segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Notas ao Prós e Contras de 6.9.2010 sobre o processo Casa Pia

Heduíno Gomes

A grande jornalista Fátima, que ainda não aprendeu que um intervalo de tempo não é necessariamente um interregno, destacou-se assim.
A dar achegas a ajudar o Daniel Oliveira, por sua vez a atacar a Justiça.
A interromper sistematicamente o juiz Rui Rangel, que defendia a Justiça.
A juntar-se com intimidade ao colega de tribo Cruz, tratando-o por tu – tudo malta de Hollywood.
A invocar a «responsabilidade social» (???!!!) do Cruz.
A referir-se a Soares Louro como um «grande casapiano» (???!!!).

O grande «marxista»-subjectivista Daniel Oliveira, que, como de costume, alinhou pela defesa da bandalheira, destacou-se assim.
Dúvidas, dúvidas, dúvidas, sobre a culpabilidade dos réus, como se o tribunal não dispusesse de provas. Subjectivismo a mais para quem continua a chafurdar no «marxismo»...
Chamou «abutres» às pessoas que exigem o castigo dos criminosos pedófilos e invertidos, isto é, às pessoas que exigem justiça.
Explica o envolvimento do inocente Cruz por ter de haver alguém conhecido na tramóia – eis a razão escondida do envolvimento do actor melhor que apresentador...
Defende o Pedroso, pretendendo que a acusação apenas visava decapitar o PS.

O grande jurista Marinho Pinto, bastonário particular dos advogados das causas do PS e dos criminosos condenados por pedofilia, destacou-se assim.
Defendeu o Ritto!!! Grande lata!!!
Lançou poeira sobre os factos e o direito para nada se poder concluir.
Colocou palavras na boca do juiz Rui Rangel para o poder atacar.
Invocou a falha no juízo de algum caso raro para poder generalizar a todos os juízos.
Definiu o papel do advogado como a «defesa intransigente dos interesses do acusado». Dos interesses sobre a verdade...
E, numa tentativa de impor a sua voz de terrorista verbal e atemorizar os opositores, neste caso o juiz Rangel, fez a javardice do costume, aos berros, o que não resultou.

O grande jornalista José Manuel Fernandes, que, enquanto director do jornal Público, deu cobertura ao lóbi dos invertidos, pisca agora o olho à direita e a leva como parvinha, destacou-se assim.
«Não consigo dizer se a condenação é justa ou injusta». Mas que mal informado andava e anda este ex-director de jornal diário! Alguém acredita?


Opiniões de José António Saraiva
«O último Prós e Contras foi sobre a sentença do caso Casa Pia – e alguns dos defeitos do programa vieram ao de cima.
«As escolhas de Marinho Pinto, bastonário dos advogados, e de Rui Rangel, juiz, foram razoáveis; mas o mesmo não pode dizer-se dos convites a José Manuel Fernandes e Daniel Oliveira. O que fizeram ou escreveram eles de muito relevante sobre o caso para estarem ali? Aliás, os seus depoimentos mostraram isso: não tinham nada de original ou interessante para dizer.
«Também a presença de Adelino Granja era dispensável, sabendo-se ser uma pessoa confusa, pouco afirmativa – estando a léguas de outro casapiano ofendido: Pedro Namora.
«Intencionalmente ou não, a escolha dos convidados acabou, pois, por dar alguma vantagem aos arguidos.»
José António Saraiva, O Sol, 10 de Setembro de 2010

«Percebeu-se que, naquele debate, o que importava para Marinho era defender Carlos Cruz, Jorge Ritto e os mais condenados, sendo para ele totalmente irrelevante o facto de haver ou não haver vítimas e o que foi feito delas.»
Idem

«E com Daniel Oliveira passa-se aproximadamente o mesmo.
«Na segunda-feira insurgia-se contra a condenação prévia dos arguidos pela comunicação social – mas não me lembro que tenha tomado idêntica posição nos casos BCP, BPN ou BPP. Bem pelo contrário.
«E além disso cometeu erros históricos.
«A direcção do PS não foi decapitada, como afirmou: Ferro Rodrigues demitiu-se da liderança do partido na sequência, não das notícias sobre a Casa Pia, mas da decisão de Jorge Sampaio de dar posse a Santana Lopes como primeiro-ministro.
«Foi no dia em que Sampaio divulgou essa decisão – e como protesto contra ela -- que Ferro renunciou ao cargo.
«Porque queria que houvesse eleições legislativas imediatas, sob o risco de Sócrates o destronar internamente.»
Ibidem



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