quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cai um símbolo invertido?


Austin Ruse
A ONU e outros responsáveis por políticas públicas notaram que os pais de Matthew Shepard tornaram-se os principais porta-vozes dos direitos dos invertidos no mundo inteiro.

Eles apareceram na ONU e recentemente fizeram também uma tournée em várias capitais da Europa com o patrocínio do Departamento de Estado dos Estados Unidos, que fizeram dos direitos LBGT o foco prioritário da política externa americana.

Matthew Shepard era um jovem que foi brutalmente assassinado em Outubro de 1998. Quase que a atenção do mundo inteiro se voltou imediatamente para a especulação de que os assassinos de Shepard o torturaram e mataram por ódio de ele ser invertido. Os assassinos amarraram-no a uma cerca nos arredores da cidade de Laramie, Wyoming, e a sua morte foi comparada à crucificação de Jesus Cristo.

Dias depois da sua morte Shepard tornou-se o símbolo dos invertidos nos EUA e no mundo. Um editorial do jornal New York Times da época sugeria que Shepard era o representante que o movimento invertido precisava a tempo inteiro. Ele era jovem, bonito e inocente.

A tempo inteiro estavam os pessimistas em relação ao caso de Shepard. A crítica social Camille Paglia escreveu no site Salon que Shepard tinha preferência pelo que se chama «prostituição invertida» e que ele poderia ter sido morto por isso. Os detectives nessa época indicaram que a probabilidade era que a morte dele tinha mais ligação com as drogas do que com o facto de ele ser invertido. Um segmento do programa ABC 20/20 vários anos mais tarde explorou essa possibilidade.

Contudo, um livro recente escrito por Steven Jiminez, um premiado jornalista invertido, vai muito mais longe do que os antigos críticos do caso Shepard. Jiminez foi a Laramie há muitos anos fazer entrevistas para um roteiro de filme sobre a vida e a morte de Shepard. Imediatamente ele começou a ouvir histórias sobre Shepard que nunca tinham sido noticiadas e que contradizem categoricamente a noção de que ele foi morto por ser invertido.

O «The Book of Matt» (O Livro de Matt) revela que os habitantes da cidade sabiam há muito tempo, que Shepard estava muito envolvido nos ambientes de drogas em Laramie, pode ter sido um traficante ocasional de drogas, e até mais importante, ele conhecia os seus assassinos. Mais do que isso, ele e os seus assassinos tinham feito sexo juntos.

Um dos conceitos da história dominante era que Shepard não conhecia os seus assassinos, e que eles entraram no bar Fireside naquela noite às 11 horas e 45 minutos convencendo de alguma forma um desconhecido, Shepard, a sair com eles 15 minutos mais tarde. De acordo com o livro de Jiminez, Shepard conhecia os seus assassinos muito bem. O livro também examina com atenção que Shepard foi morto porque tinha um novo depósito de metanfetamina e os assassinos queriam a mercadoria. O livro traz também a informação de que o seu principal assassino, Aaron McKinney, estava usando metanfetamina cinco dias seguidos, um estado propenso à violência maníaca.

O livro tem sido noticiado recentemente na imprensa invertida e também na imprensa conservadora, mas não parece ter alcançado os media. As coisas poderão mudar quando o livro for finalmente lançado em 1 de Outubro. Mas permanece a pergunta: Essa nova história alterará de algum modo a história dominante que está ajudando tão bem o movimento invertido? Se Matthew Shepard foi morto estritamente por causa de drogas por um homem que por algum tempo foi o seu parceiro sexual, o que isso acarretará para a sua condição de mártir na comunidade invertida e no mundo em geral, inclusive para a ONU?





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