sábado, 9 de julho de 2011

Mais uma (três!) do génio Nuno Rogeiro

Miguel Oliveira
Com o seu habitual ar de sábio, o ex-direita e entretanto adaptado ao sistema Nuno Rogeiro apresenta na «Sociedade das Nações» alguns produtos culturais da sua escolha. Normalmente coisas exóticas que ele julga serem o cúmulo do saber e do bom gosto, onde abunda a piroseira e pouca coisa se aproveita. Então no capítulo da música há que partir o coco a rir com as suas sugestões.

Na última edição do programa, Nuno Rogeiro apresentou um livro interessante, Os Quadros da História de Portugal, da autoria de João Soares (o pai de Mário Soares, não o filho) e outros. Trata-se da 3.ª edição do livro, sendo a 1.ª edição de 1917 e a 2.ª de 1932.
Comentário sábio do génio: «Curiosamente, o Estado Novo não censurou este livro.»
Aqui o génio diz uma frase e larga três calinadas.
Primeira calinada. O senhor professor doutor universitário não sabe que em 1932 não havia Estado Novo mas sim a Ditadura Nacional, iniciada em 1928 com a eleição de Carmona para a Presidência da República, tendo sucedido à Ditadura Militar, saída do Movimento Nacional do 28 de Maio de 1926, e que o Estado Novo data apenas de 1933 com a Constituição da II República.
Que sabedoria é que o senhor professor doutor transmite aos seus alunos?
Segunda calinada. O senhor professor doutor universitário não sabe que a censura prévia, instaurada pelos militares em 1926, era para a imprensa e não para livros.
Que sabe o senhor professor doutor da história de Portugal dessa época?
Terceira calinada. «Curiosamente» não censurou… Porque haveria a Ditadura Nacional ou o Estado Novo de censurar um livro patriótico, sobre história de Portugal, pois se não censurava os livros a criticar o regime? Terá o senhor professor doutor a noção do que era censurado nessa época? Deve estar a confundir o livro em questão com o Avante!.
Que «verdade histórica», politicamente correcta, é que o senhor professor doutor transmite aos seus alunos?
O que o senhor professor doutor pretendia era ficar bem na fotografia a cinzento. Ficou mal.
Professores destes dão a ideia do estado em que se encontram Portugal e as suas universidades.






1 comentário:

Anónimo disse...

O Rogeiro nunca convenceu. É apenas mais um dos que paira por aí graças à sua mediocridade.