quinta-feira, 8 de setembro de 2011

Educação
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Da doença mental pedagogista e igualitarista
ao egoísmo liberal

Heduíno Gomes
Vivemos há decénios sob o domínio dos doentes mentais pedagogistas e igualitaristas na educação, que produziram a miséria de ensino que conhecemos. Eis que agora os liberais ganham fôlego e pretendem tomar o seu lugar para conduzirem o sistema à anarquia total (sim, ainda é possível haver mais anarquia do que a que existe!), bem calculada ao sabor dos interesses do complexo pedagogico-industrial e das famílias com posses para colocar os seus rebentos nos colégios ricos.
Curiosamente, esta guerra tem vindo a ser especialmente travada por um certo número de católicos de salão atrás do «Fórum para a Liberdade de Educação», que assim demonstra bem os seus sentimentos caridosos a coçar-se para dentro. Esta seita pseudo-cristã está-se simplesmente borrifando para uma estratégia nacional, para um sistema nacional de ensino de qualidade para todos e ainda mais para as crianças e jovens que não sejam os seus. Agora, a esses católicos de salão juntam-se as hostes liberais.
Que pretendem eles?
Demos a palavra ao liberalóide João Carlos Espada, que, em recente artigo no Público, sintetiza o pensamento de Nuno Crato, igualmente expresso no livro Mudar, de Passos Coelho.
1 – Na educação tem de haver «concorrência». «A chave do milagre sueco chama-se concorrência.» – suposto milagre, dizemos nós.
2 – O Estado não tem nada a ver com a educação – dentro da paranóica perspectiva liberal.
3 – Cada chafarica deve poder instituir o seu sistema de ensino, portanto sem sistema nacional, sem plano estratégico nacional, sem sistema nacional de ensino. A palavra mágica é «autonomia das escolas» – não apenas nos aspectos administrativos mas em tudo, incluindo os curriculares, exames, etc.
Voltaremos oportuna e abundantemente ao assunto. Entretanto, ver:
http://maislusitania.blogspot.com/2011/03/perolas-dos-nossos-politicos-e_08.html
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