sábado, 24 de outubro de 2009

O fim da Igreja de Inglaterra

O Papa Bento XVI é um Santo que é muito inteligente.
De uma penada, resolveu um imbróglio triste e difícil com mais de 400 anos.
A Igreja Anglicana (também denominada Igreja da Inglaterra, em inglês Church of England) era a Igreja cristã estabelecida oficialmente na Inglaterra e o tronco principal da Comunhão Anglicana Mundial, também denominada Igreja Episcopal (principalmente nos Estados Unidos e na Austrália).
Relembre-se que no ano já longínquo de 1534, a Igreja de Inglaterra separara-se da Igreja Católica Romana, por iniciativa do rei Henrique VIII, valendo-se de uma questão pessoal e política deste com o Papa Clemente VII, relacionada com o pedido de anulação do seu casamento com Catarina de Aragão.
Segundo foi agora anunciado, e mediante uma Constituição Apostólica a publicar brevemente, o Papa e a Igreja Católica Romana abrirão as suas portas de par em par e acolhem na caridade fraterna os anglicanos que o pedirem, mantendo estes a sua herança litúrgica.
Quando a citada Constituição Apostólica entrar em vigor, entre 30 a 50 bispos anglicanos (note-se o número) e todos os fiéis que quiserem uma comunhão plena com Roma e denunciam, entre outros aspectos, a ordenação de mulheres e a celebração de casamentos entre homossexuais, vão integrar a Igreja Católica.
O escândalo histórico da separação das duas Igrejas cristãs desapareceu, na exacta medida do desaparecimento, enquanto tal, da Igreja de Inglaterra.
O que subsistiu é um puro equívoco.
Ou seja, nada.

Miguel Alvim [O Inimputável]

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