Milhões de pessoas preparam-se para ver a produção "Harry Potter e as relíquias da morte. Parte 1" e alguns críticos alertam sobre a influência nociva desta saga em crianças e jovens, e o Presidente do Comité de Assuntos Canónicos do Episcopado dos Estados Unidos, Dom Thomas Paprocki, assinalou que esta saga junto à de Crepúsculo geraram um perigoso interesse das pessoas pelo ocultismo.
Em entrevista concedida à agência Catholic News Agency, em Baltimore, depois de uns dias de formação de 100 exorcistas, entre bispos e sacerdotes dos Estados Unidos, Dom Paprocki comentou que "devemos estar atentos a este tipo de temas para os jovens" já que eles e as crianças "podem ser facilmente impressionáveis".
O também Bispo de Springfield considerou logo que "um maior perigo em nossa cultura é o facto de que as pessoas não fazem parte de uma religião organizada como antes ocorria". No caso do cristianismo, explicou, "a religião une-nos à fé em Jesus Cristo. Quando as pessoas se afastam da religião e da Igreja podem começar a gerar sua própria espiritualidade".
O perigo que aparece então, explicou o Bispo, é que "podem cair no ocultismo e em coisas verdadeiramente diabólicas como rituais satânicos", o que explica nos Estados Unidos e muitos outros países o aumento de pedidos para exorcismos.
Por outro lado e numa recente crítica à última produção da saga de Harry Potter, a Rádio Vaticano assinala que este filme "está repleto de um profundo pessimismo, de uma espessa escuridão e falta de humor. Não há brincadeiras, não existe camaradagem nem surpresas divertidas".
No opinião da RV o filme exalta a traição, o ódio e a destruição, perante o que é necessário a eficácia da varinha mágica ou das poções misteriosas...
Por sua parte o prestigioso semanário norte-americano Our Sunday Visitor destacava que as obras de Rowling apresentam a bruxaria de forma positiva e a magia de maneira encantadora.
Os livros de Potter podem induzir a uma visão tolerante e favorável do New Age ou o simples esoterismo.
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