Nuno Serras Pereira
Eu sei que parece incrível mas confesso que sempre pensei que a função ou melhor
a missão de um órgão de informação católico fosse a de informar e a de formar.
Porém, tenho verificado que é exactamente o contrário. A extraordinária emissora católica (?) do episcopado
português tem, mais uma vez, vindo a demonstrar exactamente o contrário –
embora depois dê aparências de emendar a mão com uma Nota que não passa de uma
minúscula ilha no vasto oceano dos serviços noticiosos.
Não obstante, os leitores dos garatujos que vou esboçando estejam habituados a
ler, sempre com crescente espanto, as minhas estravagâncias inconcebíveis,
estou em que se desatasse a redigir artigos sobre os quadrados triangulares ou
sobre as circunferências rectangulares não duvidariam que tinha ultrapassado
infinitamente todos os limites do razoável. Pois… Mas ninguém se assombra com as repetições ao longo do dia, todos os dias, na
«informação» da rr da expressão «casais
homossexuais» (sic = assim mesmo). Se isto não é desinformação nem
deformação então não existe diferença alguma entre a verdade e a mentira, o
certo e o errado, a realidade e a alucinação delirante.
E, no entanto, seria tão fácil dizer: os pseudocasais homossexuais; ou os
impropriamente (falsamente) chamados casais homossexuais; ou entre pessoas do
mesmo sexo a que uma lei injusta e, portanto, carecida de qualquer autoridade
ou valor denomina de casais homossexuais, etc. Claro que poderá sempre
argumentar-se que não é prático, que são frases extensas…
Mas entre ter que dizer mais algumas palavras e não ser objectivamente cúmplice
da propaganda da ideologia do género a escolha parece-me clara. Além de que não
só se deixa de incutir nas mentalidades dos ouvintes essa venenosa e perversa
ideologia como, pelo contrário, se infunde a verdade nas consciências dos
mesmos.
À Honra e Glória de Cristo, Caminho, VERDADE, e Vida. Ámen.
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