Pedro Duarte no Diário Económico, 21.02.2013
O diário
italiano «La Repubblica» noticia hoje que na base da renúncia de Bento XVI
estará um relatório sobre a corrupção na Igreja.
No passado dia 17 de Dezembro, Bento XVI terá recebido um «relatório demolidor» de 300 páginas, elaborado por três dos mais experientes cardeais do Vaticano, relativamente à investigação sobre os documentos roubados da residência do Sumo Pontífice, adianta a edição de hoje do «La Repubblica».
Segundo o jornal, o documento diria que poderão ser revelados muitos escândalos sobre as lutas de poder dentro da Cúria romana, desvios de dinheiro e a verdadeira força do poder do «lobby gay» na Igreja, informações que seriam tão «demolidoras» que convenceram o Papa a decidir que o melhor caminho a seguir seria o de deixar o cargo, de modo a permitir que um Pontífice mais novo e enérgico tome o poder no Vaticano e leve a cabo uma «limpeza profunda» da Igreja.
«Tudo gira em torno da observação do sexto e sétimo mandamentos: não cometerás actos impuros e não roubarás», disse ao periódico uma fonte «muito próxima» dos autores do relatório.
O «La Repubblica» recorda um escândalo que estalou em 2010, quando foi descoberto que um membro do coro da Capela Musical da Basílica Papal de São Pedro no Vaticano, o nigeriano Chinedu Eheim, oferecia serviços sexuais com menores, incluindo seminaristas, e que estes tinham lugar tanto em Roma como dentro das paredes do próprio Vaticano.
«Existe uma rede transversal unida pela orientação sexual. Pela primeira vez, a palavra ‘homossexualidade' foi pronunciada e lida em voz alta a partir de um texto no apartamento de Ratzinger. E pela primeira vez foi falado, embora em Latim, sobre a palavra ‘chantagem'(‘Influentiam')», lê-se no texto do jornal, que cita as revelações que os cardeais teriam feito ao Papa durante a apresentação secreta das suas conclusões finais.
Como consequência, prossegue o «La Repubblica», Bento XVI decidiu demitir-se, afirmando que «este relatório deve ser entregue ao próximo Papa, que deverá ser bastante forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que o espera».
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No passado dia 17 de Dezembro, Bento XVI terá recebido um «relatório demolidor» de 300 páginas, elaborado por três dos mais experientes cardeais do Vaticano, relativamente à investigação sobre os documentos roubados da residência do Sumo Pontífice, adianta a edição de hoje do «La Repubblica».
Segundo o jornal, o documento diria que poderão ser revelados muitos escândalos sobre as lutas de poder dentro da Cúria romana, desvios de dinheiro e a verdadeira força do poder do «lobby gay» na Igreja, informações que seriam tão «demolidoras» que convenceram o Papa a decidir que o melhor caminho a seguir seria o de deixar o cargo, de modo a permitir que um Pontífice mais novo e enérgico tome o poder no Vaticano e leve a cabo uma «limpeza profunda» da Igreja.
«Tudo gira em torno da observação do sexto e sétimo mandamentos: não cometerás actos impuros e não roubarás», disse ao periódico uma fonte «muito próxima» dos autores do relatório.
O «La Repubblica» recorda um escândalo que estalou em 2010, quando foi descoberto que um membro do coro da Capela Musical da Basílica Papal de São Pedro no Vaticano, o nigeriano Chinedu Eheim, oferecia serviços sexuais com menores, incluindo seminaristas, e que estes tinham lugar tanto em Roma como dentro das paredes do próprio Vaticano.
«Existe uma rede transversal unida pela orientação sexual. Pela primeira vez, a palavra ‘homossexualidade' foi pronunciada e lida em voz alta a partir de um texto no apartamento de Ratzinger. E pela primeira vez foi falado, embora em Latim, sobre a palavra ‘chantagem'(‘Influentiam')», lê-se no texto do jornal, que cita as revelações que os cardeais teriam feito ao Papa durante a apresentação secreta das suas conclusões finais.
Como consequência, prossegue o «La Repubblica», Bento XVI decidiu demitir-se, afirmando que «este relatório deve ser entregue ao próximo Papa, que deverá ser bastante forte, jovem e santo para poder enfrentar o trabalho que o espera».
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