Os
portugueses estão cansados de saber que a austeridade fica
à porta do Banco de Portugal (BdP), e que enquanto uns vivem à grande,
outros caem na miséria.
Recentemente
compraram mais uns carros de luxo, BMW´s adquiridos por esta instituição que teima em levar
uma vida de rico num país de pobres.
No
final de Fevereiro, o BdP lançou mais um concurso o concurso público para
«aquisição de mobiliário geral» pela módica quantia de 625
mil euros.
Como
é do conhecimento público e além fronteiras, as contas não são o ponto forte
desta casa (basta lembrar a supervisão (– não – feita) ao BPN e BPP, por
exemplo. Por isso ao chegar a Março lá, descobriram que se tinham esquecido de
comprar cadeiras, e eis que lançou o respectivo concurso público no valor
de 198
mil euros, em cadeiras... ah
pois.
Naturalmente,
na azáfama das compras ninguém tem tempo para pensar em muito mais ou fazer
trabalhos complexos e assim o BdP lá decidiu gastar mais 195 mil euros na aquisição de serviços de avaliação de
candidatos.
As
compras são viciantes, um BMW por 30.652,37
euros e outro BMW GT por uns módicos 32.381,65
euros. Já antes do Natal tínhamos assistido à
compra de oito veículos topo de gama.
Mercedes E 250 BlueEFFICIENCY
Classic (38.406,48 euros);
BMW
520 d Berlina (38.763,93
euros);
Mercedez
Benz E 220 CDI BlueEFFICIENCY (40.119,03 euros);
BMW 520 d Berlina (32.256,10 euros);
Mercedes 320 d Touring (40.851,22 euros);
BMW 320d EfficientDynamics
Touring (32.382,11 euros);
Lexus IS300h (40.218,86 euros);
BMW 320d Touring (38.382,12 euros).
Mas
a competência do Banco de Portugal merece todo o luxo.
Carlos Costa Presidente do Banco de Portugal |
Se
o BdP não cumprir o seu dever, quais as sanções que lhe são aplicadas? (ao
povo já sabemos as sanções que se aplicam quando o BdP não fiscaliza como deve
ser – «o povo
paga)».
Compete
especialmente ao Banco de Portugal «velar pela estabilidade do sistema
financeiro nacional, (...) Assim, o Banco exerce a supervisão prudencial das
instituições de crédito, das sociedades financeiras e das instituições de
pagamento.
O
Banco de Portugal exerce também a supervisão da actuação das instituições na
relação com os seus clientes – supervisão comportamental. Neste âmbito, o Banco
de Portugal intervém no domínio da oferta de produtos e serviços financeiros –
para que as instituições actuem com diligência, neutralidade, lealdade,
discrição e respeito no relacionamento com os clientes – e também ao nível da
procura de produtos e serviços – estimulando e difundindo informação junto dos
clientes bancários, promovendo uma avaliação cuidada dos compromissos que estes
assumem e dos riscos que tomam.
O
Banco de Portugal produz estudos e análises da economia portuguesa, da economia
da área do euro e do seu enquadramento internacional e dos mercados e sistemas
financeiros. Fonte
Basta
ver como trataram
do caso do BPN... para percebermos que
falharam e falham estranhamente, aos cidadãos, claro. O sistema financeiro do
País, se tem regulador, não se nota, pois anda muito desregulado.
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