domingo, 13 de julho de 2014


Obama


Uma opinião

Os historiadores do futuro, se houver futuro, talvez nos dêem a solução do maior enigma político de todos os tempos. Por enquanto, tudo são névoas e perguntas sem respostas.

Um homem que veio não se sabe de onde, que nunca teve um emprego fixo, que pagou os seus estudos nas universidades mais caras com dinheiro de fonte misteriosa, que trocou de nome pelo menos quatro vezes, que nunca exibiu um só documento de identidade válido mas apresentou pelo menos três falsificados, que tem uma história de vida toda repleta de episódios suspeitos e passou anos em companhia íntima de gangsters e terroristas, um dia elegeu-se senador pelo Estado de Illinois e, depois de somente alguns meses de experiência política – se é que se pode chamar de experiência a ausência na maioria das sessões –, foi elevado à presidência da nação mais poderosa do globo, sob aplausos gerais.

Despertou em centenas de milhões de eleitores a maior onda de esperanças messiânicas de que se tem notícia desde Lenin, Mussolini, Stalin, Hitler e Mao Zedong. Decorridos seis anos de uma administração indescritivelmente desastrosa, continua no posto, impávido colosso, sem que ninguém possa investigar as zonas obscuras da sua biografia sem ser injuriado de tudo quanto é nome pelos maiores jornais do país, bem como pela elite dos dois partidos, Democrata e Republicano.

Aparentemente a obrigação mais incontornável do eleitor norte-americano, hoje em dia, é deixar-se governar sem perguntar por quem, fazendo de conta que tudo está perfeitamente normal.

Uma vez persuadido a acomodar-se a essa situação, sob pena de tornar-se um inimigo público, o cidadão está pronto para aceitar silencioso e cabisbaixo qualquer decisão que venha do governo, por absurda, imoral e inconstitucional que seja.

A última foi essa incrível troca de cinco dos mais temíveis líderes dos talibans por um soldadinho desertor – sem consulta ao Senado, é claro, o que soma à injúria o insulto.

Mas antes disso o número e a gravidade dos crimes do presidente já haviam ultrapassado as mais tétricas especulações futuristas: duplicou a dívida nacional que prometera reduzir, desmantelou o sistema de saúde para colocar no seu lugar a fraude monumental do Obamacare, pressionou hospitais religiosos para que realizassem abortos, entregou armas a traficantes mexicanos e terroristas sírios, encheu de dinheiro estatal firmas falidas dos seus amigos e contribuintes de campanha, desprestigiou o dólar, estragou as relações diplomáticas com Israel, fez mil e um discursos culpando os EUA de tudo quanto acontece de mau no mundo, teve dezenas de encontros secretos com membros e parceiros da Fraternidade Muçulmana, usou o imposto de renda para perseguir inimigos políticos, instalou um monstruoso sistema de espionagem interna para chantagear jornalistas, incentivou enquanto pôde o ódio racial, armou a polícia civil com equipamentos de guerra para aterrorizar cidadãos desarmados, acabou com a liderança americana no mundo, recusou socorro a um embaixador cercado por terroristas e, mais tarde ele foi assassinado, tentou enganar o país inteiro com a historinha ridícula de que foi tudo culpa de um vídeo do youtube.

Entretanto, tirou mais férias, deu mais festas e jogou mais partidas de golfe do que qualquer dos seus antecessores, além de faltar sistematicamente ao «briefing» diário com os seus assessores. Nas horas vagas, a sua esposa dedicava-se a uma campanha altamente humanitária para que as crianças comessem mais nabos e menos batatinhas fritas, provocando a ira da população infantil.

A sucessão de acções maldosas e antipatrióticas, entremeada aqui e ali de futilidades obscenas, é tão assíduo, tão coerente, que toda a tentativa de explicá-la pela mera incompetência vai contra o mínimo senso de verosimilhança. Como escreveu Eileen F. Toplansky no último número do American Thinker, o homem não é um fracasso: é um sucesso. Sucesso num empreendimento frio e calculado de destruição do país.

Se, a despeito disso, ele continua blindado e inatingível, é porque a Constituição e as leis foram desactivadas, sendo substituídas por um novo princípio de ordem: a autoridade dos média, aliada à força de intimidação de uma vasta rede de colaboradores dispostos a tudo e amparada em corporações bilionárias interessadas em remover os EUA do caminho do governo mundial.

O sistema americano, em suma, já não é o mesmo, e a restauração do antigo, se for possível, levará décadas. A obra de devastação foi muito além dos seus efeitos políticos imediatos: mudou o quadro inteiro da autoconsciência americana, fez da grande potência um país doente e aleijado, incapaz de reagir às mais brutais agressões psicológicas. Incapaz até mesmo de escandalizar-se.

A passagem de Barack Hussein Obama pela presidência do país é o acontecimento mais desastroso que já se abateu sobre os Estados Unidos desde o bombardeamento de Pearl Harbor.





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