Heduíno Gomes
Sai o Portas. Já sabemos o que pensa em questões
de Civilização e da família.
Entra a Assunção Cristas.
Também já sabemos o que pensa.
Vejamos.
Em 6.6.2010, Assunção Cristas deu uma entrevista ao Público, em que diz:
«Na declaração de voto disse que votava com o partido, porque era o que estava no programa eleitoral, tinha havido um compromisso dentro do próprio grupo e toda a gente votaria dessa maneira. Mas só por essa razão votava contra a proposta do Governo. Eu seria favorável a um casamento [entre pessoas do mesmo sexo]. O que pode parecer uma posição estranha da minha parte. Muita gente me aborda achando que sou contra; mas não sou. Curiosamente, desagradei a toda a gente. Os que concordavam comigo reclamaram, mesmo com a declaração de voto, por acharem que isso não servia de nada. E reclamaram comigo os que achavam que eu devia ser radicalmente contra e, no final, tinha feito uma declaração de voto; então, que tivesse sido contra!
«Não se incomodou de ficar sozinha.
«Não. Neste caso, fiz o que podia fazer, de acordo com a minha consciência. Dou muito valor ao contracto com o eleitorado. É mau dizer-se uma coisa e fazer-se outra. Todos cedemos um bocadinho para que fique espelhada a sensibilidade maioritária.
«Essa sua posição tem a ver com a convivência...
«Com amigos homossexuais, sim. Tenho amigos próximos que me fazem ver as coisas de outra maneira. Fazem-me perceber que são pessoas iguais a nós, com tanto desejo e expectativa de ter uma vida feliz como nós. O que digo aos meus amigos que não entendem esta minha posição é que há um caminho de felicidade que não pode ser fechado, sobretudo quando os valores dessas pessoas não comprimem os nossos. Não acho que isto seja um ataque à família «tradicional». Tem de haver espaço na sociedade para que todos se sintam confortáveis. E não me parece que uma família com uma mulher, um homem e filhos possa ficar afectada por outras realidades.»
A bandeira de Assunção Cristas |
Mas há mais. Em entrevista à revista do Expresso (2 de Julho de 2011),
Assunção Cristas reza (salvo seja...) assim:
FILIPE SANTOS COSTA — «Para alguém que assume que a formação católica pesa em todos os aspectos da sua vida, a sua posição sobre o casamento entre pessoas do mesmo sexo foi bastante heterodoxa...
ASSUNÇÃO CRISTAS — «Foi heterodoxa e foi difícil, porque senti que decepcionei muita gente.
(...)
...«fui a favor do não no referendo ao aborto, logo teria de ser contra o casamento entre pessoas do mesmo sexo... »
Outro aspecto interessantíssimo (entre muitos) na entrevista de Assunção Cristas à revista do Expresso.
Enquanto se farta de falar de missas, Assunção Cristas define-se como pupila do sinistro e herético P. (?) José Tolentino de Mendonça, o cripto-maçon eclesiástico do pior que por aí existe.
ASSUNÇÃO CRISTAS — «Pertenço às Equipas de Nossa Senhora, onde tenho um magnífico padre assistente, o José Tolentino de Mendonça, o que é uma grande graça, uma grande sorte.»
NOTAS
Este padre (?) Tolentino, com o frei (?) Bento Domingues, são animadores da seita herética «Nós Somos Igreja», que defende tudo do pior na questão da moral familiar.
Tolentino é também um dos colaboradores do cardeal (?) Ravasi, outro apologista da maçonaria que anda a espalhar enxofre pelos corredores do Vaticano (parafraseando, eu, Paulo VI...), supostamente a ocupar-se da «cultura cristã»...
Tolentino e o bispo (?) Carlos Azevedo são por cá os dois grandes expoentes dessa «cultura cristã» à moda de Ravasi. Carlos Azevedo é outro cripto-maçon — se dúvidas houver, veja-se a sua entrevista à televisão onde defende que as divergências entre a Igreja e a maçonaria são coisas do passado! Não o temos por cá porque foi transferido à pressa da Diocese de Lisboa para Roma, para junto do Ravasi, por razões assaz curiosas.
Conclusão moral da história: com Cristas, Tolentino, Bento Domingues, Carlos Azevedo, Ravasi... tudo se encaixa no grande plano...
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