Esta foi a narrativa breve de um acto de sacrifício e coragem de um português que morreu, conscientemente, pelos seus valores.
Um homem que, além de fiel aos valores transcendentes que justificam desde tempos imemoriais «morrer pela pátria», era também filho, pai e marido.
É nesta perspectiva que quero aqui, com a memória da minha história, dirigir-me às Famílias, sobretudo às Mães e Mulheres que, como eu, vêem a vida bruscamente, brutal e definitivamente mudada.
Somos as mulheres e as famílias dos que escolhem o ofício de servir o País pelas armas; as que temos que viver uma angústia diária, silenciosa e discreta quando eles partem para missões de risco. Eles contam connosco, pensam em nós, e também servem por nós.
Foi o exemplo de fidelidade e coerência aos valores espirituais, vividos até ao limite da vida a grande Herança que a nossa família aqui presente recebeu de um desses homens.
Esta é a nossa herança: crença nos valores espirituais, difícil e duradoura experiência, partilha tranquila de um sacrifício muito nosso e muito rico.
Uma herança que só faz sentido porque são os valores espirituais que fazem a diferença e a dignidade dos homens; e, porque acreditamos no futuro destes valores, sabemos que feitos como o do Jorge Oliveira e Carmo orgulham todos os portugueses e já fazem parte das páginas que honram a História de Portugal.
E é esta herança que queremos – a minha Família e eu aqui presentes – oferecer hoje à Nação, neste dia de Portugal, partilhando-a com todos os nossos compatriotas, especialmente com todas as Mulheres Portuguesas.
Que Deus nos abençoe a todos.
10 de Junho de 2010
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