Eduardo Lucas Coelho
Prezada Lusitânia: Embora não sendo especialista de ortografia, também sou contra o denominado «acordo ortográfico», pelas razões substanciais que têm sido invocadas, entre outras. O «acordo ortográfico» é numa palavra indesejável do ponto de vista de Portugal. E creio que também o é do ponto de vista dos denominados Países de língua portuguesa.Posto isto, um aspecto que tem sido descurado é o da roupagem jurídica do «acordo», o tratado respectivo e seu valor. Com efeito, o acordo tem a forma de um tratado internacional. Será o tratado válido? Terá o tratado entrado em vigor? Se qualquer destas perguntas tiver resposta negativa, estamos bem. Se não, não estamos tão bem. Agora, as estratégias contra o «acordo ortográfico» - contra, evidentemente, porque o «acordo ortográfico» é indesejável - têm de ser concebidas em sintonia com as duas hipóteses. Não se ganha nada em andar a misturá-las, como tem sido feito.Escusado será dizer que a questão é muitíssimo urgente, pois o governo ora deposto - mas não em boa hora, porque a hora tardou demais - já deu passos importantes no sentido da aplicação do acordo. Com os mais cordiais cumprimentos.
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