Heduíno Gomes
Aqui atrasado, houve na SEDES um debate sobre a
Europa, entre o Rangel e o Vitorino do PS. Durante esse debate, o frágil Rangel
manifestou a sua grande preocupação com a subida da extrema-direita na
Europa. Esclareça-se que estes tipos catalogam de extrema-direita a
direita coerente, lançando sobre esta esse anátema de extrema,
para, com o seu oportunismo, caçarem o eleitorado de direita. Para estes tipos,
tanto uma direita coerente como os desmiolados dos nazis, tudo vai para o mesmo
saco da extrema-direita.
A conversa do debate era tão medíocre e sabuja para
com os donos da Europa, defendendo o sistema, que resolvi nem dizer nada. O
pensamento deles não saía dos carris do sistema europeísta, onde as nações são
trituradas. Mas à saída, já na rua, não me contive e disse a este cientista de
Europa (europólogo) que ele tinha de comprar um cão.
O tipo, muito admirado, pergunta-me porquê.
E eu respondi-lhe que era por causa do medo que ele
tinha da extrema-direita na Europa. E acrescentei que, se a extrema-direita avançava,
era por causa dos tipos e partidos como ele, que, com as suas posições politicamente
correctas, se recusavam a ver certas realidades que a extrema-direita aborda,
com o que ganha simpatias.
Pergunta-me o tipo, com aquele ar dele, não sei se
de espertalhão ou de parvo, se eu achava que ele era politicamente
correcto.
Respondi-lhe que sim e a conversa ficou por ali.
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