Heduíno Gomes
Em boa a verdade, a ortografia não é assunto que se referende por constituir matéria a ser tratada por especialistas — competentes e não por broncos ou vendidos a interesses —, no exercício da autoridade do Estado que defenda a identidade nacional — Estado que não temos.
Esta acção política do referendo não é propriamente para decidir da correcta ortografia mas apenas se destina a travar esse crime contra a língua portuguesa iniciado por Santana Lopes-Cavaco e continuado pelos sucessivos políticos medíocres que nos têm governado ao longo destes decénios.
Eis os elementos essenciais sobre a iniciativa.
Recolha de assinaturas está em marcha.
Personalidades das áreas da política, artes, cultura e académicos estão a recolher assinaturas para um referendo ao Acordo Ortográfico (AO1990) e questionam sobre a matéria os candidatos a cargos políticos nas próximas eleições.
Finalmente, os cidadãos podem pronunciar-se sobre um assunto que sempre foi decidido e imposto sem lógica.
Da lista fazem parte escritores, professores e cientistas, políticos, comentadores, jornalistas, todos juntos numa iniciativa que nasceu em Abril passado num fórum realizado na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa com o título «Pela Língua Portuguesa, diga NÃO ao Acordo Ortográfico de 1990».
Além do referendo, os promotores querem também perguntar às forças políticas e aos candidatos presidenciais o que pensam sobre o Acordo, se o utilizarão no exercício do cargo caso sejam eleitos, de que forma Portugal se deve de desvincular (se for o caso) e em que sentido votarão a iniciativa de referendo na Assembleia da República.
A iniciativa tem 52 mandatários. O referendo, segundo a Constituição (artigo 115.º – 2) pode resultar de iniciativa de cidadãos dirigida à Assembleia da República. São necessárias 75 mil assinaturas.
Onde Assino?
https://referendoao90.
https://referendoao90.
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