sábado, 15 de novembro de 2014


Uma caricatura de militância


Heduíno Gomes

Perante uma hierarquia alheia às suas obrigações militantes – ou não fosse a hirarquia da Igreja Militante –, surgem iniciativas várias de leigos em defesa das causas cristãs mais prementes, aquelas que são mais importantes e por isso mais sofrem os ataques dos inimigos da Civilização cristã. A saber, a defesa da vida e a defesa da família natural.

Já aconteceram mesmo «alheamentos» (chamemos-lhes assim...) insólitos, do género de um grupo de militantes católicos ter sido impedido pelo Reitor do Santuário de Fátima, P. Carlos Cabecinhas, de aí recolher assinaturas contra o aborto (http://maislusitania.blogspot.pt/2013/05/o-padre-carlos-cabecinhas-ao-lado-de.html), ou ainda do Senhor Cardeal Patriarca D. José Policarpo, entre outras façanhas, ter pretendido desmobilizar a manifestação de 2010, no tempo do Governo de Sócrates, contra o chamado «casamento» entre invertidos (ver http://maislusitania.blogspot.pt/2010/02/manidestacao-pelo-casamento-foi-um.html).

Vem tudo isto a propósito de, agora, perante novas iniciativas de leigos em defesa da vida, o Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, D. Manuel Clemente, ter sido interrogado por alguém da RR sobre se «as igrejas locais estão autorizadas a servir de base de recolha de assinaturas para a iniciativa».

Pergunta pertinente, não será? Sim, parece haver razão para a dúvida, incluindo para o jornalista da católica progressista RR, sobre a autorização concedida às igrejas locais para militarem a favor da defesa da vida... Será que a defesa da vida faz parte da agenda da Igreja portuguesa?

Valeu-nos a nós a clareza da resposta do Presidente da Conferência Episcopal Portuguesa para desta ficarmos tranquilos: «Estamos de alma e coração com a iniciativa. As nossas comunidades cristãs estão alertadas nesse sentido, contem connosco.» É caso para gritarmos Aleluia!

Militância assim, não, obrigado.


O padre Carlos Cabecinhas
O então Cardeal Patriarca





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