A que laços que nos «entrelaçam» se referirá este historiador de meia-bola?
A Aljubarrota?
À ocupação filipina de 60 anos?
À Guerra da Restauração de 28 anos que deveriam envergonhar os abrilistas cansados de 14 anos de guerra suave?
À Guerra das laranjas do Godoy e da rainha espanhola sua amante?
À ocupação de Olivença desde 1801 e que recusam devolver apesar do Tratado de Viena de 1815?
À Guerra Peninsular ao lado de Napoleão visando esquartejar Portugal?
Ao apoio de Afonso XIII aos arruaceiros republicanos para desestabilizar Portugal?
Ao plano de Franco nos anos 20 do séc. XX para ocupar Lisboa?
Aos planos quer falangistas quer republicanos para anexarem Portugal, aqui pertinho no tempo, em 1936-1939, plano que Salazar sabiamente soube furar?
Ao desejo traumático de anexação que perdura nos castelhanos?
Madail só tem uma atenuante: é ignorante destas coisas, como, aliás, a maioria dos Portugueses o são. Por isso faz diplomacia paralela irresponsável e repete frases feitas, idiotas, que ouve a outros como ele.
Heduíno Gomes
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Ver http://pt.wikipedia.org/wiki/Guerra_Peninsular e outros episódios da História de Portugal em Wikipédia.
Guerra Peninsular
Monumento aos heróis da Guerra Peninsular.
A chamada Guerra Peninsular sucedeu no início do século XIX, na Península Ibérica, integrando o evento mais amplo das Guerras Napoleónicas. Envolveu Portugal, Espanha, Grã-Bretanha e França, com repercussões além da Europa, na independência da América Latina.
A Guerra Peninsular entre 1807 e 1814, tem uma sequência de eventos envolvendo a península que remontam à Campanha do Rossilhão (1793-95), quando tropas de Portugal reforçam as da Espanha, integrando a primeira aliança liderada pela Inglaterra contra a França revolucionária.
A partir da ascensão de Napoleão Bonaparte ao poder (1799), a Espanha alia-se à França para, por meio da invasão e da divisão de Portugal entre estes, atingir indirectamente os interesses comerciais do Reino Unido da Grã-Bretanha e da Irlanda (Guerra das Laranjas, 1801).
Em Julho de 1807, com os acordos secretos de Tilsit, vai no entanto abrir-se um novo capítulo na guerra europeia. Em Agosto, enquanto Napoleão faz concentrar tropas em Baiona para a invasão de Portugal, os representantes da França e de Espanha em Lisboa entregaram ao príncipe regente de Portugal, dom João, os seus "pedidos": Portugal teria que se juntar no bloqueio continental que a França decretara contra a Inglaterra; fechar os seus portos à navegação britânica; declarar a guerra aos ingleses; sequestrar os seus bens em Portugal, e prender todos os ingleses residentes.
Em 5 de Setembro de 1807, o general Andoche Junot está já em Baiona a cuidar dos últimos preparativos das tropas que irão invadir Portugal[1], antes de obter uma resposta definitiva do príncipe regente de Portugal, e antes mesmo de Napoleão assinar o Tratado de Fontainebleau com a Espanha (27 de outubro de 1807), no que parecia ser o projecto de uma repartição do território português em três novas unidades políticas:
Lusitânia Setentrional - território entre o rio Minho e o rio Douro, um principado a ser governado pelo soberano do extinto reino da Etrúria (então Maria Luísa, filha de Carlos IV de Espanha);
Algarves - região compreendida ao sul do Tejo, a ser governada por Manuel de Godoy, o Príncipe da Paz, primeiro-ministro de Carlos IV, com o título de rei; e
Resto de Portugal - território circunscrito entre o rio Douro e o rio Tejo, região estratégica pelos seus portos, a ser administrada directamente pela França até à paz geral.
Tornando aparente à Espanha querer cumprir o Tratado de Fontainebleau, Napoleão ordena a invasão de Portugal, iniciando o que se denomina por Guerra Peninsular (1807-1814), cuja primeira parte é conhecida como invasões francesas a Portugal.
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