O antigo dirigente da associação que gere as pequenas e
médias empresas no país está acusado, juntamente com mais dois suspeitos, de
ter desviado 8,7 milhões de euros em fundos
comunitários, sendo que deste valor, mais de um milhão
foi enviado para 60 offshore, um deles localizado nas Caraíbas, conta o Jornal de Notícias (JN, 11.3.2014).
São ao todo 8,7 milhões de euros de fundos comunitários designados à formação
que terão sido desviados, de acordo com o Ministério Público do Tribunal de
Braga e com a Inspecção de Finanças.
A informação é avançada pelo JN, que apurou junto de fonte ligada ao processo
que dos 11 milhões de euros dados por
Bruxelas, no âmbito do Fundo Social Europeu, não foi justificado o gasto destes
8,7 milhões.
O crime terá sido praticado pelo ex-presidente da Associação das Pequenas e
Médias Empresas (PME Portugal), Joaquim da
Rocha Cunha.
À semelhança do gestor, estão também acusados de fraude na obtenção de subsídio
e desvio de subsídio a mulher, Lurdes Mota
Campos e Paulo Lima Peixoto.
Ao que consta, mais de um milhão de euros foram mesmo enviados para 60 paraísos
fiscais em vários pontos do mundo, incluído nas Caraíbas.
Esta evolução no caso, que remonta a 2008, deve-se à Operação Furacão, na qual
se verificou que um banco americano era titular de uma das contas naqueles
offshore.
O advogado de Joaquim da Rocha Cunha, Marcelino Pires, confirmou ao JN que já
recebeu a informação, mas que ainda não chegaram quaisquer documentos.
A denúncia surgiu devido a uma queixa escrita apresentada por três
ex-funcionárias ao Ministério Público.
Sem comentários:
Enviar um comentário