quinta-feira, 29 de novembro de 2012

Bonecas para rapazes para
«evitar discriminação de género» na Suécia


Top Toy, a maior produtora de brinquedos da Suécia, encarregada da franquia Toys R Us nesse país, viu-se «obrigada» a publicar no seu catálogo publicitário imagens de meninas com brinquedos de armas e meninos com bonecas para não ser acusada de «discriminação de género».
Nos catálogos da Top Toy, uma menina foi apagada digitalmente de uma página com a figura da «Hello Kitty», a camiseta de outra menina, que originalmente era rosa, foi pintada de azul claro, e uma menina que tinha nos braços uma boneca de bebé foi substituída por um menino, entre outras modificações.
A loja de brinquedos sueca explicou à imprensa que tinha recebido «treinamento e guia» de uma agência auto-regulatoria de publicidade para que os seus anúncios fossem de «género neutro».
No passado, Top Toy foi repreendida pelos reguladores publicitários por «discriminação de género» num catálogo anterior, no qual aparecia um menino disfarçado de super-herói e uma menina vestida de princesa.
Em declarações recolhidas pelo jornal britânico The Daily Mail, o director de vendas da loja de brinquedos referiu que «ao longo de muitos anos, vemos que o debate de género se tornou tão forte no mercado sueco que tivemos que nos ajustar».
«Com o novo pensamento de género não há nada que seja correcto ou incorrecto. Não é uma coisa de menino ou menina, é um brinquedo para crianças», disse.
A Suécia viu-se envolvida na polémica em meados de 2011, quando foi apresentado na sua capital Estocolmo, o projecto do jardim de infância Egalia, que procurava educar os menores sem tratá-los como meninos ou meninas, para que cada um escolhesse desde pequeno a sua «orientação sexual».
Nessa ocasião, a médica psiquiatra Maíta García Trovato explicou ao grupo ACI que esta situação «além de ser absurda até poderia configurar uma forma de mau trato infantil» e sublinhou que «as crianças não são porquinho da Índia para serem submetidas a este tipo de experimentação social».
«A tentativa de introduzir a ideologia de género desde os primeiros anos de vida é uma das estratégias desenhadas pelos promotores da mesma. No afã de ‘lutar contra os estereótipos’ esquecem coisas tão óbvias como a diferença sexual que faz a complementariedade de duas pessoas e as leva a formar um bem que todas as sociedades protegem por ser o habitat do ser humano: a família», referiu.
A doutora García Trovato remarcou que «a identidade sexual é a íntima convicção que todos temos de pertencer a um determinado sexo e é uma das primeiras que se estabelecem na espécie humana».
«Porque desprezá-la? Porque despertar insegurança nas crianças neste aspecto tão importante para a sua vida? Com que propósito? Que sociedade se procura? Além disso, e não menos grave, é lícito utilizar os pequenos para experimentações sociais?», questionou.
A psiquiatra sublinhou que «as crianças têm direitos. Os adultos, têm deveres. Entre outros, o de velar pela sua segurança física, mental, emocional e moral».
 

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