Heduíno Gomes, militante n.º 7210 do PPD-PSD
Sumário
1 – Enquadramento e apresentação do candidato
2 – A ideologia política e a política do candidato
2 – A ideologia política e a política do candidato
3 – A visão da cultura do candidato
4 – O sistema de ensino do candidato
5 – A economia do candidato
6 – O desenvolvimento regional do candidato
7 – A visão social do candidato
8 – A concepção do Partido e da Jota do candidato
9 – O nível intelectual e político e o estilo literário
da excelsa obra do candidato
5 – A economia do candidato
6 – O desenvolvimento regional do candidato
7 – A visão social do candidato
8 – A concepção do Partido e da Jota do candidato
9 – O nível intelectual e político e o estilo literário
da excelsa obra do candidato
3 – A VISÃO DA CULTURA DO CANDIDATO
Há tempos a esta parte que o candidato anda em pre-campanha, a dar entrevistas. Independentemente de ligações subterrâneas – por vezes nunca confessadas e nem sempre confessáveis – entre as vedetas fabricadas e os media, e inerentes boleias, sabemos do interesse específico da imprensa tablóide e semi-tablóide por personagens como o candidato, o Santana, o Abel Xavier ou o José Castelo-Branco – cada um no seu género, para o segmento específico de mercado e na rubrica adequada.
Numa dessas entrevistas, o candidato deu conta das suas façanhas intelectuais precoces. Não lhe faço a injustiça de Pacheco Pereira – retomada pelos invejosos croniqueiros de jornais e blogues, sempre prontos para críticas de mexericas –, que o acusou de dizer ter lido um texto que não existe exactamente com o título que citou. Pode o candidato ter-se armado em intelectual precoce e isto é porventura todo o seu crime. Mas se, de facto, leu em miúdo o texto de Sartre O Ser e o Nada – Ensaio de Ontologia Fenomenológica, que importância terá não se lembrar exactamente, hoje, à distância, do complicado nome e chamar-lhe Fenomenologia do Ser?
Quem não leu tal texto nem tenciona lê-lo sou eu – quanto muito, já agora, por curiosidade, irei folheá-lo se e quando me aparecer à frente. Para mim, à partida, Les mouches que Sartre lá tenha depositado são as mesmas independentemente do título do balde.
(Aproveitando o ensejo, e mantendo-me no âmbito destes problemas laranjas, muito profundos, eu gostaria de saber porque é que o acusador inicial desse suposto crime, o colega de cavaquismo Pacheco Pereira, não utilizou o mesmo tão rigoroso critério e não fez o mesmo estardalhaço quando o patrão Cavaco confundiu Thomas Mann com Thomas Moore, quando disse que Os Lusíadas têm nove cantos ou quando manifestou o seu especial apreço por «Amadeus», essa genial obra de Mozart.)
Contudo, há dúvidas que me surgem inevitavelmente no espírito quando vejo os autores e títulos que o candidato cita na tal entrevista. Estará na overdose de ilustração precoce a origem das suas actuais confusões intelectuais? Será que Sartre e Kafka, com os seus insectos, metamorfoseados de larvas ou de humanos, lhe curto-circuitaram os neurónios, e daí hoje não compreender o elementar?
Vamos então à cultura do candidato – melhor, à visão que o candidato tem do conteúdo da cultura, à qual dedica um capítulo.
Numa dessas entrevistas, o candidato deu conta das suas façanhas intelectuais precoces. Não lhe faço a injustiça de Pacheco Pereira – retomada pelos invejosos croniqueiros de jornais e blogues, sempre prontos para críticas de mexericas –, que o acusou de dizer ter lido um texto que não existe exactamente com o título que citou. Pode o candidato ter-se armado em intelectual precoce e isto é porventura todo o seu crime. Mas se, de facto, leu em miúdo o texto de Sartre O Ser e o Nada – Ensaio de Ontologia Fenomenológica, que importância terá não se lembrar exactamente, hoje, à distância, do complicado nome e chamar-lhe Fenomenologia do Ser?
Quem não leu tal texto nem tenciona lê-lo sou eu – quanto muito, já agora, por curiosidade, irei folheá-lo se e quando me aparecer à frente. Para mim, à partida, Les mouches que Sartre lá tenha depositado são as mesmas independentemente do título do balde.
(Aproveitando o ensejo, e mantendo-me no âmbito destes problemas laranjas, muito profundos, eu gostaria de saber porque é que o acusador inicial desse suposto crime, o colega de cavaquismo Pacheco Pereira, não utilizou o mesmo tão rigoroso critério e não fez o mesmo estardalhaço quando o patrão Cavaco confundiu Thomas Mann com Thomas Moore, quando disse que Os Lusíadas têm nove cantos ou quando manifestou o seu especial apreço por «Amadeus», essa genial obra de Mozart.)
Contudo, há dúvidas que me surgem inevitavelmente no espírito quando vejo os autores e títulos que o candidato cita na tal entrevista. Estará na overdose de ilustração precoce a origem das suas actuais confusões intelectuais? Será que Sartre e Kafka, com os seus insectos, metamorfoseados de larvas ou de humanos, lhe curto-circuitaram os neurónios, e daí hoje não compreender o elementar?
Vamos então à cultura do candidato – melhor, à visão que o candidato tem do conteúdo da cultura, à qual dedica um capítulo.
3.1 – Cultura ao serviço de quê?
O candidato percebe que a cultura pode ser um factor de mobilização das pessoas para a construção de um projecto (p. 233). Muito bem. Mas qual projecto mobiliza quais pessoas? O Bloco de Esquerda também tem o seu projecto cultural, que mobiliza a sua clientela. É «cultura»... Serve-lhe esta?
O candidato percebe que a cultura é também uma indústria (p. 234-235). Muito bem. Mas indústria de que produtos culturais? Havia para aí um centro de produção de cassetes vídeo de pedofilia, e até exportava. Era indústria... entravam divisas... Serve-lhe qualquer indústria?
O candidato percebe que a cultura pode ser um modo de afirmação do País (p. 235). Muito bem. Os «Morangos com Açúcar» foram exportados para Angola, onde têm sido muito apreciados. O Saramago é Prémio Nobel e é reconhecido por todo o mundo (isto é, em todos os países – esclarecimento para brasileiros). São afirmações do País... Servem-lhe estas afirmações?
Como se vê, não basta falar de cultura. A cultura tem sempre um conteúdo, serve sempre um estilo de vida, um projecto de sociedade, uma moral. Pode ser portadora dos valores da Civilização, dos contravalores ou do nada. Daí a grande importância do conteúdo da cultura na educação e na defesa dos valores da Civilização. Daí a guerra fria em curso, a guerra cultural. Daí a importância do posicionamento de cada um nesta guerra.
Se o candidato fala de mudança, quererá ele mudar alguma coisa na cultura – no seu conteúdo? A dominante no actual panorama português servirá ao candidato? Se a quer mudar, qual o conteúdo da cultura que propõe? De que valores é portadora? Que mensagens transmite?
Bem, no seu Mudar, é a omissão total. Zero absoluto. Um capítulo para nada! Mas se no livro a omissão é total, nós sabemos a montante que conteúdo tem a cultura do candidato.
O candidato percebe que a cultura é também uma indústria (p. 234-235). Muito bem. Mas indústria de que produtos culturais? Havia para aí um centro de produção de cassetes vídeo de pedofilia, e até exportava. Era indústria... entravam divisas... Serve-lhe qualquer indústria?
O candidato percebe que a cultura pode ser um modo de afirmação do País (p. 235). Muito bem. Os «Morangos com Açúcar» foram exportados para Angola, onde têm sido muito apreciados. O Saramago é Prémio Nobel e é reconhecido por todo o mundo (isto é, em todos os países – esclarecimento para brasileiros). São afirmações do País... Servem-lhe estas afirmações?
Como se vê, não basta falar de cultura. A cultura tem sempre um conteúdo, serve sempre um estilo de vida, um projecto de sociedade, uma moral. Pode ser portadora dos valores da Civilização, dos contravalores ou do nada. Daí a grande importância do conteúdo da cultura na educação e na defesa dos valores da Civilização. Daí a guerra fria em curso, a guerra cultural. Daí a importância do posicionamento de cada um nesta guerra.
Se o candidato fala de mudança, quererá ele mudar alguma coisa na cultura – no seu conteúdo? A dominante no actual panorama português servirá ao candidato? Se a quer mudar, qual o conteúdo da cultura que propõe? De que valores é portadora? Que mensagens transmite?
Bem, no seu Mudar, é a omissão total. Zero absoluto. Um capítulo para nada! Mas se no livro a omissão é total, nós sabemos a montante que conteúdo tem a cultura do candidato.
3.2 – Cultura da defesa da vida?
Dado que o candidato é a favor do aborto e da eutanásia, não é difícil adivinhar que as obras de arte portadoras destas mensagens mórbidas poderiam facilmente obter o seu agrément. Como, por exemplo, o fez Sampaio, enquanto Presidente da República, que conspurcou o Palácio da Presidência da República com as pinturas abortistas de Paula Rego; ou o fez Paulo Teixeira Pinto, através do BCP, que financiou a sua divulgação por um jornal diário. Trata-se de arte, de cultura, forma «superior» de intoxicação...
Pintura de Paula Rego.
Repare-se
na descontração
da abortadeira
e no pormenor
do balde
das «necessidades».
Não é de admirar, pois, que Paula Teixeira da Cruz, militante abortista, seja precisamente a coordenadora do programa do candidato nem que o financiador abortista Paulo Teixeira Pinto e outros abortistas sejam seus apoiantes. Todos comungam da mesma cultura, isto é, da contracultura da morte.
3.3 – Cultura da instituição familiar?
Como o candidato é a favor do chamado «casamento» entre os invertidos, não é difícil adivinhar que tipo de eventos culturais – como o festival de cinema dito «alegre», já financiado pela Câmara Municipal de Lisboa – poderiam receber uns cobres do Orçamento Geral do Estado caso o candidato chegasse ao poder. Ou que tipo de programas a televisão do Estado continuaria a mandar para o ar – como os filmes induzindo as crianças à homossexualidade, mandados emitir por Manuel Falcão, lá colocado e protegido por Santana Lopes, outro progressista laranja que até tem no currículo a Secretaria de Estado da Cultura (cultura!). Ou os programas de «educação sexual» nas escolas, igualmente com o mesmo fim.
Livro didáctico:
Ele + Ele
Ela + Ela
Ele + Ela
Qualquer
alternativa
é valida...
Como o candidato é abertamente a favor da liberdade de escolha, isto é, da liberdade de agressão pornográfica, não é difícil adivinhar que, no mínimo dos mínimos, com ele no poder, as coisas da cultura do omnipresente meio que é a televisão e de outros meios se manteriam como estão: na sarjeta.
Com o candidato no poder continuaríamos a assistir à contracultura da destruição da família e à construção da sociedade-bordel.
3.4 – Cultura da protecção de menores?
Além de defender a liberdade pornográfica, o candidato é a favor da legalização das drogas. Por isso também não é difícil adivinhar que a mensagem cultural das instituições do Estado, nomeadamente o sistema de ensino e Instituto da Droga e da Toxicodependência, continuassem a reflectir esta contracultura. Portanto, com o candidato lá em cima, o ambiente envolvente dos menores continuaria a ser o actual, isto é, o da sua agressão psíquica e moral. Continuaríamos a assistir à destruição daqueles que não possuem estrutura mental para resistir a essas agressões.
Eis o reservado pelo candidato, através da cultura, em matéria de protecção de menores.
3.5 – Cultura portuguesa?
Como o candidato é a favor do acordo ortográfico, obra do seu amado chefe Cavaco e do seu colega-rival-aliado-do-sistema Santana, ficamos com a noção clara do que ele iria fazer pela cultura portuguesa. Mas toda a pose intelectual que queira tomar nunca será suficiente para mascarar tal barbarismo. Pode citar todos os livros de Sartre, de Kafka e até mesmo de Cavaco (porque não também?) que, com o acordo ortográfico, nunca se safará como pessoa de cultura!
Verificamos assim que a cultura do candidato socialista-democrata coincide em grande parte com a cultura da esquerda, incluindo a do próprio Bloco de Esquerda. Excepção feita com aquela cultura literária de esquerda que, apesar do resto, felizmente se opõe ao acordo ortográfico.
Verificamos assim que a cultura do candidato socialista-democrata coincide em grande parte com a cultura da esquerda, incluindo a do próprio Bloco de Esquerda. Excepção feita com aquela cultura literária de esquerda que, apesar do resto, felizmente se opõe ao acordo ortográfico.
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1 comentário:
Parabéns pelo seu blogue! Está muito bem escrito, mas discordo com algumas criticas a P.Passos Coelho. A Social democracia é diferente da esquerda boquista. Sou militante do PSD, e penso que nunca nenhum outro presidente deste partido foi tão social democrata como parece ser e vir ser o actual.
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