocando a «diversidade»
defendem um ecumenismo sem pé e sem cabeça e relativizam a Doutrina católica,
deturpando-a e reduzindo-a de tal forma que qualquer herege se sinta à vontade
perto dela.
O povo
católico que já possui ou está adquirindo um conhecimento básico da sua fé, vai
percebendo a distância enorme entre a Verdadeira Doutrina católica ensinada
pelo Magistério da Igreja e o que eles têm visto e ouvido em muitas das suas
paróquias e dioceses.
Este
povo tem-se sentido defraudado, negligenciado e muitas vezes combatido pelos
seus próprios pastores. E na mesma proporção em que cresce neles o conhecimento
da Verdadeira Doutrina católica cresce também o sentimento de desalento e
profunda insatisfação com este estado de coisas… mas, a opressora «ditadura do
relativismo» está tão generalizada dentro da Igreja, que parecem não terem a
quem recorrer.
Os
poucos padres e bispos que têm a coragem de pregar e defender a Verdadeira fé
católica são logo estigmatizados e rotulados de radicais, rebeldes,
desobedientes, etc…. pessoas contrárias à unidade. A sua honra e a sua moral
são atacadas de todas as formas para que, uma vez desacreditados, a mensagem da
qual são portadores possa também perder a credibilidade.
A
situação actual é tão estranha que aqueles revolucionários horizontalistas que
sempre desprezaram a hierarquia evocam agora com voz alta a força da obediência
para submeter aqueles que sempre nela acreditaram. Muitas autoridades estão a usar
a sua posição dentro da Igreja para implodir a Igreja bem como para calar a voz
e paralisar a actuação daqueles que não se alinham a este projecto demolidor.
E
antes que alguma alma imbecilizada pelo «politicamente correcto», possa ver nestas
linhas qualquer expressão de rebeldia contra a hierarquia ou incentivo ao
desrespeito ou desobediência é importante esclarecer que essas pessoas que
querem viver um cristianismo autêntico são pela ordem e pela obediência e amam os
seus pastores e a sua santa Igreja e por isso mesmo gostariam de ver os seus
bispos usando a sua autoridade não para combater a piedade e a sadia Tradição,
mas sim para fazer o que a Igreja lhes manda fazer, como por exemplo: acabar
com a influência e infiltração maçónica nas suas dioceses e nas paróquias que
as compõem; acabarem com as aberrações e abusos litúrgicos (missas shows, missas de cura, missas rústicas,
missas crioulas, baterias e instrumentos de percussão nas missas, teatros, «danças
litúrgicas», auto-comunhão, etc…), suspender ou corrigir os diversos padres que
têm ensinado heresias, cometido escândalos comprovados e praticado abusos na
sagrada liturgia; proibir bebidas alcoólicas e shows mundanos nas festas de padroeiros e outros eventos das
Igrejas.
O povo
que se vai esclarecendo gostaria imenso de ver os seus padres usarem a sua
autoridade para pregar a Verdade integral do Evangelho, sem mutilação ou
falsificação… gostariam de ver os seus sacerdotes usarem a sua autoridade para
impor o respeito e o decoro na casa de Deus exigindo de mulheres e homens
vestes e posturas decentes que condigam com a sacralidade da casa de Deus. Esse
povo gostaria de ver e ouvir padres e bispos, que a exemplo de Cristo, falassem
com autoridade, sem medo… que tivessem a coragem de pregar a Verdade e sofrer
as consequências do seu profetismo.
O que
esse povo quer ver são padres que os conduzam no estreito caminho da salvação,
que antes de tudo procurem a glória de Deus e o bem eterno do rebanho que lhes
foi confiado.
O que os
verdadeiros católicos querem ver são bispos e padres que não se acovardem
diante dos lobos que procuram devorar e destruir o rebanho; que levem as
pessoas a viverem na graça de Deus e na santidade, que por amor ao rebanho
denunciem o pecado e as situações de pecado. Que exortem as famílias a terem
vida de oração, a viverem na graça, a rejeitarem as novelas imundas e
pervertedoras, que denunciem os programas e ambientes que fazem perder a
amizade e a comunhão com Deus.
Os verdadeiros
católicos querem ver os seus pastores guiá-los na Verdadeira fé, ajudando-os a
perceber a coerência entre o que se professa e o que se deve viver. Querem ver os
seus padres e bispos lutando pela vida contra o aborto, pela família contra a
ideologia gay e de género, contra o petismo-comunismo-marxismo, etc…. Os verdadeiros
católicos querem o fim dessa absurda inversão de valores dentro da Igreja onde
quem quer viver uma devota piedade e a sã Doutrina tem sofrido perseguição e
execração e quem adere ao relativismo revolucionário é aplaudido e premiado.
Por
fim resta-nos a esperança nas Palavras de Nosso Senhor Jesus Cristo que disse
que as portas do inferno não prevalecerão contra a sua Igreja.
Existem
padres e bispos que querem ser fiéis à sua missão, mas na sua maior parte
sentem-se muito encurralados, isolados e desamparados… são esses poucos padres
e bispos que alimentam espiritual e doutrinariamente essas pequenas ovelhas de
Deus, por isso é preciso rezar muito por estes e pedir para eles ao Espírito
Santo o dom da fortaleza para que sejam sempre capazes de defender a Verdade e
colocar os interesses de Deus acima de qualquer outro bem, e o dom da Sabedoria
para saberem como agir de modo a redundar na maior Glória de Deus e no bem e
salvação das ovelhas que custaram o sangue de Cristo.