segunda-feira, 29 de setembro de 2014


Quando um Estado não se dá ao respeito


Pedro Quartin Graça

Selvagens:
independentistas vão pagar multa
de quatro euros


Os dois independentistas das Canárias, membros do ANC com ligações à Frente Polisário, que, na segunda-feira, protagonizaram um protesto nas Ilhas Selvagens, ficaram alojados num hotel no Funchal, Madeira, não foram detidos e, inclusive, «apanharam uma boleia» da Marinha no seu regresso ao Funchal por não disporem de meios de transporte.

Pela invasão e ocupação do território nacional foram multados em, pasme-se, apenas quatro(!!!) euros, por terem pernoitado nas Ilhas Selvagens, sem autorização da gestão do Parque Natural da Madeira. Foram, ademais, muito bem tratados pela Marinha e pelas autoridades portuguesas.

Eis o resultado da forma ligeira como o Governo de Portugal tratou do assunto. Da forma ligeira e, sobretudo, do erradíssimo entendimento que por parte dos governantes portugueses existiu relativamente ao incidente em causa.

A este propósito, vejam-se as nossas próprias declarações ao Diário de Notícias da Madeira:

«Quando uma parte do território é ocupada e hasteiam uma bandeira que não é nossa o mínimo é enviarem meios aéreos e não um barco» (...) «O Governo reagiu de forma muito lenta e pouco ousada» (...) «os poucos recursos alocados à defesa fazem com que «nos tomem o pulso e façam o que entendem». (...)  «Há uma parte do território ocupado e o Governo português está mudo» (...) «Isto não é mais um incidente, faz parte de uma escalada de incidentes e desta vez até foram mais longe» (...) e, por último, é «inacreditável que um Governo não reaja de forma firme a um desaforo destes». «Quem está a reagir é a sociedade civil», concluímos, não deixando de apontar a «irresponsabilidade total» do Governo da República já que (...) «o facto de se tratar de um movimento separatista não é caso para desvalorizar a questão, já que há vários exemplos destes pelo mundo em que se põe em causa a soberania dos países.»

Esta atitude do Governo português é demonstrativa de uma enorme incapacidade de análise e de total ausência de sentido de responsabilidade que seria expectável por parte de um Governo que encarasse de forma séria a conjuntura geo-estratégica internacional. Estamos, infelizmente, entregues a um grupo de amadores.



COMENTÁRIO:

Daquela inteligência em Ministro da Defesa, que já promoveu exercícios militares com o arqui-inimigo castelhano para poupar dinheiro, o que se esperava?

Sem dúvida que Aguiar Branco é a maior galinha tonta que já passou pela Defesa Nacional desde que Portugal existe. O Botelho Moniz e mesmo o Silvano Ribeiro, este Ministro da Defesa do Vasco Gonçalves, comparados com esta galinha tonta, eram capazes de ser inteligentes e patriotas.





Sem comentários: