O Senado francês pronunciou-se contra a legalização da eutanásia após um debate intenso sobre uma proposta de lei para instaurar “uma assistência médica para morrer”.
A maioria dos senadores suprimiu o conjunto dos artigos do texto, apresentado por três dos seus colegas Jean-Pierre Godefroy (socialista), Alain Fouché (maioria governamental) e Guy Fischer (comunista).
Na véspera do debate, segunda-feira, o Primeiro-ministro François Fillon opôs-se à eutanásia, convidando a sua maioria no Senado a fazer o mesmo.
O essencial da proposta de lei estava no seu artigo primeiro,entretanto suprimido. “Qualquer pessoa capaz maior, em fase avançada ou terminal de uma doença acidental ou patológica grave e incurável, que lhe inflige um sofrimento físico ou psíquico, que não pode ser aliviado ou que julga insuportável, pode pedir para beneficiar (...) de uma assistência médica que permita, por um acto deliberado, uma morte rápida e sem dor”, referia o texto.
No hemiciclo, o ministro da Saúde falou “de eutanásia”, que “vai contra os nossos fundamentos jurídicos”.
Xavier Bertrand invocou “os doentes de Alzheimer, que não podem manifestar a sua livre e espontânea vontade”.
O mesmo ministro defendeu o desenvolvimento dos cuidados paliativos.
Durante o longo debate, os oradores referiram-se a Vincent Humbert, um jovem tetraplégico que a sua mãe ajudou a morrer em 2003.
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