João J. Brandão Ferreira Oficial Piloto Aviador
Silvino Silvério Marques
– General do Exército Português
Faleceu no pretérito dia 1 de Outubro, aos 95 anos de uma vida cheia e com lustre.
Não era uma figura querida dos próceres do actual regime político. O sentimento seria, aliás, mútuo.
Por isso o seu passamento quedou-se despercebido e praticamente ignorado em quase todos os órgãos de comunicação e nenhuma referência oficial lhe foi feita.
É lamentável que assim tenha sucedido sendo de salientar, também, o silêncio que se ouviu por parte das Forças Armadas, nomeadamente o Exército.
O General Silvino Silvério Marques goste-se ou não, ganhou jús a pertencer e a ter lugar na História de Portugal. E não a deslustrou.
O mesmo já não se pode dizer de outros que se elevaram, ou foram elevados a pedestais a que não têm direito e a que muitos prestam homenagem e vassalagem.
O General Silvino Silvério Marques foi um notável militar e político e um importante personagem do «Portugal Universal». Daquele Portugal que acreditava ter uma missão no mundo, mais espiritual que material e que o ultrapassava, pois representava uma espécie de transcendência na Terra.
O General Silvino Silvério Marques era um aristocrata, pelo carácter, pelo saber, pelo porte, pela distinção pela coragem e pelo patriotismo.
O General Silvino Silvério Marques não cabia neste quintal europeu e muito menos na chafurdice da actual União, que nos tolhe e aliena e nos está a empurrar para as grilhetas da escravidão.
Sabendo-o merecedor de melhor sorte, libertou-o Deus, chamando-o a Si.
Nascido na Nazaré o General Silvino Silvério
Marques foi, sem qualquer dúvida, um dos últimos Grão-Capitães, descendente
daquela plêiade que pôs pé em Ceuta, em 1415, que chegou ao Japão, em 1543 e se
bateu desde então, para que uma certa Ideia de Portugal perdurasse.Faleceu no pretérito dia 1 de Outubro, aos 95 anos de uma vida cheia e com lustre.
Não era uma figura querida dos próceres do actual regime político. O sentimento seria, aliás, mútuo.
Por isso o seu passamento quedou-se despercebido e praticamente ignorado em quase todos os órgãos de comunicação e nenhuma referência oficial lhe foi feita.
É lamentável que assim tenha sucedido sendo de salientar, também, o silêncio que se ouviu por parte das Forças Armadas, nomeadamente o Exército.
O General Silvino Silvério Marques goste-se ou não, ganhou jús a pertencer e a ter lugar na História de Portugal. E não a deslustrou.
O mesmo já não se pode dizer de outros que se elevaram, ou foram elevados a pedestais a que não têm direito e a que muitos prestam homenagem e vassalagem.
O General Silvino Silvério Marques foi um notável militar e político e um importante personagem do «Portugal Universal». Daquele Portugal que acreditava ter uma missão no mundo, mais espiritual que material e que o ultrapassava, pois representava uma espécie de transcendência na Terra.
O General Silvino Silvério Marques era um aristocrata, pelo carácter, pelo saber, pelo porte, pela distinção pela coragem e pelo patriotismo.
O General Silvino Silvério Marques não cabia neste quintal europeu e muito menos na chafurdice da actual União, que nos tolhe e aliena e nos está a empurrar para as grilhetas da escravidão.
Sabendo-o merecedor de melhor sorte, libertou-o Deus, chamando-o a Si.
A Ideia era boa e justa, pois representava um ideal moral e ético de Humanidade.
O General Silvino Silvério Marques acreditou e lutou por este ideal e não o traíu.
O General Silvino Silvério Marques nunca virou a casaca do avesso, não tergiversou e não colocou a sua dignidade à venda.
Por isso merece o respeito e consideração, mesmo dos que discordavam daquilo que defendia.
Da segunda vez que foi Governador-Geral de Angola, ao tentar evitar o descalabro do rumo que a «Descolonização» levava, tiraram-lhe o lugar pouco mais de um mês depois de tomar posse…[1]
Em toda a sua vida manteve-se cordato e firme.
Lembro, por ex., a sua saída silenciosa e elegante, passando à frente da tribuna, ao abandonar o local (em protesto), quando o então Presidente da República Mário Soares falava durante a inauguração do monumento aos combatentes do Ultramar, em Pedrouços.
Contam-se pelos dedos os militares que tiveram a coragem de actos semelhantes, nas últimas décadas…
Ou, ainda, as polémicas, igualmente elegantes, que manteve com o conhecido Dr. Almeida Santos, sobre os últimos e dramáticos acontecimentos ocorridos no ex-Ultramar Português.
Enfim, a mesquinhez dos homens e a cegueira ideológica trituram tudo…
E, deste modo, o País vai destruindo os seus melhores.
Um dia, estamos confiantes, tudo mudará e a justa homenagem a Homens de valor e Portugueses com maiúscula, será feita.
E aleijados morais, traidores, desertores e antipatriotas, serão relegados para o lixo da História.
A minha homenagem, porém, fica desde já aqui expressa.
Meu General, às suas ordens!
[1] Tomou posse a 11/6/1974 e foi exonerado no fim do mês seguinte. Foi um notável Governador entre 1962 e 1966. Anteriormente tinha sido Governador de Cabo Verde, entre 1958 e 1962.
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