sábado, 14 de novembro de 2009
Como não se separam as águas, nem nos conteúdos nem nas formas
Da sua actuação pública, já se sabia que Bagão Félix não é grande separador de águas. Quem acha que os políticos católicos ficam libertos da canga da ética ao assumirem cargos governamentais (afirmado em conferência em Junho de 2009, no Opus Dei, Oratório São Josemaria, Montes Claros) de facto não poderá ser grande separador de águas. A um credenciado democrata-cristão e professor de ética não fica nada mal...
Agora, no jornal Público de 24.10.2009, veio ele também cumprir o seu dever de dizer qualquer coisa sobre o monstrozinho Saramago. Não acrescenta absolutamente nada, mesmo àqueles que já relativizam a Bíblia, mas apareceu. E começa bem:
«Não sou apreciador da escrita de José Saramago, mas não desconsidero a sua obra literária.»
Qual obra literária não desconsidera? A obra globalmente contra a visão cristã do mundo e da vida? A obra «estética» da falta de pontuação assassina da língua portuguesa? Pois qualquer coisa destas é para desconsiderar!
Com esta sua frase introdutória, tal como o padre Carreira das Neves a tocar violino no debate televisivo com Saramago, Bagão Félix fica bem «com Deus» e com o diabo. Desta maneira politicamente correcta, «não desconsiderando» essa farsa da «obra literária» saramagonhola, contribui não só para a aceitação passiva dos mitos do inimigo como até para os cimentar na opinião pública.
Professor Bagão, sobre Saramago aprenda com D. Duarte, de cognome «O Segundo Eloquente»!
Heduíno Gomes
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