quinta-feira, 22 de abril de 2010

As tretas dos nossos intelectuais: Lobo Antunes


A TODOS OS HOMENS QUE ESTIVERAM NO ULTRAMAR
(Principalmente em Angola),
E A TODAS AS PESSOAS QUE AINDA ACREDITAM
QUE OS ESCRITORES SÓ ESCREVEM COISAS VERDADEIRAS
E SÃO IMPUNES NA VIDA E NA HISTÓRIA DO PAÍS.

 
António Lobo Antunes e a escrita mentirosa

Custa-me encontrar um título apropriado à escrita de António Lobo Antunes que, podendo ganhar dinheiro com a profissão de médico, prefere a escrita para envergonhar os portugueses. Talvez este início de crónica escandalize quem costume venerá-lo. Eu, por maior benevolência que para com ele queira usar não posso, nem devo. Por várias razões, algumas das quais vou enunciar. Porque não gosto de atirar a pedra e esconder a mão.
Este senhor foi mobilizado como médico, para a guerra do Ultramar. Nunca terá sabido manobrar uma G-3 ou mesmo uma Mauser. Certamente nem sequer chegou a conhecer a estrutura de um pelotão, de uma companhia, de um batalhão. Não era operacional mas bota-se a falar como quem pragueja. Refiro-me ao seu mais recente livro:
João Céu e Silva pode reclamar alguns méritos deste tipo de escrita. Foi o entrevistador e a forma como transpõe as conversas confere-lhe alguma energia e vontade de saber até onde o entrevistado é capaz de levar o leitor. Mas as ideias, as frases, os palavrões, os impropérios, as aldrabices -- sim as aldrabices -- são de Lobo Antunes. Vejamos o que ele se lembrou de vomitar na página 391:
«Eu tinha talento para matar e para morrer. No meu batalhão éramos seiscentos militares e tivemos cento e cinquenta baixas. Era uma violência indescritível para meninos de vinte e um, vinte e dois ou vinte e três anos que matavam e depois choravam pela gente que morrera. Eu estava numa zona onde havia muitos combates e para poder mudar para uma região mais calma tinha de acumular pontos. Uma arma apreendida ao inimigo valia uns pontos, um prisioneiro ou um inimigo morto outros tantos pontos. E para podermos mudar, fazíamos de tudo, matar crianças, mulheres, homens. Tudo contava, e como quando estavam mortos valiam mais pontos, então não fazíamos prisioneiros».
Penso que isto que deixo transcrito da página 391 do seu referido livro, se vivêssemos num país civilizado e culto, com valores básicos a uma sociedade de mente sã e de justiça firme, bastaria para internar este «escriba», porque todo o livro é uma humilhação sistemática e nauseabunda, aos Combatentes Portugueses que prestaram serviço em qualquer palco de operações, além fronteiras.
É um severo ataque à Instituição Militar e uma infâmia aos comandantes de qualquer ramo das Forças Armadas, de qualquer estrutura hierárquica e de qualquer frente de combate. Isto que Lobo Antunes escreve e lhe permite arrecadar «350 contos por mês da editora» (p. 330), deveria ser motivo de uma averiguação pelo Ministério Público. Porque em democracia, não deve poder dizer-se tudo, só porque há liberdade para isso. Essa liberdade que Lobo Antunes usou para enriquecer à custa o marketing que os mass media repercutem, sem remoques, porque se trata de um médico com irmãos influentes na política, ofendeu um milhão de Combatentes, o Ministério da Defesa, uma juventude desprevenida, porque vai ler estes arrotos literários, na convicção de que foi assim que fez a Guerra, entre 1961 e 1974. E ofende, sobretudo, a alma da Portugalidade porque a «aldeia global» a que pertencemos vai pensar que isto se passou na vida real nos finais do século XX.
Fui combatente, em Angola, uns anos antes de Lobo Antunes. Também, como ele fui alferes miliciano (ranger). Estive numa zona muito mais perigosa do que ele: nos Dembos, com operações no Zemba, na Maria Fernanda, em Nuambuangongo, na Mata Sanga, na Pedra Verde, enfim, no coração da guerra. Nunca um militar, qualquer que fosse a sua graduação ou especialidade, atirou a matar. Essa linguagem dos pontos é pura ficção. E essa de fazer cordões com orelhas de preto, nem ao diabo lembraria. E pior do que tudo é a maldade com que escarrou no seu próprio batalhão que tinha seiscentos militares e registou centena e meia de baixas...Como se isto fosse crível.
Se o seu comandante que na altura deveria ser tenente-coronel, mais o segundo comandante, os capitães, os alferes, os sargentos e os soldados em geral, lerem estas aldrabices e não exigirem uma explicação pública, ficarão na história da guerra do Ultramar como protagonistas de um filme que de realidade não teve ponta por onde se lhe pegue.
Em primeiro lugar esta mentira pública atinge esses heróicos combatentes, tão sérios como todos os outros. Porque não há memória de um único Batalhão ter um décimo das baixas que Lobo Antunes atribui àquele de que ele próprio fez parte . É preciso ter lata para fazer afirmações tão graves sobre profissionais que para serem diferentes deste relatório patológico, basta terem a seu lado a Bandeira Portuguesa e terem jurado servi-la e servir a Pátria com honra, dignidade e humanismo.
Não conheço nenhum desses seiscentos militares que acolheram António Lobo Antunes no seu seio e até trataram bem a sua mulher que lhes fez companhia, em pleno mato, segundo escreve nas páginas 249 e 250. Mereciam eles outro respeito e outros elogios. Porque insultos destes ouvimos e lemos muitos, no tempo do PREC. Mas falsidades tão obscenas, nem sequer foram ditas por Otelo Saraiva de Carvalho, quando mandou prender inocentes, com mandados de captura, em branco e até quando ameaçou meter-me e a tantos, no Campo Pequeno para a matança da Páscoa. Estas enormidades não matam o corpo, mas ferem de morte a alma da nossa Epopeia Nacional.
Barroso da Fonte

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P.S. de Cor. Manuel Bernardo
Não li o livro em causa. No entanto, dada a consideração que me merece este Combatente, fundador da Associação dos Combatentes do Ultramar, ousei realçar algumas frases e difundir para maior audiência na net, afim de tentar recolher opiniões de alguns dos 600 militares que este escritor refere... Assim, os "negritos" foram por mim aplicados e são da minha responsabilidade.*
* Lamentavelmente, ao copiar para o blog, as formatações, entre as quais os negritos, desaparecem... Entretanto, por nossa iniciativa, destacámos algumas passagens (N.R.).

Do PortugalClub:
Não li , nem vou perder tempo em ler nenhum livro de autoria desse "Cobardolas Traidor" de nome "antónio lobo antunes"; a entrevista dele á RTP por ocasião do lançamento do 1.º livro dele, meu deu ansias de vómito. Eu Lutei por... , e doei meu suor a minha Pátria Portugal com muita satisfação e orgulho. Escutar ou ler algo que venha de antiportugueses, a mim me dá nojo.

(Textos enviados por Maria de Lourdes Borges de Castro)




15 comentários:

Anónimo disse...

estive em angola entre 65 a 67 nao tivemos uma baixa e estivemos em regioeis perigosas como fazendo do margarido fazenda maria fernanda estive em nóqui s salvador m;pala ambiz ambizete tomboco lofico e no grafanil minha compahia nao teve uma baixa e sai de angola com a guerra ganha essas crianças do 25 de abril a que colocaram tudo a perder estavam com tanta pressa coutinho covarde e traidor e muitos outros ainda vivos

João Cruz disse...

Esse dito sr.deve ter estado numa outra "guerra" de cerveja quando escreveu o livro.Meu Deus tantas mentiras,,Eu tb lá andei em 68/70 Quicabo,Balacende;Maria Fernanda,Nambuangongo, Ambriz, Ambrizete etc..
Mas este sr e outros é que são os "herois" pq escrevem umas tantas mentiras...
João Cruz

Unknown disse...

É devido a gente como este individuo, que nós fomos corridos de Angola.

Mentiroso de calibre.

Fui militar no Leste e nunca ouvi falar em pontos.
Vivi no Norte de Angola, S.Salvador do Congo,( 1950/62 ) muitos anos, aí comheci na época o Alferes Robles, bem magrinho contráriamente a quem o conheceu antes de falecer.
Bem, este homem Antunes, que conte estas história á família dele e que não me venha insultar.
Dei a minha mocidade e sangue por Angola / Portugal e me orgulho.
Nunca presenciei matar crianças. ^
Este senhor deve sonhar ou vivêr num mundo irreal.
Cale essa bôca porca seu MATUMBO

Jorge Felizardo Neves
Ex -Furriel Miliciano

osmago disse...

Coitadinho .... quer armar-se em vitima para recesber mais algum pelo próximo livro?
Que mentiroso. Se calhar nunca saiu do aquartelamento .... francamente que ultraje aos combatentes ....... cale-se e não minta mais .......
Osvaldo

Anónimo disse...

Ora viva camaradas,fiquei deveras revoltado com os comentarios do Snr. lobo antunes,.Fui militar em Angola,incorporei-me na Esc. de Aplic. Militar em Nova Lisboa ano 1964,por diverssos factores fui para Sá da Bandeira,onde tinha sido formada a 6ª Comp. do Risb,á qual lhe foi atribuido o estatuto de ((indisciplinar)),cabendo-nos fazer serviço no Norte de Angola,Nova Esperança Benga Norte 31 de Janeiro,Serra do Uige,Central zero etc.,tivemos sim algumas confrontações com o inimigo,mas nunca ouvi falar de pontuação por individuos abatidos em combate,imagino como ja la vão tantos anos que a memória desse snr. esteja um pouco distorcionada,como se pode dar credito a semelhante disparate,sim DISPARATE,para não chamar-lhe outra coisa.A todos NÓS que servimos com muito orgulho a nossa Pátria,o minimo que esse snr poderia fazer era PEDIR-NOS DESCULPA pelas calunias por ele INVENTADAS a Nos e ao Glorioso Exercito Portugues.QUE FIQUE BEM CLARO NUNCA FOMOS ASSASSINOS.

Helder de Oliveira disse...

Realamente Portugal virou um Pais de demagogos, e para este Lobo Antunes o meu comentario deveria ser, "Sem Comentarios". Mas enquanto alguns dos nossos militares ainda forem vivos devemos contar todos um pouco da nossa historia para as gerações futuras tirarem daí as ilacções que devem tirar!! Ja dizia a Literatura Comunista do Leste, que: Mente Mente que a Mentira virará Verdade!! É neste lema que este Lobo Antunes aposta, e colhe bons frutos neste País com esta (heroica) Aposta!! Concluindo: De Marqueting percebe ele, não pomos dúvidas!! Um Abraço a todos.

Unknown disse...

Nós eramos a BAA692 "os Perigosos" e estivemos em Angola de 1964 a 1966. . . .O lobo antunes é um mentiroso. Nunca fomos 600 nem perdemos 126 homens. A nossa Bateria perdeu 3 homens, 2 por doença (1 tétano e 1 fígado)e 1 de acidente-electrocutado. Já lho disse pessoalmente. Está proibido de ir às nossas reuniões. Se hoje for preciso volto para defender a minha Pátria. Pontos? - só da Nocal e Cuca Grande.Alferes Miliciano Fontes

Anónimo disse...

Olá,

Sou natural de Moçambique. Vi e ouvi muita coisa...

Acho bom que se divulgue e corrija o que é falso e vem denegrir a imagem dos portugueses.

É incrível a quantidade de "heróis" que aparareceram (no fim da guerra), notáveis, colunáveis...

Se lá tivessem estado t na altura própria, muita coisa seria evitável, e quem sabe, a paz se tivesse instalado mais cedo sem necessidade de tantos "herois" de meia tigela - que hoje, vivem à custa dos outros, do estado português, claro com chorudas reformas! E os outros militares? os que deram o corpo ao manifesto, que é feito deles?

Nem tudo foram rosas (ou cravos como agora se vê) mas também nem tudo foram espinhos...a guerra nunca é justa ou boa para ninguém de honra (excepto para os oportunistas).

Ponham as virgulas e os pontos nos sítios certos.

Abraço

laurita
Laura Martins

JuFer disse...

Como é possível um homem mentir tanto? Pontos por matar o IN, nunca ouvi tal. Fui militar em Moçambique de 08/03/1968 a 21/11/1971 e estive no Niassa de 9/01/1969 a 18/11/1971, onde participei em várias operações militares e nunca ouvi falar em pontos. Tivemos muitas baixas e fizemos também algumas. Eu era um operacional o Lobo Antunes era e é médico (psiquiatra) e tenho sérias dúvidas que tenha algum dia saído do quartel para realizar operações militares. Penso que Lobo Antunes deve ter estado noutra guerra, talvez em marte. Como é que se consegue desmentir este senhor que ao publicar aquelas mentiras está a insultar quem esteve no teatro de guerra e que deixou lá o seu suor, lágrima e muitos a própria vida. O que o Lobo Antunes publicou não é um conto ou um romance onde o escritor inventa uma história romanceada. O que este senhor tentou foi contar a sua história de vida, o que ele passou na guerra. No fim de contas observámos que (a acreditar que foi ele que escreveu o livro) a história da vida dele é uma completa mentira ou então ele está tão baralhado, tão alucinado, que não se lembra de nada por que passou e escreveu um guião (inventado, claro) para um filme do Coppola. Por favor alguém que tenha conhecimentos ou poder que apresente queixa no tribunal para que seja proibida a venda do livro por conter mentiras e por ser insultuoso à memória dos que tombaram pela Pátria.

Anónimo disse...

esse sr. médico que concertesa nao o é a mentiroso demais como ele nao a médico resolveu escrever muitas asneiras ele deveria responder na justiça e júri popular e na minha openiao a 50 de cadeia para morrer dendro dela

caçador disse...

esse sr. nao vale nada como portugues lobo antunes cobarde para mim [covvarde]

Raul Ferreira disse...

estive no norte de Angola 1965/67 zona zona de intervenção o nosso batalhão teve muita actividade principalmente na serra de Úige tivemos seis colegas que faleceram mas só três em combate, fizemos muita psicossocial trantando de velhos e crianças habitantes de sanzalas fico triste quando leio de um senhor da cultura uma ofença tão grande para com os ex-combatentes, o senhor António Lobo Antunes é de uma certa esq. que tem por hábito de dizer que os ex-combatentes foram uns criminosos nas antigas colonias. ganhe dinheiro sem ofender quem tanto sofreu -

alferes miliciano Lopes disse...

O lobo "cobarde" antunes era médico psiquiatra do meu batalhão. nunca saiu do quartel. nós eramos 450 e morreram 3 de desastre de viatura(120 morreram a rir-se dele). pontos? só na bola. Foi mais um cobarde que falou.Alferes Miliciano Francisco Lopes

Anónimo disse...

Eu estive com o Lobo Antunes na tropa. Nunca saiu do quartel para nada, nem ao rio ia tomar banho, cheirava sempre a ranço, pois tinha medo de tudo. Quanto a pontos só no futebol e eram dois por vitoria. Cobardes que fugiram de Angola para França e Alemanha conheço muitos, cobardes que fugiram do combate alguns. Alferes miliciano Francisco Antonio

JuFer disse...

Tenho sabido avulso o que constam os escritos do Lobo Antunes e como ele é "poeta" e, segundo Fernando Pessoa, o poeta é um fingidor e por isso dou de barato que os pontos que ele inventou no livro só foi porque teve necessidade de fingir que a guerra que ele viveu foi fingida.
Estive em Moçambique e nunca ouvi falar dos tais pontos, nem na operação "nó górdio" o general Kaúlza de Arriaga atribuiu pontos para as acções no terreno, e se foi duro andar naquela operação. Se o Lobo Antunes tivesse andado mesmo numa guerra e a quisesse narrar teria que ser mais honesto e dizer a verdade nem que fosse por respeito aos que pagaram com a vida nos teatros de operações.
Não consegui ler mais que duas páginas do livro "Os cús de Judas", mas se o tivesse lido até ao fim teria talvez concluído que no livro só falava do cú (apertadito) do Lobo Antunes quando esteve em Angola.
De gente insana que não respeita a memória dos mortos está o mundo cheio e este senhor não merece a atenção que está a ter e por isso peço aos ex-combatentes que lhe deêm desprezo que é o que ele merece.

Cordiais cumprimentos a todos os gloriosos ex-combatentes

Júlio Fernandes