domingo, 31 de janeiro de 2010

Para que serve a República?

100 ANOS DE MAU, DE BOM, DE MAU...
Heduíno Gomes
Cá para mim, está para demonstrar a superioridade da república sobre a monarquia e vice-versa. Tudo depende do presidente e do monarca em questão e respectivos governantes. É assim que penso, excepto no caso do Estado espanhol, onde desejo ardentemente a reimplantação da República como meio de desintegração daquela coisa (já faltou mais tempo). E também na Dinamarca, onde reina uma família que não defende os valores morais da Civilização: se uma família real nem para referência moral serve, porquê mantê-la? E o mesmo digo em relação àquelas monarquias que se apresentem com modernices.
Se olharmos para estes 100 anos de República Portuguesa, o que vemos?
A I República, filha da maçonaria, por mais que se esforcem os «historiadores» a lavá-la, foi uma palhaçada trágica para Portugal e para as vítimas que à sua mão sucumbiram, começando logo pelo «herói da Rotunda», Machado dos Santos, a quem ela deveria a sua existência. Afonso Costa foi o principal actor do circo republicano. Desordem, bombas, insegurança, atentados à vida das pessoas, perseguições religiosas e bancarrota.
O único Presidente da I República que efectivamente tentou pôr fim à palhaçada trágica, Sidónio Pais, foi assassinado (1918), igualmente pela maçonaria.
Perante o caos da I República, surge o Movimento Nacional do 28 de Maio (1926). Com Gomes da Costa à frente, e ladeado por Carmona e Cabeçadas, maçãos moderados, este movimento instaurou a Ditadura Nacional e teve o mérito abrir o caminho à recuperação e regeneração de Portugal. Contudo, as ideias sobre o que fazer não estavam claras na cabeça do principal chefe militar e foi preciso outro movimento dentro do movimento para acertar as agulhas e abrir o caminho à paz, segurança e estabilidade. Porque senão a «república» (isto é, a bagunçada, de que ficou como sinónimo) continuaria. Correcção feita graças a Carmona (Julho de 1926).
Carmona acabaria por entregar o executivo a Salazar (1932) e, em conjunto, fundaram a II República (1933), da qual foi o único Presidente com poder real. Sendo Salazar a segunda figura da II República e falecido Carmona (1951), a partir daí, enquanto Salazar viveu, os presidentes viveram à sua sombra. Craveiro Lopes (1951-1958) foi um colaborador de Salazar que, em determinado momento, pretendeu saber mais do que o mestre. E Américo Tomás, na sua simplicidade, ao contrário de Craveiro Lopes, teve o mérito de não estorvar, permitindo assim um período de enorme desenvolvimento de Portugal e a defesa sábia da estratégia do Ocidente em África perante a cobiça e o expansionismo soviético.
Chega o 25 de Abril de 1974. Para Presidente vai Spínola, um fanfarrão, ambicioso e ignorante que, para alcançar a «Suprema Vaidade da Nação», não hesitou em trair a sua palavra (consultar Marcelo Caetano, O Meu Depoimento) e incendiar Portugal. Como se isso não bastasse, vai de asneira em asneira, de casca de banana em casca de banana, entregando o poder ao Partido Comunista e seus aliados. Segue-se-lhe o Costa Gomes (Setembro de 1974), que dá ainda mais abertura ao Partido Comunista, e que, já fora da Presidência, revelará a sua verdadeira face ao perder a vergonha e integrar abertamente o «movimento da paz» sovietista.
A III República (1976) faz eleger para seu primeiro Presidente Eanes, aquele que começou por ser eleito contra o Partido Comunista e acabou reeleito com os votos do Partido Comunista e aos abraços a Brejnev. E hoje temos o cérebro de Boliqueime a presidi-la. Querem melhor?
Sabe-se como foi a I República e todos sabemos como esta III República pôs Portugal.
Para que serve afinal a República? Começou por afundar ainda mais Portugal, reergueu-o e voltou a transformá-lo nesta choldra. Eis a República.

E se houver aqui alguma mentira (ou inverdade, como se diz agora em português «politicamente correcto»), que me desmintam.
Que me perdoe o meu bisavô Joaquim (partidário de Brito Camacho), o meu avô João (partidário de Afonso Costa) e o meu tio-avô José (partidário de António José de Almeida). Aliás, certamente perdoam pois tiveram ocasião de perceber o logro em que haviam caído, acontecendo que o meu avô, para dizer desordem, dizia sempre república.
E já que se trata de República como facto consumado sem que nunca os Portugueses para tal tenham votado (que grandes democratas que os republicanos são!), para quando a Quarta, livre de toda esta actual mediocridade?





1 comentário:

Anónimo disse...

Bem... Uma Monarquia Constituciunal não seria tão confusa e seria muito mais barata,transparente,estável e representativa dos valores tradicionais de um povo.
A administração do Estado também seria mais leve e possivelmente concerteza mais funcional e eticamente competente.
Ainda há hoje muitas monarquias constitucionais nas democracias europeias.
É uma questão de opção ... Mas,se se optasse pelo melhor,mais dignamente popular,estável e muito menos oneroso para o Estado num país com sérias dificuldades económico-financeiras e sociais,não seria mau.