Heduíno Gomes
Há 40 anos, em 16 de Março de 1974, inspirados
pelo narcisista, oportunista, carreirista e traidor Spínola
– e igualmente um bronco político –,
que pretendia à viva-força ser Presidente da República mesmo pondo em causa a
estratégia nacional e a defesa do Ocidente, um grupo de oficiais por
ele arregimentados levou a cabo uma intentona contra o Governo Nacional.
As poses de Spínola. |
Nesse dia as coisas recompuseram-se mas este golpe foi o rastilho para, a 25 de Abril, o grande desastre nacional.
Quem quiser conhecer a natureza de traidor de
Spínola – para além da sua conhecida incompetência política –, pode ler o livro
de Marcelo Caetano Depoimento. Aí tudo está explicado sobre
as manobras do traidor, a sua falta de palavra, a sua ambição pessoal e a sua
incompetência política e estratégica.
Aqui fica o comunicado oficial do Governo sobre o
golpe das Caldas.
Na madrugada de sexta-feira para sábado, alguns
oficiais em serviço no Regimento de Infantaria 5, aquartelado nas Caldas da
Rainha, capitaneados por outros que nele se introduziram, insubordinaram-se,
prendendo o comandante, o segundo comandante e três majores e fazendo em
seguida sair uma Companhia autotransportada que tomou a direcção de Lisboa. O
Governo tinha já conhecimento de que se preparava um movimento de
características e finalidades mal definidas, e fácil foi verificar que as
tentativas realizadas por alguns elementos para sublevar outras Unidades não
tinham tido êxito. Para interceptar a marcha da coluna vinda das Caldas foram
imediatamente colocadas à entrada de Lisboa forças de Artilharia 1, de
Cavalaria 7 e da GNR. Ao chegar perto do local onde estas forças estavam
dispostas e verificando que na cidade não tinha qualquer apoio, a coluna
rebelde inverteu a marcha e regressou ao quartel das Caldas da Rainha, que foi
imediatamente cercado por Unidades da Região Militar de Tomar. Após terem
recebido a intimação para se entregarem, os oficiais insubordinados renderam-se
sem resistência, tendo imediatamente o quartel sido ocupado pelas forças fiéis,
e restabelecendo-se logo o comando legítimo. Reina a ordem em todo o
País.
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