quinta-feira, 27 de outubro de 2016


A questão da rapariga

que não entrou para medicina...




Heduíno Gomes

1 — O sistema de ensino, desde a 1.ª classe, está viciado pela base: programas e didáctica das «novas pedagogias» e da chamada «democratização do ensino», que produzem baixa qualidade e confusão. Não conheço nenhum partido e respectivo ministro que não esteja afectado por esta filoxera que anda a destruir o ensino. Desde os Justinos a Marçais Grilos, passando por Robertos Carneiros, e tendo logo começado com o Veiga Simão... Qualquer estudante inteligente (não digo esperto ou marrão), pode no sistema em vigor tornar-se médio ou mau aluno. E o nível dos que têm notas altas é duvidoso.

2 — Um sistema destes favorece a feminização do ensino, o que provoca ainda mais o abaixamento da qualidade. [ Machista!!!!!!!!...  :-) ] Depois, como o mercado de trabalho regula um tanto, há sempre as caixas das grandes superfícies para solucionar a coisa...

3 — A avaliação do próprio sistema está falsificada: facilitista e não verdadeiramente uniformizada a nível nacional. A inflação das notas é uma vergonha, autêntico caso de polícia. E agora até a ginástica vai contar para a média... Qualquer dia, os «novos pedagogos» vão colocar na avaliação a habilidade em jogos nos telemóveis, para o que arranjarão uma designação em pedagogês (qualquer coisa do género «aptidão intelecto-motora»).

4 — A Nação tem de formar médicos e outros especialistas — que custam caro, bastante caro — segundo as necessidades de Portugal. Não pode ser ao apetite de cada um... («Eu gostava de ser astronauta e vou ficar muito infeliz se não for»...)

Posto isto, eu sei lá o que é que a miúda sabe e o que vale? Nem ela sabe o que sabe em comparação com outros! E os (as) que tiveram mais décimas e entraram, a mesma coisa.

Porque é que os programas são pobrezinhos e a didáctica é estapafúrdia?

Porque é que não há exames nacionais à séria?

Porque é que não são as próprias faculdades de medicina a examinar os candidatos, como era antigamente? O examezinho de aptidão... e a faculdade escolheria os melhores de acordo com os seus critérios próprios... e de acordo com as necessidades da Nação!!! (E não de interesses individuais ou corporativos...)






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