quinta-feira, 30 de julho de 2015
Um eloquente caso de desinformação
da «honesta» esquerda
Carlos Peixoto
Peste grisalha
Alguma esquerda concertada conseguiu arrastar alguns cidadãos de bem para o coro de insultos que indignamente grassa pelas redes sociais contra o cabeça de lista do PSD/CDS no distrito da Guarda, eu próprio.
Para esses, aqui fica a nota de que expressões desinseridas do texto que lhes garante o seu sentido autêntico, são susceptíveis de originar gravíssimos erros na sua interpretação.
Assim sucedeu com a expressão «peste grisalha» que eu utilizei num artigo que em 2013 escrevi no Jornal «I» e que agora, foi recuperado com propósitos eleitoralistas e caluniosos.
Como disse Victor Hugo, «uma calúnia na imprensa é como relva num belo prado, cresce por si própria».
Quem me conhece sabe bem que respeito e lido educadamente com todos, seja qual for a raça, a origem, o sexo, a idade, os credos, o estatuto socio-económico e a ideologia politica de cada um.
Só coléricos desprovidos de juízo podem pensar ou presumir que tenho alguma coisa contra quem é grisalho ou quem tenha cabelos brancos. Tenho-os eu, os meus irmãos, os meus pais e, se Deus quiser, há-de tê-los o meu filho, todos aqueles a quem mais quero.
Qualquer pessoa de bem e de boa fé que lide comigo, sabe que não é o meu exemplo de vida denegrir ou atacar quem quer que seja.
A expressão de que se fala não é minha e, que eu saiba, nunca suscitou a ira de ninguém quando outros a usaram.
Aparece em vários livros e publicações portuguesas e estrangeiras e em diversos estudos académicos que se debruçam sobre questões relacionadas com a demografia, como são exemplo «O envelhecimento da sociedade portuguesa», Maria João Valente Rosa, Fundação Francisco Manuel dos Santos, onde se escreve «O envelhecimento demográfico surge-nos como um processo que é urgente banir, uma «peste grisalha» como é por vezes referido, porventura mais grave para a sobrevivência das sociedades que outras pestes que devastaram populações no passado.» e «Jornalismo de Ciência, Universidade Nova de Lisboa, revistan.org, onde se escreve numa tese de mestrado «A verdadeira discussão de uma estratégia política ainda está por fazer. Apesar dos números, Portugal ainda não está preparado para dar importância à qualidade de vida de uma «peste grisalha» da população e limita-se a discutir uma política de velhice.»
Está bem de ver que esta expressão, de autoria alheia, foi usada apenas e tão só para caracterizar o fenómeno do envelhecimento populacional e os perigos que ele representa para as sociedades contemporâneas.
Nada tem de pessoal, não tem ninguém como destinatário e não tem conotação acintosa ou negativa.
Quem quer ser sério, sabe bem que é assim.
Quem quiser continuar a optar por um misto de ignorância, de malvadez e de oportunismo, continuará a vociferar contra a minha pessoa.
Como disse um dia Oscar Wilde, «O jornalismo moderno tem uma coisa a seu favor. Ao oferecer-nos a opinião dos deseducados, ele mantem-nos em dia com a ignorância da comunidade».
Haja, pois, decência, mesmo daqueles que apostam no assassínio do meu carácter.
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